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Deus em Spinoza

Por:   •  3/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  823 Palavras (4 Páginas)  •  287 Visualizações

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FACULDADE SALESIANA DOM BOSCO

BRUNO LIMA DA SILVA

        

DEUS EM ESPINOZA

MANAUS

2015

Deus para Baruch de Espinoza

Para entendermos o pensamento a cerca de Deus de Espinoza, se faz necessário conhecer um pouco da sua vida e do momento histórico em que viveu. Espinoza nasceu em 24 de novembro de 1632, em Amsterdã na Holanda, em uma família de comerciantes Judeus imigrantes de Portugal. Seu nome hebreu era Baruch, significando abençoado. Espinoza viveu em uma época chamada "Idade de Ouro" na história da Holanda, neste período a Holanda se apresentava como uma das nações mais poderosas e influentes da Europa. Na Holanda de Espinoza a qualidade de vida tinha um padrão marcado pela simplicidade e uma proximidade de nível entre as diversas classes, respeito entre as pessoas que não existiam nos demais países da Europa. Isto é importante para compreender que Espinoza, seguindo sua própria filosofia, viveu simplesmente, o que na rica Holanda daquela época não significava pobreza.

Nessa época, o pensamento filosófico e cientifico europeu foi sacudido pelas idéias de outro importante filósofo, René Descartes, que também viveu e escreveu suas obras na Holanda, vindo a se tornar amigo de Espinoza.

Espinoza se tornou profundo estudioso dos textos bíblicos e fez afirmações junto aos rabinos, como a de que não havia nada na Bíblia afirmando que Deus não possuía um corpo físico, que os anjos realmente existissem como espíritos sem corpo, ou que a alma humana fosse imortal fora do corpo. Porém, depois destas afirmações, ele é acusaram de ateísmo e por recusar-se a nega-las é expulso da sinagoga e sofre duras restrições da comunidade judaica. Depois de vagar pelos arredores de Amsterdam, onde também sofre pressão dos protestantes por suas declarações, Espinoza se refugiou em Haia. Então com vinte e cinco anos de idade, sem família e sem riquezas. Passa a viver de seu trabalho como polidor de lentes e se dedicava inteiramente a filosofia.

O racionalismo de Descartes fornece as bases para à construção do pensamento de Espinosa, que busca no monismo, a explicação para a problemática dualista de Descartes.

A figura de Deus para Espinoza é o único motivo da existência de todas as coisas, sendo, portanto uma substância única e dele surgem todos os outros elementos. Para Espinoza à existência de Deus não necessita de nenhuma causa. Ele simplesmente existe e sua essência pressupõe a sua existência. A substância divina é infinita e não é limitada por nenhuma outra, sendo todas as coisas existentes consequências da manifestação Divina. 

Sendo assim, nada existe fora de Deus, e tudo que existe provém da essência dele, não como uma criação espontânea sem regras, mas seguindo as leis da natureza, que são por si só a representação de sua vontade.

 A filosofia de Espinoza se esforça para esclarecer a identidade existente entre nossa mente e todas as coisas da natureza. Para ele, isso só vai acontecer quando tomarmos conhecimento a cerca de nós mesmos e também da natureza. Este conhecimento só se dá quando compreendermos a essência dos objetos ou da sua causa existente. O verdadeiro conhecimento é aquele que estiver em harmonia e se adaptar à ideia de identidade da essência das coisas. Para Espinoza o ser humano é desprovido de vontade, como tudo provém de Deus, tudo também é determinado por Ele. Nós nos julgamos livres porque temos consciência da nossa vontade e achamos que é ela que nos guia, mas quem determina essa vontade é Deus.

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