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Dificuldades de retenção

Por:   •  25/10/2016  •  Monografia  •  3.762 Palavras (16 Páginas)  •  254 Visualizações

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DIFICULDADES DE RETENÇÃO DE TALENTOS EM PEQUENAS ORGANIZAÇÕES[pic 1]

Andressa Lima Ribeiro[1]*

Mauricio da Silva Alves [2]*[3]*

RESUMO

O presente artigo tem por objetivo identificar as dificuldades mais recorrentes em empresas de pequeno porte que atuam no mercado varejista. Para tanto, tornou - se como estudo as empresas a Real Parafuso Ltda e a Trimaq Copiadoras Ltda. Para operacionalização da pesquisa os dados qualitativos foram coletados a partir de entrevistas em profundidade aos gestores das 02 empresas.

Identificamos que nessas empresas o que tem dado certo na retenção de talentos é investir no desenvolvimento das pessoas, oferecer um ambiente de trabalho agradável para convivência.

Palavras-chave: Retenção de Talentos; Mercado; Crescimento.

1 INTRODUÇÃO

A dificuldade de retenção de talentos em pequenas empresas é uma grande preocupação e traz consequências negativas, como baixa performace e impactos financeiros.

Diante do mercado cada vez mais exigente a busca da retenção de talentos se tornou prioridade, temos como grande desafio reconhecer a importância de ter bons talentos e desenvolver capital intelectual dos seus colaboradores para mantermos uma gestão competitiva.

O tema em questão se desenvolveu a partir das seguintes indagações: Quais as principais dificuldades e necessidades que as pequenas organizações possuem para reter talentos. Porque pequenas empresas devem se preocupar com esse tema?

A resposta é simples, nos tempos atuais, observa-se claramente que o mercado está cada vez mais competitivo e entre ele estão os colaboradores que tendem a se esforçar e se atualizar procurando sempre desenvolver novas técnicas e elaborar projetos, contribuindo de certa forma para o crescimento da empresa. Esses são os talentos: pessoas que de certa forma ajudarão suas organizações a permanecerem competitivas. É importante citar que retenção “não significa” continuar a investir nos funcionários, que, por qualquer razão não estão contribuindo com a organização.

O maior desafio hoje não é produzir melhor, mais sim criar novos produtos, processos e ferramentas de trabalho. No século passado a palavra que classificava os funcionários era mão-de-obra, porém esse conceito arcaico foi se desfazendo, dando lugar para o trabalhador do conhecimento. Uma das principais dificuldades das pequenas empresas é concorrer com as grandes organizações, pelo fato de serem mais atrativas, melhor remuneração e maior chance de construir carreira. Pequenas empresas não conseguem oferecer o mesmo benefício, mas de certa forma pode suprir alguns desejos do colaborador que não teriam em outra organização, como: flexibilidade de horário, obter mais confiança, reconhecimento de trabalho, reuniões abertas para que todos possam expor novas ideias e elaborar metas tangíveis, nas quais seu esforço seja reconhecido. Ideias inovadoras é a chave de acesso para que a empresa possa se destacar no mercado, e com isso, a mesma deve estimular seus colaboradores.

A retenção de talentos recebe mais atenção para ambientes de negócios onde a rapidez e a competitividade exigem resultados eficazes, por isso as empresas devem ter um cuidado especial com os funcionários. Em tempos de crise econômica a retenção de talentos é uma aliada na redução de custos. Afinal, reter talentos significa manter aqueles que têm um melhor resultado. A perda desses talentos é muito custosa para a organização, pois leva consigo a sua experiência e conhecimento.

Para uma melhor fundamentação deste trabalho, foram utilizadas considerações principalmente, dos autores renomados como Chiavenato (2003; 2006), Almeida (2004) e Davenport (2004), que abordam o tema em questão.

2 TALENTOS EM PEQUENAS ORGANIZAÇÕES

As organizações, atuam e transitam por diversos universos valorizando o homem e a sua aquisição na área de conhecimento. Em outros momentos na história das organizações o trabalhador repetia de forma rotineira os procedimentos profissionais sendo assim considerado treinado e de grande importância para a empresa, pois o mundo do trabalho era reduzido à operacionalização sem reflexão de um saber associado somente à repetição de informações básicas e necessárias à execução de uma atividade.

Sabe-se que as organizações de qualquer natureza dependem das pessoas para fazê-las fluir de forma a alcançar seus objetivos e continuar no mercado de trabalho de forma competitiva.

O avanço da globalização e o mercado em grande rotatividade estão obrigando as empresas a investir em ativos intangíveis que representa um elemento sem substância física, mas com valor econômico, como conhecimento, talento, capacidade, habilidade e experiência dos empregados que possuem fundamental importância no ambiente empresarial.

Portanto, um dos maiores desafios dos gestores, sem dúvida é otimizar a gestão do capital humano e a busca de novos talentos, podendo ser considerados a maneira mais propicia para se manter no mercado.

Para enfrentar a difícil situação em que se encontram muitas organizações, precisam ser analisadas, avaliadas de forma a se manterem no mercado, porque o tempo presente não pode usar estratégias do passado.

Hoje existe um olhar diferente, pois:

A antiga Administração de Recursos Humanos cedeu lugar a uma nova abordagem: a Gestão de pessoas. As pessoas deixaram de ser simples recursos (humanos) organizacionais para serem abordadas como seres dotados de inteligência, conhecimento, habilidades, personalidades, aspirações, percepções, e coisa assim [...]. As mudanças passaram a ser rápidas, velozes, sem continuidade com o passado, trazendo um contexto ambiental de turbulência e de imprevisibilidade (CHIAVENATO,2003, p. 25, grifo do autor).

Conforme o exposto, alguns pontos devem ser destacados, como:

  1. Valorizar o ser humano respeitando o seu potencial;
  2. Estar atento as suas habilidades, capacidade, destreza, conhecimentos para a execução de tarefas a fim de alcançar objetivos organizacionais compatíveis com a produtividade;
  3. Avaliar as características de personalidade: aspirações, valores, crenças, atitudes;
  4. Motivações e objetivos individuais.

Na contemporaneidade, a valorização das organizações no mercado enfatiza o capital intelectual, ficando em segundo plano os ativos imobilizados antes considerados como única fonte de valor. O foco da gestão é priorizar o aumento de vantagens competitivas incentivando a implantar ideias inovadoras e criativas que advém do conhecimento e da riqueza intelectual das pessoas, tanto nas equipes, quanto individual.

Vale, então ressaltar que os grupos e equipes estão dentro de uma estrutura organizacional e fazem parte de uma organização. Dias (2005, p.141) entende organização como:

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