Apologia de Sócrates
Por: sim418 • 29/9/2015 • Artigo • 434 Palavras (2 Páginas) • 328 Visualizações
1 - Qual é a exortação que Sócrates faz ao tribunal?
Sócrates muitas vezes utiliza seu método, denominado de método socrático. Ele consiste em duas partes, a primeira (exortação) onde o filósofo convida o interlocutor a buscar a verdade, e a segunda (refutação) em que Sócrates comenta as respostas e busca outras perguntas, até que a definição da coisa seja encontrada. No início, Sócrates explica ao público que jamais deixará de filosofar, que sente a necessidade de interrogar, examinar e refutar o argumento dos cidadãos de Atenas, a fim de buscar a perfeição da alma do cidadão. A exortação é então aplicada a Meleto no julgamento de Sócrates, onde este se defende utilizando seu método, desconstruindo todos os argumentos contra sua pessoa, incluindo o que diz respeito à corrupção dos jovens.
2 - Quais são as duas classes de acusadores às quais Sócrates se refere?
Existem na Apologia de Sócrates duas espécies de acusadores, os que acusam Sócrates há muito tempo e os que acusaram recentemente. Os acusadores mais antigos usaram de sua retórica para voltar os jovens contra Sócrates, dizendo que o filósofo estudava fenômenos celestes, visto na época como uma forma de ateísmo, e também dizendo que sua razão era fraca. Sócrates ressalta que teme mais a esses acusadores, que falam mentiras a seu respeito há muitos anos, que acusam falsamente. Já os acusadores recentes o acusavam de acreditar em deuses estranhos e de corromper a juventude, persuadindo também os jovens contra Sócrates.
3 - Qual é a 'acusação antiga' de onde procede a 'calunia' contra Sócrates?
Sócrates é acusado, segundo Meleto, de corromper a juventude, fazendo-os acreditar em deuses estranhos. O filósofo refuta dizendo que Meleto nunca se preocupou com a juventude, e que se Sócrates a corrompe, não é por vontade própria. Meleto também se contradiz em diversos momentos com argumentos fracos, dos quais todos são refutados e destruídos por Sócrates, que também argumenta que sua condenação se dará pela inimizade adquirida com os falsos sábios e seus boatos, e não pelas acusações. Sócrates é então acusado de se ocupar de assuntos que não são de sua área de atuação, investigando o que existe embaixo da terra e no céu, transformando mentira em verdade e ensinando-a às pessoas. Sócrates revela que isso não se passa de calúnia, que não ocupa desses assuntos e recorre ao público para sua defesa, questionando a veracidade das acusações. Outra calúnia contada se trata de falar que o filósofo instruía em troca de dinheiro, algo que também não era verdade. As calúnias se espalham após anos de questionamentos, onde Sócrates abordava cidadãos e os questionava até que provasse sua ignorância.
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