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A VERIFICAÇÃO E O SENTIDO DAS PROPOSIÇÕES

Por:   •  10/7/2020  •  Resenha  •  673 Palavras (3 Páginas)  •  209 Visualizações

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Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Centro Multidisciplinar Pau dos Ferros – RN

Curso de Arquitetura e Urbanismo

Disciplina de Filosofia da Ciência e Metodologia Científica

Docente: Cláudio Rocha

Discente: João Lacerda Júnior

RESENHA CRÍTICA: A VERIFICAÇÃO E O SENTIDO DAS PROPOSIÇÕES

Referência: ALVES, R. Filosofia da Ciência: introdução ao jogo e suas regras. São Paulo: Edição Loyola, 2002. (cap. 10)

Rubem Alves, nascido no dia 15 de setembro de 1993, em Boa Esperança, morreu aos 80 anos, em 2014, foi educador, escritor, psicanalista e teólogo com especialidade em filosofia, área na qual escreveu alguns livros, inclusive “Filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras”, neste aborda diversos assuntos de grande relevância e alvo de estudos e pesquisas, como o senso comum e a ciência, a busca pela ordem, a construção dos fatos, entre outros, onde o autor discorre sobre a construção do conhecimento, tanto o científico quanto o do senso comum.

Em grande parte do livro, a relação da ciência com o senso comum é bastante explorada. No capítulo 10, intitulado “As Credenciais da Ciência”, o autor inicia a discussão com críticas ao antigo pensamento dos cientistas, de que através da ciência a sociedade atingiu “novos níveis”, e critica também o posicionamento da ciência que se diz livre das emoções, tratando a mesma como uma atividade comum e aproximando os cientistas da realidade da sociedade em geral, ressaltando que o nascimento de teorias e grandes descobertas partem das emoções, de onde nascem os pensamentos, as problemáticas e as indagações.

Rubem Alves aborda, muito didaticamente, a verdade existente na relação de discurso e objeto e expõe o discurso por prazer como rotineiro, numa tentativa de convencimento de que esse discurso não está tão distante da realidade assim. Este discurso se estabelece sozinho, pelo prazer, não importando a veracidade do discurso, pois ele por si só, basta.

O grande foco do capítulo foi enfatizar o quão necessária é, a verificação das proposições na ciência. Apenas a falsificabilidade pode ser aceita como credencial, pois é a partir da possibilidade de testes, que conclusões sobre as proposições serem ou não verdades, podem ser tomadas, e se alguma proposição não pode ser testada, ela não deve ser considerada, a menos que sejam proposições ou enunciados que são verdades independente de qualquer meio de verificação, são verdades prévias.

Segundo Rubem Alves, o sentido de qualquer proposta é sua capacidade de ser ou não testada, o crédito desta hipótese depende totalmente do teste que a mesma se propõe a atender, e claramente, as confirmações são indispensáveis, tanto para a aplicação desta proposição ser bem aceita, quanto para a credibilidade de quem a propõe. A ciência não trabalha com verdades absolutas, sendo assim, apenas o falso é conclusivo, é unicamente a partir dele que confirmações são tomadas, e é justamente por conta das definições conclusivas do que é falso que o autor critica o posicionamento dos cientistas de não divulgarem seus fracassos, o que os experimentos provaram ser falso.

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