ASPECTOS ATROPOLOGICOS E SOCIOLOGICOS DA EDUCAÇÃO
Por: vanessameloalves • 30/7/2021 • Trabalho acadêmico • 1.325 Palavras (6 Páginas) • 131 Visualizações
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PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR (PCC)
ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
OBSERVAÇÃO E ANÁSILE SOCIOLÓGICA REFLEXIVA DAS
RELAÇÕES ENTRE A CULTURA, SOCIEDADE E O MEIO
AMBIENTE
VANESSA DE MELO ALVES MATRÍCULA: 202105114323
PROFESSOR: ISOLDA CECILIA BRAVIN
SÃO PAULO - SP
2021
INTRODUÇÃO
Neste trabalho apresentarei uma reflexão sobre a desigualdade socioeconômica, desigualdade educacional, e as diferenças sociais. E de que modo ocorre a relação ambiente, cultura e sociedade na vida do cidadão que habita no bairro do Jabaquara, zona sul de São Paulo, Capital.
MEIO AMBIENTE E O CRESCIMENTO SOCIAL
O nome Jabaquara vem do tupi guarani YAB-A-QUAR-A, que significa rocha ou buraco. A região era tomada por mata deserta e serviu nos tempos da escravidão como abrigo para escravos fugitivos que tentavam chegar até Santos para atravessar o oceano e voltar para África.
O Jabaquara se popularizou no final do século 19, quando foi criado o parque do Jabaquara pela prefeitura, o bairro foi planejado para ter vastas propriedades, os lotes eram superiores a 1500 metros quadrados, este trabalho foi todo delimitado por engenheiros visando a preservação do meio ambiente.
Com a chegada dos bondes em 1930 e a inauguração do aeroporto de Congonhas em 1940, deram um grande impulso no crescimento local, porem o crescimento decisivo foi a construção da paróquia São Judas Tadeu em 1940 que trouxe novos moradores ao bairro que antes habitado por maioria de descendência alemã.
Em 28 de Fevereiro de 1964 o verde e belo bairro do Jabaquara tornou-se distrito pela lei estadual n º 8092, que o levou a 42ª subdistrito com efeito retroativo de 1º de janeiro de 1964. No ano de 1974 é construída a estação Jabaquara do Metrô, afetando de forma determinante o urbanismo e as desigualdades sociais da região.
AS DESIGUALDADES SOCIOECONÔMICAS E DIFERENÇAS SOCIAIS
O distrito do Jabaquara abriga todas as classes sociais, com predominância das classes média e alta.
Há diversos registros de que, até os anos 50, uma das principais atividades econômicas do local consistia no cultivo de flores selvagens, e a abaparia capensis (tulipa do inverno) se mostrava a principal fonte de renda dos habitantes naquela época.
Nos tempos atuais a economia local do distrito é totalmente voltada para a classe média e alta contando com grande crescimento nos empreendimentos imobiliários por conta da sua localização privilegiada, está próximo de duas estações de metrô, a poucos minutos do aeroporto de Congonhas e vizinho de bairros consagrados de São Paulo como Saúde e Campo Belo.
Toda via o distrito que conta com 214.199 habitantes tem 18,33% da sua população morando em favelas, localizadas em sua maioria na região sul do distrito, na divisa com o distrito de Cidade Ademar e o Município de Diadema. De princípio onde se localiza as favelas era usado como localidade dormitório, para operários que migravam de diversas partes do Brasil, decorrente da explosão industrial da década de 1960.
Podemos identificar que a desigualdade socioeconômica do bairro vem desde sua formação até os dias de hoje, onde os habitantes das favelas ainda passam por problemas graves relacionados a criminalidade, urbanização precária e falta de infraestrutura adequada.
Com a pandemia da COVID 19 todos esses problemas se agravaram, no ano de 2020 foi registrado 1.615 roubos, quase 500 a mais na comparação com 2019 no distrito de Cidade Ademar, que o torna uns dos 7 distritos que mais registam roubos na zona sul. E mesmo com estas estatísticas de aumento na criminalidade em meio a pandemia se foi suspensa as atividades de dois distritos policiais na região, o 43º distrito policial da Cidade Ademar e 80º D.P da Vila Joaniza.
É com grande esforço que jovens dessas comunidades vem se desdobrando para conscientizar os poderes públicos das desigualdades sociais que envolvem as periferias, assim produzindo por conta própria documentários onde se reúne histórias de jovens das periferias de São Paulo e sua angustias em relação a pandemia. O retorno da fome, o aumento das mortes e enfermidades, o desemprego, a falta de condições adequadas para o estudo e as incertezas sobre seus futuros são algumas das preocupações dos jovens hoje em dia.
AS DESIGUALDADES EDUCACIONAIS E CULTURA
No início do século 20 foi criado o Sistema Escolar Fundamental Brasileiro, somente para os filhos das classes altas e medias, os filhos dos trabalhadores tinham acesso somente as escolas dominicais(igrejas) e as que existiam nos interiores das fabricas. Lembrando que desigualdade educacional no Brasil sempre foi gritante, principalmente o acesso a escola e no bairro do Jabaquara não se foi e nem se é diferente.
Em 1943chega os primeiros moradores no atual bairro Cidade Vargas, com o avanço da urbanização viria também um paroquia além da de São Judas Tadeu. Na década de 1940, eram promovidas quermesses na Cidade Vargas para a criação de uma paroquia mais próxima do bairro.
Em 1950 foi instalado a paroquia Nossa Senhora das Graças, na antiga estada da conceição hoje conhecida como Avenida Engenheiro de Armando de Arruda Pereira e somente em 1958 foi registrada oficialmente a primeira escola do bairro que leva o mesmo nome da paroquia Nossa Senhora das Graças.
Na época só se existia uma única escola pública que funciona até nos dias de hoje que se localiza da região do Brás.
Os filhos dos trabalhadores do bairro tinham que caminhar 18km da área periférica do bairro para ter acesso ao ensino público, enquanto os filhos da população de classe média e alta tinham acesso ao estudo no próprio bairro, que na época era habitado por grande maioria de Jornalistas e Comerciários.
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