A constituição da família
Por: Patrick-Marina Freitas • 13/9/2015 • Relatório de pesquisa • 1.216 Palavras (5 Páginas) • 302 Visualizações
No primeiro capítulo, o do Estágio Pré-histórico, mostra o desenvolvimento do homem primitivo, passando pelo estado selvagem, pela barbárie e chegando na formação da família.
O estado selvagem e a barbárie dividem-se em três subfases: a inferior, a média e a superior, que foram se superando a medida que o homem progredia.
Fala-se que é a infância do gênero humano a fase inferior do estado selvagem em que os homens viviam nas matas e em cima de árvores para fugir dos predadores.
A fase média caracteriza-se com o uso do fogo e alguns animais aquáticos na alimentação, tais como peixes, moluscos e crustáceos, o que fez com que os homens se tornassem independentes do clima e da localidade.
Com a invenção do arco e flecha, já na fase superior, a caça se torna regular para a alimentação e uma das ocupações cotidianas, começando assim, alguns indícios de residência fixa em aldeias e alguma habilidade na produção dos meios de subsistência, passando assim o homem, do estado selvagem para o estado da barbárie.
Nessa nova época, que se dividem em fases iguais as fases do estado selvagem; inferior, média e superior, começa a domesticação e criação de animais e o cultivo de plantas, havendo diferenças no cultivo e criação, dependendo da área em que se encontravam, onde cada um desenvolvia-se de maneira distinta.
Como houve um desenvolvimento diferenciado em cada região, chegando a fase média da barbárie, no Leste ( Oriente, Ásia e Europa ), começa a domesticação de animais, no Oeste o cultivo de hortaliças por meio de irrigação e o emprego do tijolo cru e da pedra nas construções.
A criação do gado, a formação de grandes rebanhos e a domesticação de animais, foram as causas do afastamento dos arianos e semitas em relação aos demais bárbaros, e com isso, inicia-se a fase superior com a fundição do minério de ferro e com a invenção da escrita, fase essa que só existiu no hemisfério oriental.
Agora se encontra pela primeira vez o arado de ferro puxado por animais, tornando possível lavrar a terra em grande escala. O homem transforma bosques em terras cultiváveis com a criação da pá de ferro e do machado, acarretando um rápido aumento da população que se instala em pequenas áreas e faz com que surja a primeira instituição de sociedade: a família.
A família, no segundo capítulo, mostra todas as modificações que esta passa durante a evolução do homem, da comunal até a monogâmica e da matriarcal até a patriarcal.
No princípio da família, os laços de ascendência eram muito indefinidos, os grupos viviam em tribos, e as relações se davam de maneira generalizada. Era possível existir vários pais e mães em uma tribo, isso acarretava o problema de ciúme por parte do macho, um sentimento de posse, ocorrendo brigas internas. Essa situação, superou-se com o casamento em grupo tornando o homem menos animalizado, sendo assim, todos no grupo se pertenciam mutuamente.
A formação da família ainda estava agarrada na promiscuidade, pois não existia a definição de costumes, o autor mostra que o incesto era permitido, não podendo somente existir relação entre pais e filhos. O autor segue apresentando a evolução de família, passando pela família Punaluana, a Sindiásmica e chegando à Monogâmica.
Na família Punaluana, que significa associação, os casamentos em grupo e o incesto passaram a ser proibidos fazendo com que a sociedade primitiva se desenvolvesse mais rápido, começando a ter nessa época os primeiros indícios do matrimônio.
Na família Sidiásmica, o homem é casado apenas com uma mulher, ainda existindo a infidelidade e a poligamia, porém é somente direito do homem, a mulher tem que ser fiel ao seu marido. Na maioria das vezes o casamento era arranjado e o poder em maior parte era feminino, era ela quem definia as relações sanguíneas. A família Sidiásmica foi o ela entre a barbárie e o Estado. Com o desenvolvimento, o homem acaba por ocupar um espaço maior no novo mundo, subjugando o papel da mulher, retirando o direito materno e todas as regalias da filiação feminina.
Passa a existir então, o Heterismo, a soberania do homem sobre a mulher, esta, é considerada pelo autor a maior derrota da mulher que agora nem em seu corpo ela podia mandar. Foram reduzidas a objeto de prazer másculo sem direito a nada. Esse foi o ponto principal da mudança da família Sidiásmica para Monogâmica.
Surge então a família Monogâmica, baseando-se no predomínio do homem, cuja finalidade é a de procriar e que sua paternidade seja indiscutível, porque os filhos diretos na condição de herdeiros, estarão um dia em posse dos bens de seu pai.
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