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A lógica da pesquisa científica

Por:   •  26/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.211 Palavras (5 Páginas)  •  557 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

CURSO: BIOMEDICINA

DISCIPLINA: FILOSOFIA DAS CIÊNCIAS

DOCENTE: MIDIANE MÉRCIA

        

A Lógica da Pesquisa Científica – Karl Popper

Capítulo II: O Problema da Teoria do Método Científico

Mayara Ferreira Maciel Monteiro

ILHÉUS

JUNHO/2013

John Locke foi um filósofo inglês e ideólogo do liberalismo, sendo considerado o principal representante do empirismo britânico. Locke não aceitava a ideia do Inatismo (uma doutrina filosófica que diz que algumas ideias e conteúdos mentais não são adquiridos com a experiência e sim já estão presentes desde o nascimento) e afirmava que todas as ideias tinham origem no que era percebido pelos sentidos, pela percepção sensorial. Afirma também que a mente é uma “tábula rasa” (expressão latina que significa “folha em branco”), significando que todas as pessoas nascem sem saber nada e aprendem pela experiência, pela tentativa e erro, ideias base para o Behaviorismo, onde a psicologia é apresentada como um ramo puramente objetivo e experimental das ciências naturais.

8. A Experiência como método

Definir o que é “ciência empírica” é uma tarefa difícil. Uma das justificativas é por conta do fato da existência de muitas possibilidades logicamente similares a da realidade. Realidade esta que a ciência empírica pretende representar. A ciência empírica então deve representar um mundo sem contradições, um mundo possível, e que seja experimentável, não podendo ser metafísico.

O método científico é um conjunto de regras de como se deve proceder para produzir conhecimento científico, seja ele um novo conhecimento ou reciclagem de um conhecimento pré-existente. Popper afirma que a ciência é um conhecimento provisório que funciona através de sucessivos falseamentos.

Como identificar o sistema que representa nosso mundo de experiência?

Pelo fato de ele ter sido submetido a provas e ter resistido a elas. Um resultado empírico é uma observação experimental.

CAPÍTULO II: O PROBLEMA DA TEORIA COMO MÉTODO CIENTÍFICO

A epistemologia – ou teoria do conhecimento – é o ramo da filosofia que trata da origem, estrutura, métodos e validade do conhecimento. Questões sobre o que é e como obtemos o conhecimento são tratadas na epistemologia. É muito comumente relacionada à filosofia da ciência, pois avalia a consistência lógica de teorias e credenciais científicas. A teoria do método diz respeito à escolha dos métodos, decisões de como manipular enunciados científicos, decisões estas que dependerão do objetivo escolhido. Para estabelecer regras adequadas ao método empírico, Popper sugere que “sejam adotadas regras que assegurem a possibilidade de submeter à prova os enunciados científicos, o que equivale a dizer a possibilidade de aferir a sua falseabilidade” (p51).

9. Porque são indispensáveis as decisões metodológicas.

O que são as regras de método científico e por que necessitamos dela? Pode existir uma metodologia?

A forma de responder essas perguntas vai depender da atitude que se tome diante da ciência.

Os positivistas dizem que a ciência empírica dará uma resposta por critérios lógicos, como significatividade e verificabilidade. Alguns outros, como o próprio Popper, acham que os enunciados empíricos são suscetíveis a revisão: podem ser criticados e substituídos por enunciados mais adequados. O autor diz que é necessária uma análise lógica das teorias, análise que não leve em conta a forma como elas se alteram e se desenvolvem.

Jamais pode ser negada conclusivamente uma teoria, pois sempre poderá ser dito que os resultados experimentais não são dignos de crédito ou que as diferenças entre os resultados experimentais e a teoria são apenas aparentes e que desaparecerão com o avanço do entendimento humano, como na luta contra Einstein esses argumentos foram usados com frequência.

10. A Abordagem Naturalista da Teoria do Método

O autor discorda dos positivistas porque eles acham que problemas filosóficos não é ciência e não tem significado, alegando que estes são “pseudoproblemas” ou “charadas”. Afirma ainda que, para os positivistas, só existem duas espécies de enunciados: tautologias lógicas e enunciados empíricos. “Se a metodologia não é lógica, concluirão eles que deve ser um ramo de alguma ciência empírica – da ciência, digamos, do comportamento dos cientistas atuantes” (p54).

A concepção de que a metodologia é uma ciência empírica pode ser chamada de “naturalista”, metodologia esta que tem o seu devido valor. Contudo, Popper afirma que o que ele chama de “metodologia” não deve ser considerado como uma ciência empírica, pois não é possível decidir, utilizando métodos da ciência empírica, questões como saber se a ciência usa ou não o princípio da indução.

Popper rejeita a concepção naturalista, pois ela não é crítica. Os seguidores do naturalismo não percebem que, ao julgar ter descoberto um fato, eles propõem apenas uma convenção que, consequentemente, pode-se converter a um dogma. “Essa crítica por mim dirigida contra a concepção naturalista diz respeito não apenas ao critério de significação por ela admitido, mas também à sua concepção de ciência e, portanto, à sua concepção de método empírico” (p55).

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