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Artigo Científico- conhecimento científico, teológico, filosófico e empírico

Por:   •  26/4/2022  •  Artigo  •  1.300 Palavras (6 Páginas)  •  161 Visualizações

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Conhecimento científico, filosófico, teológico e senso comum, - elo dos saberes.

Ravenna Isabelly Pimentel da Cunha1

José Lucas Pires e Sousa2

Resumo

No processo de evolução, a humanidade compreendeu alguns saberes que foram organizados ou denominados como conhecimentos. A ciência existe para esclarecer aspectos problemáticos do senso comum, fornecer respaldo aos questionamentos e fundamentar cada conhecimento produzido em resposta às demandas. A Filosofia nos auxilia nas funções teóricas e práticas a chegar a uma concepção do universo por meio da auto-reflexão. O conhecimento teológico se da a partir de uma realidade universal para representar e atribuir sentido a realidades particulares. O senso comum contribui para que a ciência progrida.

A partir de problemas do cotidiano das pessoas, surge a necessidade de pesquisar, de aprofundar interpretações dos achados e propor soluções para superar as dificuldades enfrentadas pela população. Assim, os conhecimentos envolvidos nesta reflexão pretendem beneficiar uma articulação entre as formas básicas de conhecimento e desenvolver uma compreensão satisfatória da cidadania, numa visão compartilhada e consciente da mudança de paradigmas no sistema social.

Palavras-chave: Conhecimento; Ciência ; Filosofia; Teologia, Senso Comum.

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Introdução

A história da humanidade, remonta há pelo menos seis milênios, quando aceitamos o critério historiográfico clássico que demarca o seu início a partir dos primeiros registros escritos. Durante essa trajetória, a humanidade acumulou uma considerável gama de saberes

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  1. Graduandos do curso de Engenharia Agronômica pela UFPI.

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que foram sistematizados como conhecimentos, que são estes: conhecimento científico, filosófico, teórico e o senso comum, visando sistematizar a busca de entendimento e concepção do universo.

Conhecimento Científico

A ciência, por sua vez, caracteriza-se pela racionalização que surgiu na Europa, processo iniciado com o renascimento italiano, mas substanciado com a revolução científica no século XVII. O legado deste período traduz-se no que denominamos ciência moderna ou, simplesmente, ciência. Este artefato teórico permite-nos adquirir conhecimento fundamentado através de pesquisas, estudos e comprovações até chegarmos ao reconhecimento da comunidade científica de que o conhecimento produzido revela a verdade sobre os fenômenos. Como forma especial de conhecimento da realidade, conduz sempre a novas descobertas. Como busca sistemática de conhecimentos, revisa-se teorias fundamentais das experiências do passado, reformulando-as cada vez mais e possibilitando, assim, uma constante renovação. Seguindo essa ordem de raciocínio, as palavras que se relacionam no processo do conhecer são o sujeito e o objeto. O sujeito desempenha papel ativo no processo do conhecimento, e o objeto, por sua vez, é modelado pelo sujeito. A ciência é o sistema de conhecimentos que abrange verdades gerais obtidas e testadas através do método científico. O conhecimento científico depende muito da lógica. A ciência é, portanto, conhecimento que se constitui na modernidade diante dos desafios a que o homem moderno se colocou no sentido de investigar o universo. É uma forma de conhecimento ativa, investigativa, mas, sobretudo crítica, na medida em que avalia a si própria e revê seus conceitos e práticas, na medida em que avança no conhecimento de determinado objeto.

Conhecimento Filosófico

Reconhecemos que a filosofia se deu a partir dos gregos e estes produziram uma cultura de vários mitos explicativos da realidade. Anteriormente, tinha como única preocupação a busca do saber, a compreensão da natureza das coisas e do homem. O conhecimento científico era desenvolvido pela filosofia. Não havia a distinção que hoje se estabelece entre ciência e filosofia. Em síntese, a filosofia surge da necessidade dos gregos adquirirem um conhecimento fundamentado / racional, para superar a opinião. Esse conhecimento pretende ser o mais profundo / radical possível sobre a realidade analisada. Quanto mais refletirmos sobre esta realidade, mais podemos compreendê-la, levantar questionamentos e sugerir soluções para os problemas relacionados a ela. Para tanto, a filosofia nos auxilia e constitui-se

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numa tentativa do espírito humano, através de suas funções teóricas e práticas, de chegar a uma concepção do universo por meio da auto-reflexão. O conhecimento filosófico é racional, crítico, sistemático. É um tipo de conhecimento que decorre da razão pura, ou seja, é um desejo natural do ser humano. Por ele, o sujeito quer saber por amar o saber e não para fazer uso prático dele. É um tipo de conhecimento pouco praticado nos dias de hoje. O conhecimento filosófico é um saber aberto, sistemático, racional e que não é dogmático, não reflete a partir de pressupostos que não sejam fundamentados na razão ou não se prende em aparências. A filosofia é uma arte: de pensar, refletir, repensar o que já foi pensado.

Conhecimento Teológico

O conhecimento teológico é produto do intelecto do ser humano, o qual recai sobre a fé; Provêm das revelações do mistério oculto ou do sobrenatural, que são interpretadas como mensagens ou manifestações divinas. Este conhecimento está intimamente relacionado à fé e

  • crença divina, ou ainda a um Deus, seja este Deus, Jesus Cristo, Maomé, Buda, um ser invisível ou alguma autoridade suprema, com quem o ser humano se relaciona por meio de sua fé e crença religiosa. Não importa qual é a sua crença, tampouco qual é o seu Deus; o que é válido e importante é a fé. De modo geral, o conhecimento teológico apresenta respostas para as questões que o ser humano não pode responder com os demais conhecimentos filosófico, ou científico, pois envolve uma aceitação, ou não, como consequência da fé que o aceitante deposita na existência de uma divindade. A fé religiosa é um fato que nem a teologia nem a ciência que estuda o fato religioso podem explicar ou justificar perfeitamente. A fé religiosa é de ordem místico-intuitiva, e não de ordem racional-analítica.

Senso Comum

No contexto atual, os pensamentos estão voltados para considerar conhecimento como aquilo cientificamente comprovado, aquilo que a literatura afirma como verdade, muitas vezes se opondo ou desprezando o senso comum, passando a negar ou tratar como erro o modo como as pessoas comuns, do saber popular, entendem e explicam o mundo. O senso comum contribui para que a ciência progrida a partir de dificuldades que emergem no dia-a-dia das pessoas. A forma mais usual que o homem utiliza para interpretar a si mesmo, o seu mundo e o universo como um todo, produzindo conhecimento, é a do senso comum, também chamado de conhecimento ordinário, comum ou empírico. O conheciinento empírico é adquirido independentemente de estudos, pesquisas, reflexões ou aplicações de métodos. Em geral, é um conhecimento que se adquire na vida cotidiana e, muitas vezes, ao acaso, fundamentado

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