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A Questao da Existencia Humana

Por:   •  11/3/2016  •  Artigo  •  1.981 Palavras (8 Páginas)  •  833 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho discorre sobre o tema – grande porquê. O tema em ventilo enquadra-se na linha de pesquisa metafísica.

Nos dias que correm, muitas vezes nos de deparamos com situações em que, as crianças perguntam aos adultos (pais, tios, irmãos, etc) sobre a nossa fonte de origem; o nosso criador e a nossa existência. Se Deus nos criou, quem também lhe criou? porque não vivemos eternamente? se morremos havemos de ter outro mundo como este e regeneramos? etc. Não só são os petizes quem se indagam sobre estes fenómenos, também os adultos fazem-no. É na tentativa de compreendermos a origem destas questões que viceja a vontade de a vontade em abordar a questão do sentido da existência humana.

Como já fazíamos referência acima, amiúde, são crianças, jovens, adultos, idosos que se questionam pelo sentido da existência humana. Todas as camadas etárias estão sempre preocupados em saber porque existe e o que os faz existir. É, no entanto, partindo deste pressuposto que subjaz a seguinte questão – Porquê sempre os homens fazem questões da existência a si mesmos?

Essas inquietações metafísicas que acompanham o homem em toda sua vida podem ter nascido do facto deste passar muitos infortúnios durante a sua trajectória vital. O homem ostentando conhecimento das coisas de morte, tendo uma consideração da dor e da miséria da vida, ele tenta buscar.

Ao efectivar este trabalho pretende-se conhecer o sentido da existência humana. Pretende-se também mostrar varias concepções que buscam uma explicação sobre a questão do sentido da existência humana.

Para a consecução do trabalho recorreu-se as seguintes metodologias: hermenêutico, que consistira na leitura, análise, compreensão e interpretação do texto – O grande porque e; método bibliográfico, que consistira na leitura de varias obras que abordam sobre o mesmo mote. Não olvidar dizer que, o presente trabalho ostenta elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais.

  1. O GRANDE PORQUÊ.

Pela primeira fase, recordar que a metafísica não está interessada, de maneira nenhuma, por questionar o “como” da vida humana, mas sim pelos “porquês”, por aquelas questões que uma pessoa pode passar a vida inteira para formular, sem muitas vezes encontrar uma resposta satisfatória. Entretanto, para se formular um pensamento metafísico é preciso pensar, sem estar baseado em dogmas ou de forma superficial, nos básicos e intrigantes problemas da existência dos homens.

  1. Que sentido atribuir a existência humana?

Segundo Farouki (1995:38), é tão difícil compreender o sentido da existência humana mesmo quando uma pessoa afirma que existe, ostenta uma essência e liberdade. O homem, amiúde, tem se questionado: Porquê existe o ser em vez do nada? Porquê os Homens alem de bactérias e microrganismo? Porquê eu em vez de outro qualquer?

A questão do sentido da existência humana revela-se ao homem na medida em que se confronta com o mal, a morte e amor (Ibidem:39). Quer dizer, o homem ostentando conhecimento das coisas de extermínio/destruição físico (morte), tendo uma consideração da dor e da miséria da vida, ele tenta buscar as explicações metafísicas para melhor compreender esses fenómenos. Essa inquietação metafísica pode nascer da arquitectónica humana de que a não existência humana pode também ser tão possível como a existência.

A questão do sentido a atribuir a existência humana, a vidas humanas e ao destino da humanidade, é debatida desde os tempos mais distantes de nós. Platão, filosofo da antiguidade engendra que a questão da existência humana não perpassa de uma apreensão e do reconhecimento do Bem. Ele é da ideia de que a nossa existência adquire um sentido quando nós apropriamos e reconhecemos a noção do bem, isto é, existe se faz o bem.

Caminhando no mesmo diapasão da tentativa de encontrar um sentido a auferir a existência humana, Jean Paul Sartre entende que o sentido da existencia humana é encontrado, simplesmente na própria acção individual do homem. Segundo MARCONDES (2001:260) o lema do pensamento de Sartre é “Nós somos o que fazemos do que fazem de nós”. Quer dizer, cada homem mergulhado na praia das suas acções, aufere um peculiar sentido a sua vida. Na visão do francês Sartre, o Homem não perpassa de uma existência que precede a sua essência. O homem é quem edifica a sua essência enquanto existe, ou seja, durante a sua existência. Para Sartre dizer que existência precede a essência:

Significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. Se o homem, tal como o concebe o existencialista, não é definível, é porque primeiramente nada é. Só depois será alguma coisa e tal como a si próprio se fizer. Assim, não há natureza humana, visto que não há Deus para a conceber. Não apenas é o homem o que ele se concebe que é, ele é também apenas o que quiser ser depois de lançado na existência. (ALMEIDA et all. 2007:90)

 

Vale realçar que o existencialismo de Sartre é ateu na medida em que relega ao homem a responsabilidade pela sua condição, sua liberdade e não a uma Divindade. Para ele o homem sendo uma “paixão inútil” jamais atinge o absoluto, daí é mister que o homem no exercício da sua liberdade, as suas acções construa o sentido da sua existência. O existencialismo dele apregoa a questão da liberdade como elemento chave da existência humana e assim jogando uma dimensão ética fulcral: o homem cria os seus próprios valores.

Entrementes, fazendo uma acurada hermenêutica ao pensamento da Farouki é conspícuo a pretensão dela de afirmar que, as respostas a questão do sentido que o homem pode atribuir ao seu próprio ser são, a menos indubitavelmente, metafísicas, sociais, económicas e politicas. Quer dizer, o homem pode justificar a sua existência porque é detentor destes ou daqueles bens (sentido do ser explicado na base económica) ou existo porque sou isto ou aquilo (social).

  1. Sentido da existência humana numa perspectiva religiosa

No entender da Farouki, os sistemas religiosos são quem, peculiarmente, adjudicam de maneira eficaz um bom sentido a existência humana. Segundo ela, isto justifica-se pelo facto de:

Ao colocarem o valor da humanidade a um nível transcendente (já que depende de Deus), as religiões dão a esse valor uma garantia absoluta, que não pode ser posta em questão (Ibidem:40).

Para os religiosos, o sentido da(s) vida(s) humana(s) e o próprio destino da humanidade é explicado tendo como nó de estrangulamento, o próprio Deus.  Para estes, mormente, Deus não passa de um “comandante máximo” da nossa vida; Ele é quem traça as nossas vidas e calcula os limítrofes da nossa existência. Sendo Deus, um ser supremo, invisível, quando os religiosos lhe atribuem o valor da nossa humanidade fecham espaço para perguntas (dogmatismo).

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