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Analise Sobre a Obra

Por:   •  29/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  837 Palavras (4 Páginas)  •  240 Visualizações

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI[pic 1]

Departamento de Filosofia e Métodos

Unidade Curricular: Política II

Docente: Prof. Dr. Fabio de Barros Silva

Discente: Jénnifer Figueiredo Lemes- 180400048

                                                         Atividade avaliativa: Política II

        

       O Príncipe, obra revolucionária voltada a quebrar os paradigmas religiosos da época renascentista. De forma mais concisa, Maquiavel propôs a separação do homem político e religioso, assim criando as bases da ciência política moderna. A política, para Maquiavel, é marcada, então, não pelo ideal cristão de unidade entre os homens, mas por algo que é próprio do homem, a constante luta pelo poder. Deste modo, inaugurou a astúcia inescrupulosa como método de governo, por detectar e sistematizar pioneiramente a amoralidade peculiar à “conquista e ao exercício do poder”.

Ponty em sua análise sobre Maquiavel apresenta o poder como: “O poder não é mais força nua, mas tampouco honesta delegação das vontades individuais, como se elas pudessem anular sua diferença.” [1] De certo modo, o poder exercido pelo príncipe está diretamente relacionado à nova maneira - cética - com que Maquiavel encara o ser humano; pois tudo é válido contanto que o objetivo seja de se conquistar e de se manter o poder, apoiado no povo, tentando evitar o desprezo do mesmo. Pois, um bom príncipe necessita de apoiadores e a base para um bom governo é o apoio de seus cidadãos.

Ao chefe de Estado cabe agir de acordo com as circunstâncias e não a partir de preceitos morais individuais. Por esta razão, o que distingue a bondade da maldade na ação política é sempre o bem coletivo e jamais os interesses particulares. O que determina se uma atitude é ética é a sua finalidade política, neste sentido, os valores morais só podem ser compreendidos a partir da vida social. Segundo Maquiavel:

“[...] O príncipe natural tem menores razões e menos necessidade de ofender: donde se conclui dever ser mais amado e, se não se faz odiar por desbragados vícios, é lógico e natural seja benquisto de todos.” [2] O príncipe que sabe simular e dissimular e lançar mão desses recursos no momento em que a necessidade se impõe. Assim, Maquiavel introduz o conceito de Virtu, os homens que possuem virtu, agem de acordo com as circunstâncias, ser bondoso ou cruel - temido ou amado, por detrás deste conceito, está o princípio moral da ação como justificativa para o bem coletivo. Desse modo, em certas circunstâncias, é legítimo o uso de algumas crueldades, que por si sendo más, são ações virtuosas quando beneficiam a coletividade.

Segundo Ponty, o poder seria como uma maldição, pois quem o exerce de certo modo estaria amaldiçoado a viver de mentiras sobre o seu eu, adaptando com seu meio e sendo dotado de personalidades distintas. Para Maquiavel, um príncipe não deve medir esforços nem hesitar, mesmo que diante a crueldade ou trapaças, pois além do poder, o bem do seu povo também está em jogo.  Declarando:

(...) todas as ações do duque, eu não saberia em que censurá-lo. Pelo contrário, parece-me – como, aliás, o fiz- dever propô-lo como exemplo a todos àqueles que, com a fortuna e as armas de outrem, ascendem ao poder. Tendo ele ânimo forte e intenção elevada, não poderá ter agido de outra maneira. (MAQUIAVEL, “O Príncipe” 2004, p.34)

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