Desabafo de um brasileiro

Desabafo de um brasileiro

Antigamente a concepçao de homem era bem diferente, notadamente pela questão deontologica. Alias, às vezes, acho que atualmente nem sequer existe esta tal concepção, tamanha indiferenca do homem contemporâneo. As questões morais e éticas são ignoradas e o homem passa ser um instrumento à mercê da matéria(conotação pecuniária).

Hoje fala-se em crise econômica, mas muito pior é uma outra crise que paira sobre nossas cabeças, qual seja, a crise moral. De toda forma, crise econômica sempre permeou o povo brasileiro, seja pela visão terceiromundista, seja pelo empirismo(pelo menos pessoal). Conquanto tudo isto, o mais preocupante é a mudança da tal concepção de homem, no que concerne a axiologia ( valores morais e eticos) atualmente.

Para visualizar tal mudança, basta reportamo-nos à década de 70(bem ali), logo vê-se a geração dos nossos pais, na qual se bradava fortemente “homem tem que ter palavra!” Chegava ser romântico! Era alardeado pelos quatro cantos deste pais. Entretanto, hoje isto ficou obsoleto.

O pai dizia ao filho: “o homem tem que ter palavra, meu filho!” Quem nunca escutou do seu pai ou que o valha falando isto efusivamdente? Todos, eu creio.

Nos dias atuais a assinatura aposta num documento não tem valor, pois a sociedade não olha isto com reprobabilidade e aceita este comportamento como comum e corriqueiro. Oras, isto é o fim das relações humanas, sobretudo sob a ótica da justiça(dar a cada um o que é seu de direito). Nada de mais maléfico pode existir no seio de uma sociedade do que a ausência de capacidade de indignar-se com as fatos lesivos aos seus proprios membros.

Deveras, preocupante!

Por tudo isto conclui-se que a crise moral precede a qualquer outra crise e deve ser tratada de forma anatômica e imediata. Esta crise moral deve ser estancada, estirpada, para que ao menos nossos filhos colham frutos e possam viver num mundo melhor. Mesmo porque se estaria justificando aquele ditado popular de que é melhor prevenir do que remediar.