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BARREIRAS AO COMÉRCIO INTERNACIONAL

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Por:   •  11/9/2014  •  1.217 Palavras (5 Páginas)  •  376 Visualizações

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RESENHA CRITICA

EXPLORANDO A CAVERNA DE PLATÃO: AS ORGANIZAÇÕES VISTAS COMO PRISÕES PSÍQUICAS

O autor cita Sócrates e seu discípulo Platão por meio da alegoria do “mito da caverna” para ilustrar como os seres humanos podem se tornar prisioneiros de seus medos e incertezas; como podem preferir viver num ambiente hostil e não se lançar ao desconhecido, que consideram mais assustador do que a realidade dura com a qual estão acostumados.

Se lhes fosse permitido sair e conhecer novos horizontes eles não aceitariam e, até consideraram maluco um dos membros que ousou sair e perceber que muito mais de vida havia fora da caverna do que eles poderiam imaginar. Que aquelas condições eram sub-humanas e eles poderiam viver de forma prazerosa, porém os que estavam na caverna não acreditaram e consideraram absurdo aqueles relatos e hostilizaram aquele que antes era um parceiro.

Já o que “ousou” sair não poderia mais viver entre eles, pois não conseguiria suportar aquela prisão sabendo o que poderia desfrutar lá fora, teria que escolher entre se aventurar e aproveitar o sabor do conhecimento e a liberdade que isso o trouxe ou voltar a viver prisioneiro de seus medos e apenas sonhar com o que poderia ter vivido do lado de fora da caverna. A simbologia dessa escolha nos mostra a filosofia, que é o amor ao saber, a procura inconstante por respostas que nunca são totalmente respondidas.

De escolhas que trazem renúncias e de renúncias que trazem vitórias. A diferença entre o ilusório, as aparências e o que é real, o conhecimento da verdade. Muitos preferem viver na ignorância para não se expor a situações das quais não se acham preparados para enfrentar. Nas organizações não é diferente, muitos indivíduos vivem das aparências, de usar máscaras para se proteger de suas reais atitudes e pensamentos. Deixam de galgar novos postos, novos cargos e novos horizontes por medo, sempre o medo do desconhecido falando mais alto do que a racionalidade do seu ser.

Gareth cita o exemplo da indústria norte-americana que ficou prisioneira do seu próprio sucesso, não percebendo que as necessidades dos consumidores mudam com o passar do tempo e deu espaço aos japoneses, que cresceram exatamente onde as empresas americanas não conseguiram enxergar, por causa da cegueira causada pelo sucesso.

Quando Kennedy autorizou a mal fadada invasão de Cuba, que foi desde o seu princípio um erro, porém ninguém ousou ir a fundo e enxergar as fragilidades daqueles planos porque considerava seus inventores acima de qualquer suspeita, não levaram em consideração que são passíveis de falhas.

Esse sentimento de pensamento de grupo onde todos enxergam da mesma forma e não percebem as nuances dos problemas, cabendo a alguém de fora lhes mostrar o quão equivocados pode estar. É o mesmo sentimento que um escritor tem de sua obra, ele a escreve, mas não percebe os erros de ortografia, gramática e etc., porque seus olhos leem o que está no subconsciente e não o que está impresso, sendo imprescindível delegar a alguém que domine a língua fazer uma revisão completa da obra para não se incorrer em erros grosseiros depois.

Não que um escritor não saiba escrever, mas é passível de erros como qualquer ser humano e sua mente muitas vezes o condiciona a enxergar da forma que pensa e não da forma que escreve. Segundo Freud o inconsciente se revela na medida em que reprimimos nossos desejos interiores e pensamentos secretos ao tentarmos nos adaptar a vida em sociedade e seguir suas ideologias. Tanto Freud como Jung acreditavam que o passado influenciava o presente através do inconsciente, e assim buscaram meios para que os seres humanos se liberassem, através de diferentes métodos de auto compreensão que indicam como nas suas trocas com o mundo exterior estes estão, na verdade, encarando dimensões ocultas deles mesmos.

Gareth cita as neuroses de Taylor com a busca da forma perfeita de realizar qualquer atividade, desde uma simples brincadeira até chegar aos princípios da Administração Científica, da repressão da sexualidade que nos é imposta e a influência maléfica que isso causa. Cita também o historiador francês Michel Foucault que nos fala que o domínio e controle do corpo são fundamentais para controle da vida política e social.

Mostra como Frederico, o grande, transforma um grupo de bandidos em uma armada extremamente disciplinada. Já Becker nos diz que os seres humanos passam a vida toda negando que são mortais, remetendo para o inconsciente aquilo que considera mórbido. Essa ilusão que somos mais poderosos do que realmente somos é que se transforma em mola propulsora para encarar a vida e, em outros momentos, nos

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