As Cidades e os Espaços Urbanos
Por: Rosa Sousa • 1/9/2018 • Resenha • 1.985 Palavras (8 Páginas) • 329 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
Resenha
Disciplina: ESEA
Prof.: José Vandilo dos Santos
Aluna: Rosa Maria de Sousa
1 – Obra
Livros intitulado Sociologia em sua 6ª edição, traduzido do original inglês intitulado Sociology 4'h Edition (1986), tradução de Alexandra Figueiredo, Ana Patrícia Duarte Baltazar, Catarina Lorga da Silva, Patrícia Matos e Vasco Gil, com coordenação e revisão científica de José Manuel Sobral.
2 – Autor
Anthony Giddens, nascido em Londres no dia 18 de janeiro de 1938, é um Sociólogo Britânico renomado por sua teoria da estruturação.
3 - Conteúdo - Capítulo 18 - As Cidades e os Espaços Urbanos
O Autor inicia o capítulo com a caracterização de um bairro de Nova Iorque, adotando este como exemplo da desigualdade que caracteriza as grandes cidades frutos da globalização e disseminação da tecnologia de informação que intensifica os processos de urbanização e industrialização.
Foi investigado no capítulo o processo de urbanização que molda as cidades modernas e as conurbações urbanas, conjuntos de cidades que formam uma grande área construída, exemplificando conurbação com uma faixa marítima (450 milhas), nos Estados Unidos que vai de Boston até Washington D.C.
Como exemplo da urbanização foi citada a Grã-Bretanha que em um curto período teve um alto crescimento populacional adensando o espaço urbano, essa urbanização passou a ser global no século XX, e as populações urbanas cresceram em ritmo mais rápido do que a população mundial. Como consequência da expansão das cidades foram intensificadas a pobreza e a desigualdade, exemplo disto é Chicago, marcada por alto desenvolvimento e por desigualdades muito visíveis, por este motivo a cidade foi protagonista dos primeiros estudos sociológicos sobre as condições urbanas modernas.
Foram apresentadas duas ideias que basearam teorias e pesquisas em sociologia, uma é a abordagem ecológica à análise urbana, o outro, a caracterização do urbanismo como um modo de vida, sendo Ecologia o estudo da adaptação de organismos vegetais e animais ao seu meio-ambiente, e utilizado no contexto de problemas de ambiente em geral. A Escola de Chicago, acreditava que a distribuição dos bairros poderia acontecer segundo princípios da Ecologia, pois as cidades não crescem ao acaso, mas de acordo com as características do meio-ambiente.
O urbanismo como modo de vida preocupava-se mais com a forma de existência social do que com a divisão dos bairros, partindo do princípio de que na cidade as pessoas vivem próximas umas das outras, sem se conhecerem verdadeiramente, os contatos são passageiros e as relações pessoais são fracas, o ritmo de vida é acelerado e a cooperação perde para a competição.
Esta teoria reconheceu que o urbanismo não é apenas parte da sociedade, mas sofre influência do sistema social global, tendo como características da vida social os aspectos do modo de vida urbano nas atividades dos habitantes de todas as cidades, a teoria mostra ainda que as cidades modernas não possibilitam apenas relações sociais impessoais e anônimas, mas também podem ser fontes de diversidade e até de intimidade.
Na sequência o autor salienta que o urbanismo não é um processo autônomo e deve ser analisado em conjunto com as principais mudanças políticas e econômicas. O urbanismo é consequência da expansão do capitalismo industrial e vice-versa, na sociedade moderna a indústria tornou a divisão entre a cidade e o campo inexistente, a agricultura é mecanizada e como a atividade industrial é dirigida visando o lucro, acabando com as diferenças nos modos de vida social das populações urbanas e rurais.
É elucidado que no urbanismo moderno o espaço é reestruturado, depende de onde as grandes empresas constroem as suas fábricas, do controle do governo sobre os terrenos, da produção industrial e da compra e venda de propriedades. Porém os ambientes urbanos são manifestações simbólicas de forças sociais, os arranha-céus, por exemplo, são construídos para obter lucros, mas também simbolizam a força do dinheiro por meio da tecnologia e são as catedrais do capitalismo empresarial.
Alguns autores mencionados no capítulo acreditam que as cidades são reflexo dos sistemas de poder social e econômico, sendo ambientes artificiais construídos por pessoas, e as zonas rurais também não escapam à intervenção do homem e da tecnologia moderna, a atividade humana reordenou o mundo da natureza, tanto, que os problemas causados pelo urbanismo estimulam movimentos que se preocupam com as más condições habitacionais, protestam contra a poluição, defendem os espaços verdes e combatem os projetos de construção que alteram o meio ambiente.
Nesta secção foram considerados o aparecimento dos subúrbios e o declínio dos centros das cidades, as crises financeiras e as estratégias destinadas à renovação urbana. O surgimento dos subúrbios foi a deslocação da população das áreas centrais para aglomerados fora dos limites das cidades, este fenômeno significou nos anos 80 uma baixa de meio milhão na população de Londres. Desde então os centros urbanos entraram em decadência em grandes cidades, tanto britânicas quanto americanas e à medida que os subúrbios cresciam os centros citadinos desenvolveram um ciclo de deterioração.
No texto ainda foram citados como consequência da urbanização problemas sociais graves que afetam as grandes cidades, sendo: abuso de drogas, crimes, desemprego, sem-teto, intolerância racial e étnica, exclusão social, serviços públicos ineficientes e educação fraca.
Para resolver os problemas citados acima, foi sugerido que os governos devem buscar políticas de renovação urbana, assim como, tentar controlar a expansão dos subúrbios e ao mesmo tempo prevenir a erosão das áreas verdes, exemplificando a questão foi mencionado o Reino Unido, onde foram implementados programas de subsídios para a reabilitação de casas, incentivos de impostos para atrair os negócios e reavivar as fortunas dos centros das cidades.
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