Critica - Emmanuel Levinas
Por: Agtlog Logisticaecargas • 24/4/2017 • Resenha • 670 Palavras (3 Páginas) • 642 Visualizações
CRITICA
Emmanuel Levinas nasceu na Lituânia em 1906 educado na tradução judaica e viveu a experiência da primeira e segunda guerra mundial.
Estudou a bíblia e literatura russa, além de conhecer e estudar com filósofos contemporâneos.
O pensamento de Levinas traduz em um primeiro momento uma concepção do que se compreende uma relação ética de um individuo com o outro. O grande foco é descrever um período no qual há a responsabilidade do sujeito pelo outro.
Levinas viveu em um período conturbado e histórico de uma prisão durante as guerras mundiais e conseqüentemente por ser lituano consegue em 1938, cidadania francesa. Sua motivação é a perseguição e o terror causado pelo nazismo e por todo movimento histórico que passa a Europa na segunda década do século XX.
Levinas parte da idéia de que a ética não é um principio individualista, não é subjetiva (como pensava Kant), não é somente de dimensão de caráter racional (como descreve Aristóteles), mas possui uma dimensão de reconhecimento com o outro.
A grande proposta de Levinas é a contribuição na concepção de que o rosto do outro é o meu próprio reconhecimento. Em uma dimensão de responsabilidade é quando o caráter pessoal encontra na coletividade de sua dimensão, ou seja, o meu reconhecimento é o reconhecimento da dimensão da humanidade que existe em mim e da humanidade que eu reconheço, nos outros.
A obra de Levinas é fruto da grande discussão da primeira metade do século XX: O que é o direito meu sobre o direito dos outros?
A perseguição nazista não era especificamente apenas sobre os judeus, era também sobre minorias étnicas, raciais, culturais e religiosas, sendo o ponto de partida para reconstruir a teoria ética de Levinas.
Levinas tem a proposta de encontrar um ponto de partida sobre a idéia de responsabilidade, uma ética que se constitui sobre a visão de que eu sou responsável pelos outros, o contrario do pensamento nazista, ou seja, destitui o caráter do outro.
Para Levinas é como se fosse biográfico que é a transcendência de mim mesmo no rosto do outro.
A subjetividade há uma dimensão do caráter pessoal. A responsabilidade é uma responsabilidade do EU/TU. Eu me responsabilizo porque eu subjetivamente tenho uma dimensão de responsabilidade.
A alteridade que parte do pressuposto básico de que todo o homem social interage e interdepende do outro. Pressupõe que exista o outro e isso demonstra que o caráter de totalidade infinito é que a dimensão de totalidade minha ocorre manifestação do meu comportamento em relação aos demais.
Levinas aponta que é provável que a humanidade possa viver melhor se há o reconhecimento da relação de alteridade com os outros.
Na historia da filosofia conhecemos modelos éticos:
Equidade de Aristóteles (dimensão política)
Ética cristã de Augustinho (caráter metafísico/religioso)
Ética Kantian (subjetivista do imperativo categórico – haja de tal forma que a sua lei moral se torna pratica universal)
Ética utilitarista (ético é a possibilidade utilitária de você maximizar o prazer e minimizar a dor)
Levinas defende de que há uma consciência que se manifesta no mundo, há uma intencionalidade, portanto a ética da responsabilidade implica em destituir parte das éticas tradicionais que pensam mais de formas individuais e descrevê-la a partir de que a ética agora acontece pela alteridade.
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