Alguns Conceitos de Platão

No período antropológico da filosofia grega, Platão foi um importante filósofo. Contribuiu fundando o pensamento metafísico, inspirado pelas teorias de Parmênides e Heráclito, Platão definiu o mundo em dois: o mundo sensível e o mundo inteligível.

No mundo das ideias, ou mundo inteligível é onde se encontra a essência de todas as coisas, todos os conceitos e verdadeiro “eu” de tudo que está no mundo, e, essa realidade só pode ser acessada também pela essência do humano.

Já o mundo sensível seria a representação imperfeita, a realidade a qual nos encontramos no nosso dia a dia; acessada pelo nosso “ser” através dos cinco sentidos e tão pouco confiável, pois essa “realidade” nada mais é que uma ilusão, inferior e que tende a prender o ser humano as aparências das coisas, que nada tem haver com as essências.

No pensamento platônico, as ideias diferem do modelo definidos na modernidade. Para o filósofo, as ideias são de uma realidade inteligível, originado por causa de naturezas não físicas. Representando deste modo o “verdadeiro ser”, sendo assim a essência de todas as coisas, que se faz a partir de cada uma dessas coisas chegando sempre ao modelo mais próximo delas. Neste caso, para Platão a ideia pode estar significativamente ligada à forma, já que ela constitui o ser. Uma expressão platônica para explicará ideias é “em si e por si”. Tal constatação dá a acepção de que não se refere à espécie absoluta delas, e sim a forma que se demonstra ao homem de maneira a que se ignoram suas percepções e mais leais a verdade do que o próprio indivíduo.

As ideias de bem e belo para o filósofo, se associam a ética platônica que não pode ser pensada sem antes associar a sua dialética que busca sempre a essência das coisas, exemplo: uma cadeira, a dialética trataria de definir uma ideia de cadeira a partir da essência de cadeira vinda do “mundo perfeito” (o mundo que Platão vem a detalhar mais precisamente no Mito da Caverna). Após isso só existe cadeira por que no mundo inteligível existe a ideia de cadeira perfeita. Ou seja, a dialética de Platão pode se compreender como um diálogo que eleva a alma para além do mundo sensível. Permitindo assim acesso para descobrir as ideias que estão no outro mundo interligado a esse. Assim como existe um conceito perfeito de cadeira, existe a ideia universal do bem. Aplicada a questões morais e na dialética platônica descobrimos o método que concede o fundamento da prática na vida sobre a ideia universal do Bem, que significa neste caso o destino final de tudo, o que mais tarde é interligado a Deus pela filosofia Medieval.

Quando se reflete sobre o tipo de existência que representa uma vida ética, daquele que busca o equilíbrio, a ética platônica busca uma ligação entre o belo e o bom. O belo integra a aparência e as ações e o bem é a “alma”. E quem busca a verdade através do método dialético remete o seu ser a se conectar a sua essência e admirar no mundo das ideias o sumo do bem. Para filosofia platônica o sujeito ético tem em si a compreensão do bem universal e desse modo o sujeito que se inspira pela força desse bem, consegue ultrapassar tudo que ameaça a perfeita harmonia. E o indivíduo para se