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Comunidade Educatica

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Por:   •  3/5/2013  •  1.355 Palavras (6 Páginas)  •  678 Visualizações

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Comunidade educativa e diversidade

As melhores ferramentas para prevenir o insucesso escolar e os melhores indicadores das boas práticas de ensino são o respeito e a valorização da diversidade. Uma escola não pode ser abrangente e inclusiva e, portanto, ser capaz de responder à diferença e à individualidade se toda a comunidade escolar não concorda com esses valores. A diversidade é um princípio fundamental, e não um incidente isolado a ser tratado de forma isolada e residual. A diversidade é um fato da vida. Uma escola sem diversidade seria uma instituição asséptica, artificial, desprovida da identidade que se dá pelo reconhecimento da diferença, a marca registrada de cada uma das pessoas que a compõem. E essas marcas são tão diversas quanto somos pessoas diferentes. Sem diversidade, sem reconhecimento e tratamento subsequente, a escola é órfã de um dos valores fundamentais na educação e formação das pessoas: a tolerância.

O papel da escola consiste na formação dos professores, em conciliar as ações, no acompanhamento e avaliação do processo, assim como na comunicação e aconselhamento para a família e alunos em seu caminho e trajetória escolar. É, portanto, uma tarefa das escolas criar essa cultura de resposta à diferença com a certeza de que é um elemento indispensável e enriquecedor. E isso exige a cumplicidade de todos os membros da comunidade escolar, em que cada um deles assumirá uma parte da tarefa: pais, alunos, educadores e meio ambiente. Cada um deve assumir o seu papel:

• A família, auxiliando a escola e confrontando as diferenças com atitudes que deem segurança: naturalidade, compreensão, sinceridade, honestidade e apreço. Nesse sentido, a comunicação entre a família e a escola é vital.

• O papel da escola, como descrito acima, envolve detectar situações de diferença ou preconceito, formar professores, estabelecer ações, acompanhar, avaliar e comunicar e orientar a família e os estudantes.

• Aos alunos corresponde conviver com essa diferença, integrando-a com a convivência e o respeito mútuo sem dificuldade, construindo, sem se dar conta, um projeto de vida baseado na tolerância, na ajuda mútua e no trabalho em equipe.

• E a sociedade deve finalmente dar à família, aos alunos e à escola os recursos necessários para realizar essa função, fazendo um reconhecimento especial dos contextos educativos onde não há tratamento adequado das singularidades e tornando visível a necessidade de mudar de atitude, quando necessário.

O oposto da integração é a segregação. Uma comunidade educativa que não seja inclusiva se converte irremediavelmente em exclusiva, e esse processo é muitas vezes bastante sutil, passando despercebido. A vigilância, que tem como objetivo detectar a diferença e a diversidade como fenômeno natural e necessário, como mencionado, será o melhor antídoto contra a segregação e uma ferramenta valiosa para a educação e coesão social com os valores democráticos de uma sociedade mais tolerante e justa. Em suma, mais competente.

Atender a diferença na dificuldade e na excelência

Se enfocarmos a diversidade como uma diferença motivadora e necessária, temos uma resposta para a diferença natural. Para isso, é necessário que professores e educadores construam um entorno educativo centrado em estratégias de aula que sejam capazes de dotar a didática de um compromisso implícito e natural, tornando-a uma forma de lidar com a diversidade.

Um dos tópicos que encontramos ao abordar o tratamento da diferença em nossas salas de aula é a rotulagem da diversidade como uma dificuldade inerente a necessidades educativas por carências ou particularidades de cada aluno. Existe outra diversidade que deve ser contemplada, a derivada da excelência individual ou coletiva que se apresenta de maneira natural. É ainda mais difícil de diagnosticar, pois sempre passa despercebida; significa perda de talento e potencial que nosso sistema educacional não deveria permitir. A prática docente na era das tecnologias audiovisuais e de informação e comunicação precisa, mais do que nunca, de profissionais observadores, abertos e pluralistas, capazes de distinguir as necessidades específicas de seu grupo e de procurar respostas efetivas para assegurar a eficácia da função educativa.

O tratamento da diversidade, assim entendido, torna-se um processo natural, inerente à prática docente, em contínua transformação e evolução. Nesse cenário, o trabalho coordenado de toda a comunidade educativa é fundamental. E essa coordenação tão necessária tem uma peça fundamental: o tutor. Assim, a atenção à diversidade está no âmbito da ação tutorial com a mesma naturalidade com que ele lida com técnicas de estudo ou aprendizagens transversais. Esse é um fato nada trivial. Na maioria dos casos, a diferença e a singularidade acabam no gabinete psicopedagógico, onde os profissionais, além de prevenir, diagnosticar, orientar e formar, acabam assumindo o papel de dinamizadores do processo de aula e em muitos casos intervêm diretamente, com desdobramentos e grupos de trabalho que acabam mascarando o autêntico e necessário trabalho inclusivo que professores e tutores devem fazer na sala de aula.

Dessa forma, as escolas podem e devem lidar com a diversidade de seus alunos de acordo com estes itens:

• A consideração da totalidade dos alunos como objetivo da diversidade, dentro do âmbito do projeto educativo da escola;

• Os programas das áreas curriculares como chave fundamental para lidar com a diversidade;

• A necessidade de que os professores trabalhem em equipe;

• A estreita articulação dos recursos específicos de caráter compensatório dirigidos aos alunos com necessidades educativas com o conjunto das atividades de ensino/aprendizagem;

• A composição heterogênea dos grupos como critério de agrupamento facilitador da educação na diversidade;

• A

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