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Azul Zima e Ontologia Heideggeriana

Por:   •  10/10/2019  •  Ensaio  •  1.399 Palavras (6 Páginas)  •  246 Visualizações

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Azul Zima – Existencialismo

Ontologia: o estudo do ser.

Heidegger propõe uma análise da existência, ou seja, esclarecer o verdadeiro sentido do ser.

O ser está presente, ilumina e se manifesta no ente, mas não é o ser, porém só existe em relação com ele.  

O homem é o guarda do ser.

 Dasein é o ser do sujeito existente.  

Para entender o Dasein, é necessário estar-no-mundo e entendê-lo. É ser corajoso diante das mudanças e eventos da existência.

Somos lançados ao mundo e somos ligados a ele.

É impossível pensar um ser sem relacionar ele com seu mundo, com a realidade concreta.

Nesse sentido, o ser existe somente quando está interagindo com o mundo e o mundo só existe quando o ser interage com ele, caracterizando uma unidade.

Quando a técnica é absurdamente desenvolvida e chega ao ponto de engolir o próprio ser, podendo causar seu esquecimento.

Técnica e essência são coisas diferentes.

A essência da técnica é o que Heidegger chama de gestill, que significa uma interpretação e a necessidade de compreender de forma técnica, produtora e automatizada.

Como resposta a essa técnica moderna, Heidegger apresenta o conceito de técnica grego-antigo, a techné.

A techné, para Heidegger, é um saber abrangente sobre fazer algo. Não envolve apenas o fazer, mas também os elementos que antecedem o próprio ato, entre eles a causa, o efeito e a relação desse fazer com o mundo, sobre isso Heidegger diz:

É uma palavra proveniente do grego [...] não constitui apenas a palavra do fazer na habilidade artesanal, mas também do fazer na grande arte e das belas artes [...] pertence à produção, [...] é, portanto, algo poético”. (HEIDEGGER, 2001, p. 17)

Dasain, termo em alemão, ser colocado no mundo, com outros seres.    

Da = aí / Sein = ser

Ser: Heidegger busca a verdade do ser.

Ser: O ser não se explica, ele está sempre mudando dentro de cada ente, depende do tempo e da temporalidade.

Aí: Abertura, possibilidades.

Ente: coisa, que é e não tem possibilidade de ser outra coisa. É tudo que existe e não tem possibilidade de ser outra coisa.

O ente pode ser explicado, o ser não.

O que é ser humano? = pode ser explicado e respondido.

Como é ser humano? = impossível de explicação e resposta, uma vez que o ser está em constante mudança e varia de acordo com a subjetividade do indivíduo.

Ser-para-morte: aquele que dá o sentido para sua própria vida, quando percebe a finitude dela.

Vida inautêntica???

O ser tem uma natureza própria, é anterior, antológico e impossível de ser explicado. Somente os entes podem ser explicados e quando se busca explicar o ser, acaba reduzindo-o à um ente.

O ser é essência e tem natureza própria.

O ser está em constante expansão e retração.

Heidegger percebeu que na história da filosofia sempre se pensou no que é o ser humano, mas nada que se remete propriamente ao ser, à ontologia. Heidegger então se debruça sobre outra questão existencial: como é ser humano?  

O Zima, enquanto figura robótica e trabalhada de técnica, pode ser explicado e resumido à um ente, uma vez que ele não possui em si a escala do ser.

Podemos fazer uma nota sobre o Heráclito, uma vez que ele também diz que o homem está em constante mudança e movimento, fluindo e ele não se esgota, tá sempre se expandindo em possibilidades e potência. Usar aquela coisa: não se entra no mesmo rio uma segunda vez, porque assim como as aguas, você não será mais o mesmo.

FALAR DE A ENTIFICACAO DO SER E DA ONTOLOGIZACAO DO ENTE E DO ESQUECIMENTO DO SER.

A existência é uma via de acesso ao ser.

Supressão do ser para viver uma vida inautêntica.

 O ser humano é o Dasein.

O ser humano é lançado, jogado no mundo e para não suprimir o próprio ser precisa, necessariamente, ter consciência de si. É impossível ter consciência de si olhando para o próprio interior, Heidegger propõe outro método: afastar-se de si mesmo e tentar se olhar de fora, caracterizando o ser arrancado de si mesmo.

A liberdade para Heidegger se dá a partir do lançamento do homem no mundo, homem esse que projeta e é um projeto (do latim pro-jectum, “aquilo que se lança”). A base da liberdade é a consciência de si e do mundo, por meio dela somos capazes de escolher e deliberar nossas escolhas.

Existência inautêntica: todo aquele que se deixa dominar pela situação, pelo ser-no-mundo ou pelo cuidado pelas coisas. Numa existência inautêntica o homem se serve das coisas: utilizabilidade ou utilitarismo. O inautêntico é aquele que sabe o que a massa sabe, é aquele que se diverte com o que a massa se diverte, ou seja, é seguir a massa, ser engolido pelo mundo, o que acarreta na supressão do próprio ser do ente.

Existência autêntica: que segue a vida própria, que a constrói e que a projeta. É aquele que aceita a morte, a morte é uma estrutura fundamental do homem, uma condição da humanidade.

É pela angustia que conhecemos da existência da morte e da finitude humana.

Tres existenciais do homem:

1 – Facticidade: O homem no mundo

2 – Mundo da Vida: O homem com os outros, os demais

3 – Temporalidade: a finitude humana, o homem diante da morte e que tem consciência dela.

Linguagem Original: exprime diretamente o ser, que revela e exprime o ser e as coisas.

A diferença da metafísica de Heidegger para as demais reside exatamente na questão do ser. Até então, toda filosofia metafisica tem tentado explicar e entender o ser a partir da objetividade e da presença do próprio ente, o que caracteriza uma física e não uma metafísica, física essa que tem origem na técnica, que torna o homem uma coisa assim como os demais entes. Porém, nem sempre o ente exprime o ser e o ente, enquanto estrutura física e vazia de sentido ontológico.

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