Dilemas Morais
Por: Aline Sartori • 8/11/2015 • Trabalho acadêmico • 656 Palavras (3 Páginas) • 455 Visualizações
Trabalho sobre Dilemas Morais desenvolvido durante as aula 4 e 5. Tema e problema:
O presente trabalho tem como objetivo o posicionamento quanto a um dilema moral, optando por seguir o pensamento da Ética do dever ou Ética utilitarista, propostos pelo professor Everaldo Cescon, para fim avaliativo parcial da disciplina de Ética. Suponha uma situação em que um homem está passando uma necessidade financeira que o leva a pedir dinheiro emprestado a um conhecido. Mesmo sabendo que não haveria condições de devolver o dinheiro ao conhecido, se ele não prometer a devolução (falsa promessa), provavelmente o dinheiro não lhe seria emprestado. O que esse homem deve fazer? Uma falsa promessa e pegar o dinheiro, ou então tentar encontrar outro meio de consegui-lo? É justificável mentir em alguns casos? Ou ela é jamais considerada uma atitude ética, mesmo nessas situações? Esta situação se configura como um dilema moral, pois há um conflito entre a necessidade do sujeito e o que seria moralmente aceito. Segundo os princípios da ética Kantiana e Utilitarista podemos avaliar diversas situações classificando-as como éticas ou não éticas. A ética do dever proposta por Kant trata-se se uma escolha voluntaria racional, por finalidade e não causalidade. Superam-se os interesses e impõe- se o ser moral, o dever. O dever é o princípio supremo de toda a moralidade. Dessa forma, uma ação é certa quando realizada por um sentimento de dever. A razão é a condição a priori da vontade, por isso independe da experiência. A ética utilitarista, proposta por Mill, é a doutrina ética que visa promover a maior felicidade para as pessoas envolvidas na ação. As ações são julgadas certas ou erradas em virtude da sua consequência, como o da consideração da dignidade da pessoa e o respeito pela liberdade de decisão.
Teoria e os argumentos da posição assumida:
Tendo em vista que a ética do Utilitarismo consiste em buscar um equilíbrio, um meio termo entre o bem comum e o bem pessoal, parece-me muito apropriado esse agir que pensa em um bem de todos e não priva cada ser individual de seus objetivos e vontades do que um agir generalizado que coloca as ações de cada ser a extremos, ao tudo ou nada, ao “para todos” ou “para nenhum”, que seria o imperativo categórico, a universalização das ideias.
É muito mais interessante o pensar das consequências de nossas escolhas e no nosso modo de agir, visando provocar nenhum ou o mínimo dano aos seres ao nosso redor, baseado em um contexto.
Já a ética do dever implica limitações quanto à preocupação com as consequências dos nossos atos. É ainda, uma ética de certa forma (ou em todo) inflexível, pois o universal se aplica a todos os casos. Ou algo é para tudo e todos ou não é em hipótese nenhuma para nenhum caso. Não há meio termo nem exceções. Dessa maneira, seria possível universalizar uma ideia que pode ser útil e agradável para um determinado grupo e que ao mesmo tempo seria desfavorável ou até mesmo desagradável para outro grupo específico, dependendo da situação.
Teoria e os argumentos contrários à posição defendida:
Quando se pensa em um meio termo, onde se define um modo de agir que respeite tanto os nossos próprios desejos e nosso bem estar quanto ao bem comum de modo a não atingir ninguém por conta de nossas escolhas, de não provocar dor ou insatisfação, é muito complexo chegar a um ponto estável. Nem todos teriam a sabedoria e o controle o suficiente para manter esse equilíbrio. Muitos estariam sujeitos a se tornarem individualistas e acreditarem (erroneamente) estar sendo flexíveis com o próximo, enquanto outros estão sujeitos a se submeterem a vontade alheia, ao bem geral e acabarem se esquecendo do bem individual, da própria satisfação. Nesse ponto é que o pensamento em que “A regra vale para todos” serviria como ponto de equilíbrio, pois ninguém teria/seria demais nem de menos.
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