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Deixem as Crianças Brincar

Por:   •  29/6/2017  •  Relatório de pesquisa  •  692 Palavras (3 Páginas)  •  154 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO    

CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA  

Deixem as Crianças Brincar.

Recife, Junho de 2017

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Deixem as Crianças Brincar

Artigo apresentado pelo aluno João Lucas da Silva a disciplinas Sociologia das práticas corporais, ministrada pelo professor Dr. Tarcísio Augusto Alves da Silva, como atividade avaliativa.

                                                               

Recife, Junho de 2017

Deixem as Crianças Brincar

João Lucas da Silva[1]

   O homem nasce com a sua originalidade de sentimentos, sensações e formas naturalmente biológicas então a partir do momento em que se desenvolve em sociedade passa a ser cercado por hábitos, costumes sociais e valores passados tradicionalmente. Estes o fazem simular e harmonizar-se mediante regras, como citados por Émile Durkheirm explicados como “fatos sociais” de maneira por pouco coercitiva(DURKHEIRM,1895; p. 01), por isso transforma totalmente num indivíduo apenas reprodutor das técnicas sobre o que está posto. Quando crianças Todas possuem uma aptidão mental sobre a imitação enormemente apuradas tanto quanto em adultos, diante disso reproduzem atos onde outras pessoas dotadas de uma confiança e autoridade foram bem sucedidas em determinados momentos. Este processo é bem definido como “imitação prestigiosa” transcrito por Marcel Mauss (MAUSS, 1973, P. 369), então ciente de que o ser humano é dotado de uma grande capacidade cognitiva, física e cultural onde se encontram numa constante afinidade. As diferenciações em relação aos papéis de gênero surgem muito cedo na vida, mesmo antes de nascer os pais atribuem características ao filho. E quando sabem o sexo do bebê, se for menino, qualquer coisa que esteja ligado ao comportamento feminino, dentro do universo masculino, tende a ser vista como uma afronta. Da mesma forma, se o feto for descoberto com uma vagina, outros padrões, muito diferentes, entrarão em ação. Então acontece a mesma coisa, características masculinas são sumariamente condenadas; constrói-se a fantasia de que “atitudes de homem”, quando reproduzidas por mulheres, acabariam por “masculinizar” o ser feminino.

   A divisão que a sociedade apresenta a respeito do universo masculino e feminino é um assunto que deve ser trabalhado desde muito cedo com as crianças, pois percepções preconceituosas não podem perdurar por próximas gerações e o fato de desconstruir um pensamento preconceituoso não é fácil, mas não podemos ficar parados, percebemos que a criança que tenta ultrapassar esta barreira de “simplesmente” brincar com algo diferente no seu gênero (como “de menino” ou “de menina”) será julgada e questionada, e muitas vezes se tornará motivo de preocupação dos pais, sem motivos urgentes ou escandalosos, pois não caracteriza uma orientação sexual definida ou muito menos um entendimento sobre a sexualidade, são apenas atitudes ingênuas, para as crianças não existe diferença entre brincadeiras e brinquedos (caracterizado apenas como um simples objeto). Portanto estas inversões de papéis só existem na cabeça de adultos um tanto preconceituosos.

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