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Diagnostico Do Infarto Agudo Do Miocárdio

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Por:   •  17/11/2014  •  1.974 Palavras (8 Páginas)  •  708 Visualizações

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Diagnóstico no Infarto Agudo do Miocárdio

O diagnóstico é feito pela análise dos sintomas, histórico de doenças pessoais e familiares e pelos resultados de exames solicitados para diagnóstico do infarto agudo do miocárdio:

• Eletrocardiograma (ECG): mostra o ritmo e frequência do coração, incluindo as alterações típicas do infarto. Na presença de um infarto, geralmente há alterações no eletrocardiograma que o identifica. Este exame pode mostrar também a presença de arritmias cardíacas causadas pelo próprio infarto.

• Dosagem de enzimas cardíacas: quando as células do músculo cardíaco são lesadas, há liberação de uma grande quantidade de enzimas cardíacas na circulação sanguínea. Por isso faz-se a dosagem dessas enzimas para diagnosticar o infarto. Muitas vezes são feitas várias dosagens no decorrer do dia para melhor avaliação e diagnóstico. As enzimas mais pesquisadas são a, CK-Total, CK-MB,TGO e LDH. Pesquisam-se também os componentes Troponina e Mioglobina

• Angiografia coronariana: consiste na passagem de um cateter através de um vaso sanguíneo (cateterismo), que visa mapear e estudar a circulação coronariana do coração. Caso este procedimento identifique uma obstrução coronariana, pode ser feita uma angioplastia no mesmo momento para desobstruir a coronária e restaurar o fluxo sanguíneo normal para o coração. Algumas vezes, durante a angioplastia, pode ser necessária a colocação de um “stent” (um pequeno tubo em forma de mola) para manter a artéria coronária aberta e desobstruída.

Exames Laboratoriais: Algumas enzimas são liberadas pelas células miocárdicas assim que o suprimento de sangue fica bloqueado. Estas enzimas aparecem na circulação sanguínea e podem ser dosadas e ser verificado o seu aumento após 6 horas do infarto.

Estas enzimas são:

• A CK (creatina cinase) e a CK-MB (creatina cinase do músculo cardíaco).

Outras enzimas aparecem alteradas no dia seguinte. São elas:

• LDH (desidrogenase láctica),

• TGO (transaminase glutâmica oxalacética) ou AST (aspartato transaminase)

Dosagem de CK (creatina cinase) e a CK- MB (creatina cinase do músculo cardíaco)

FUNÇÃO DA CK: quando o músculo se contrai, ocorre consumo de ATP (formando ADP) e a CK catalisa a re-fosforilação do ADP, para formar ATP novamente. A atividade da CK é maior no cérebro, músculos estriados e músculos cardíacos. As subunidades dessa enzima são: a CK-BB ou CK-1 (predomina no cérebro), CK-MB ou CK-2 (predomina no músculo cardíaco) e CK-MM ou CK-3 (predomina nos músculos estriados e também está presente em menor quantidade que a CK-MB no músculo cardíaco).

Dosagem de CK e CK-MB: CK total, CK-MB e Infarto do Miocárdio: após um infarto do miocárdio, a atividade de CK no soro mostra-se invariavelmente elevada. A dosagem de CK total e da CK-MB ou CK-2 no diagnóstico da doença é a mais importante aplicação dessas enzimas na bioquímica clínica.

AMOSTRA: o soro é a amostra preferida, embora o plasma com heparina como anticoagulante possa ser usado.

A atividade de CK no soro é instável, sendo rapidamente perdida no armazenamento. A atividade total pode persistir por até 8 h. na amostra resfriada a 4°C. A enzima também é inativada na presença de luz e por aumento do pH, devido a perda de CO² pela amostra. Portanto as amostras devem ser guardadas no escuro, em tubos bem fechados. Amostras com leve grau de hemólise podem ser toleradas, entretanto amostras muito hemolisadas devem ser rejeitadas, pois as hemácias podem liberar enzimas que interferem no resultado do exame. É importante realizar a coleta de sangue logo no início dos sintomas ou logo que o paciente busque um hospital. No início dos sintomas, os valores da CK total e da CK-MB ainda estarão normais. Dessa maneira, servirão como valores basais para estabelecer o ponto de partida da curva de acompanhamento do IAM. Recomenda-se a realização da dosagem da CK total e da CK-MB em períodos de 6 a 8 horas, durante as primeiras 24 horas após o episódio.

Valores de referência: Os valores de referência de CK e CK-MB variam com a idade, o sexo e a raça. A probabilidade de ter ocorrido infarto do miocárdio será alta quando:

1- CK Total: Homem: atividade da enzima > 195 U/L Mulher: atividade da enzima > 170 U/L

2- CK-MB: A atividade da CK-MB pode ser relatada na forma de porcentagem da atividade total da CK. No IAM a CK-MB se encontra entre 6% e 25% acima da atividade da CK Total, podendo aumentar até 30%.

Dosagem de CK-MB: A evolução clássica esperada da CK-MB durante a curva de dosagens seriadas é fundamental para o diagnóstico de infarto do miocárdio. O aumento inicial ocorre entre 3 a 8 horas após o início dos sintomas, atingindo seu pico entre 12 a 24 horas e declinando até a normalidade em 48 a 72 horas, entretanto, o diagnóstico de IAM deve se pautar em um conjunto de achados clínicos, alterações no eletrocardiograma e dos marcadores bioquímicos cardíacos como CK total, CK-MB, troponina, mioglobina, entre outros. Os valores encontrados na dosagem da CK-MB se correlacionam com o tamanho da área infartada. Entretanto, apesar de bastante sensível, a dosagem é incapaz de detectar pequenas áreas de necrose. Essa é a importância da realização de curvas evolutivas de mais de um marcador bioquímico para auxiliar o diagnóstico e o acompanhamento de possíveis complicações como o reinfarto. A utilização de testes imunológicos com anticorpo anti-CKMB, que dosam a concentração protéica da CK-MB (ng/ml), melhorou sua sensibilidade clínica, sua especificidade analítica e sua rapidez na realização do exame, superando, sem dúvida, qualquer outra técnica de dosagem da CK-MB. A CK-MB eleva-se entre 3 e 6h após o início dos sintomas, com pico entre 16 e 24h, normalizando-se entre 48 e 72h. Apresenta sensibilidade diagnóstica de 50% 3h após o início dos sintomas e de 80% 6h após.

Valores de referência: No diagnóstico do IAM, a dosagem de CK Total é sempre complementar a dosagem de CK-MB. A CK total não é um marcador bioquímico específico do músculo cardíaco e pode ter seus valores elevados no plasma por exercício intenso e traumas musculares (acidentes de trânsito, cirurgia, queimaduras). Já a CK-MB é um marcador muito mais específico do músculo cardíaco, embora possa ter seus valores elevados no plasma por outras doenças cardíacas (angina, insuficiência cardíaca, entre outros).

Dosagem de LDH (lactato desidrogenase): A enzima LDH

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