Boom e limites da Cacaiucultura
Por: Karen Mendes • 14/4/2016 • Relatório de pesquisa • 1.328 Palavras (6 Páginas) • 308 Visualizações
Adriana kethylin de Lima da silva
CARVALHO, Inaiá Maria de; PEREIRA; Gilberto Corso. Como anda Salvador e sua região Metropolitana. 2º edição. Salvador; EDUFBA, 2008
A economia de salvador e a formação de sua região Metropolitana
Paulo Henrique de Almeida
Boom e limites da Cacaiucultura
A economia de Salvador e do Recôncavo, até o final dos anos de 1940 permaneceu atrelada a três principais insumos: cacau, açúcar e fumo. Isso definia um estreito horizonte para expansão econômica da Bahia, pois além de sofrer com as bruscas variações de demanda e de preços dos bens primários no mercado mundial. Tal particularidade de exportação dos complexos baianos foi o principal motivo para a ultrapassagem de outras culturas sobre as da região da Bahia que não conseguiu se modernizar.
Apesar de cacaiucultura, não surgiu na Bahia um economia capaz de criar condições para um desenvolvimento de um processo de desenvolvimento de um processo de evolução centrado na expansão industrial.
Essa é a primeira explicação para os níveis de desemprego e pobreza em Salvador metropolitana da virada do século XX para o XXI. Pois, faltou na Bahia as redes econômicas e sociais e conseqüente falta de uma agricultura diversificada e dinâmica.
A estagnação de Salvador nos anos 1920-1940
Os poucos centros urbanos existentes no território baiano, até a metade do século XX, tinham como exemplo Salvador, nas atividades de comercio e administração publica, seus principais bases econômicas. O movimento comercial era limitado, ao fluxo de mercadorias entre Salvador e as cidades menores,por via marítima.
A urbanização da cidade de Salvador aconteceu de maneira lenta entre os fins do século XIX e primeiras décadas do século XX. O bairro comercial foi reformado e a elite ocupou novas áreas residenciais e desenvolveram-se os serviços, como a ampliação das linhas dos bondes. Mas esse crescimento não foi comparado com a expansão ferroviária no sul do país.
Com isso, pode-se recolher mais uma explicação para o baixo dinamismo atual da economia soteropolitana, faltou a salvador uma verdadeira base industrial que fosse diversificada e complexa, reunindo empresas de diversos ramos e tamanhos e que operassem com rendimentos crescentes.
A economia de Salvador entre 1950 e 1980- A nova indústria
A economia de Salvador começou a se modificar nos últimos anos da década de 1940 e no final de 1950. Algumas iniciativas foram de suma importância para a abertura do caminho para rápidas transformações, dentre as quais a construção da usina hidroelétrica de Paulo Afonso, a implantação das atividades de extração e refino do Petróleo no recôncavo, a construção da ligação rodoviária Rio - Bahia (BR-116) e a criação do Banco do Nordeste e da Superintendência do desenvolvimento do Nordeste.
Paulo Afonso ampliou a oferta de energia elétrica para o consumo industrial no estado, o que eliminou um dos principais pontos de contenção da economia regional.
A BR-116 começou a ser construída em 1939 e foi concluída sem asfaltamento em 1949,foi a primeira estrada brasileira de longo percurso e a primeira grande via terrestre de integração nacional. Isso permitiu o rápido desenvolvimento do comercio interestadual acelerando o processo de conexão entre a economia baiana e o centro industrial do país.
A entrada do Banco do Nordeste do Brasil,em 1954, e conseguinte criação da SUDENE,em 1959,pode-se expandir a oferta de financiamento publico de baixo custo, capazes de garantir novos investimentos industriais, a modernização das plantas e a implantação de infra-estrutura urbana.
Mas o mais importante evento econômico do período foi a implantação da Petrobrás que se manifestou na exploração do petróleo no recôncavo, na construção do terminal marítimo de Madre de Deus e na implantação da refinaria Landulpho Alves em Mataripe.
Nas duas décadas seguintes á implantação da empresa, a economia soteropolitana e do seu entorno continuou transformando-se aceleradamente com a expansão de uma nova indústria centrada na petroquímica e na metalurgia. O grande salto de qualidade no desenvolvimento industrial baiano deu-se no entanto, com os investimentos nas fabricas do Centro Industrial de Aratu(CIA) e do Complexo petroquímico de Camaçari (COPEC).
A economia de Salvador entre 1950 e 1980- Impacto limitado da nova
agricultura estadual
Concomitante a implantação da nova industria , a urbanização da Bahia ganhou novo ritmo após 1950. A aceleração do crescimento urbano foi um processo concentrado em Salvador e seu entorno que deu simultaneamente ao desenvolvimento dos serviços na capital.
Na segunda metade do século XX a Bahia permaneceu um dos estados menos urbanizados do país. Esse baixo dinamismo desviou parte do fluxo migratório oriundo do campo baiano para outros pólos do país, o que reduziu as taxas de crescimento das cidades de porte intermediário na Bahia.
Os investimentos da Petrobrás e a montagem de Plantas industriais na Bahia e em outros estados do Nordeste permitiram a expansão de empresas baianas de construção civil. O desenvolvimento do transporte aeroviário no país e o asfaltamento da BR-116 colocaram Salvador no mapa do turismo nacional, bem como o ensino superior que foi outro setor vital para a futura economia soteropolitana.
Na virada do século XX para o século XXI, esse amplo conjunto de atividades industriais e ‘’terciárias’’ criou as condições para a rápida expansão e diversificação dos serviços empresariais.
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