ANDRAGOGIA

ANDRAGOGIA

Andragogia é a arte ou ciência de orientar adultos a aprender, segundo a definição creditada a Malcolm Knowles, na década de 1970. O termo remete a um conceito de educação voltada para o adulto, em contraposição à pedagogia, que se refere à educação de crianças.

Para educadores como Pierre Furter (1973), a andragogia é um conceito amplo de educação do ser humano, em qualquer idade. Ciência que estuda as melhores práticas para orientar adultos a aprender. É preciso considerar que a experiência é a fonte mais rica para a aprendizagem de adultos, pois estes são motivados a aprender conforme vivenciam necessidades e interesses que a aprendizagem satisfará em sua vida. O modelo andragógico baseia-se nos seguintes princípios.

A Andragogia baseia-se em seis princípios fundamentais:

- Necessidade de saber

- Autoconceito do aprendiz

- Papel das experiências

- Prontidão para aprender

- Orientação para aprendizagem

- Motivação.

Formação do Professor e método Paulo Freire

O estudo da Pedagogia de Paulo Freire nos aponta para algo muito além do que simplesmente um método de educação ou alfabetização de jovens e adultos. O próprio Paulo Freire muitas vezes criticava aqueles a quem atribuíam a ele o chamado “Método Paulo Freire”, o qual considerava um reducionismo de sua Filosofia da Educação.

Em sua filosofia está presente uma concepção de homem muito bem definida, enquanto Ser que está em permanente processo de evolução, que procura se aperfeiçoar continuamente. É o que Paulo Freire entende pela ontologia do Ser, um Ser Mais, um indivíduo que nunca é, mas está sendo, cuja concepção não se situa no sentido pejorativo ou negativo, mas do mesmo modo como ocorre com a própria História que está em permanente mudança. Essa é a diferença que nos distinguem dos animais, pois, somos impregnados de cultura de nossos ancestrais, da sociedade que nos precedeu e nos moldou o Ser do presente em mudança.

Assim, sempre que somos impedidos de Ser Mais, nos privam da qualidade essencial do ser humano que é a liberdade, isto acontece quando somos servos ou escravos, não apenas fisicamente como culturalmente. Somos objetos e nos submetemos à História e à cultura, no entanto, ao mesmo tempo também temos responsabilidades para com a construção do presente social a partir do legado histórico deixado.

Na medida em que somos objetos da História, somos igualmente seu sujeito, e tanto mais sujeito quanto sabemos de nossos limites e de nossas responsabilidades. Nesse sentido, a sociedade tem para com os indivíduos, tanto o dever de integrá-los na sua cultura, quanto o dever de possibilitar o desenvolvimento do Ser Mais. Na construção da História não somos um ser à parte dela, mas com limites e responsabilidades, somos a própria História. Enquanto tal, podemos perceber a importância que Paulo Freire dá no processo de ensino-aprendizagem, o caráter ativo dos alunos, sua cultura, seus saberes e os de sua comunidade.