Dos Fatos ás Teorias
Por: AnaLuisa_16 • 29/11/2021 • Resenha • 2.296 Palavras (10 Páginas) • 115 Visualizações
Capítulo 2- Dos Fatos ás Teorias
- Indução e dedução
Em ciência, as duas fontes de conhecimento são experiência e a razão. Onde a razão constitutiva forma conceitos e constitui categorias, sendo conceitos chaves desta forma ordenando os dados da experiência. Sobre os dados assim ordenados, a razão operativa combina conceitos, julgando e inferindo.
Toda a lógica clássica se contém sob dois princípios; o princípio da identidade todo objeto é idêntico a si mesmo. O que, ainda que simples ajuda na confirmação de várias proposições. Assim pode-se dizer que: Uma coisa é o que é não se confunde com nenhuma outra.
Esse segundo princípio significa o princípio de não contradição , que alguns denominam simplesmente principio de contradição , afirma que não é o caso de um enunciado e de sua negação.
Há dois tipos de argumentos lógicos; indutivo, significa que com a indução obtemos uma conclusão que diz mais do que as preposições iniciais, a indução é ampliativa.
Dedutivo; a dedução não é ampliativa, sua conclusão, pelo contrário, é compulsória e, como tal, esta contida inteira nas premissas se essas estiverem certas, a conclusão estará igualmente certa.
A dedução e a indução nos conduzem a uma certa probabilidade de veracidade mas que nenhuma delas nos propicia a certeza absoluta, na indução, há sempre uma certa probabilidade de que a generalização esteja incorreta e na, dedução, de que pelo menos uma das premissas esteja errada. A veracidade de ambos os argumentos é probabilística, nunca sendo capaz, no entanto, de atingir a certeza. Com critério probabilístico, ambos os tips de argumento são obviamente lógicos.
A dedução de fato ela não amplia a extensão dos nosso conhecimentos, mas amplia a nossa compreensão deles. Quando as premissas não justificam a conclusão, o argumento é invalido mesmo que as premissas e as conclusões estejam corretas.
O silogismo é uma forma de raciocínio dedutiva. Na sua forma padronizada é constituído por três proposições: as duas primeiras denominam-se premissas e a terceira conclusão. Um silogismo pode ser aparentemente correto e, apesar disto, conduzir a uma conclusão falsa, sua correção é apenas aparente. Existem alguns tipos de silogismos como:
- Silogismo categórico: são constituídos de proposições categóricas.
- Silogismo hipotético: quando a maior é condicional ou disjuntiva, esse é um silogismo do “modus ponens”.
O modus tollens é usado por Popper para o falseamento de teorias, trata-se, como Popper chama a atenção, do único caso em que uma menor singular fundamenta uma conclusão universal. Argumento obnóxio é o indutivamente fraco, estando provavelmente errado, impõe-se a elaboração de outro.
Aristóteles chamou de indução imediata, tratando de um descomunal salto indutivo capaz de ser gerado pela intuição, o papel desse conhecimento imediato, destituído de evidências poderosas a seu favor, tem sido muito enfatizado em ciência, diferindo do que Einstein chamava de livre criação da mente. Há conhecimentos que não emergem de raciocínios alicerçados em fatos, mas que derivam de intuições, isto é, de visões diretas e imediatas.
A indução passa várias vezes de casos particulares para uma generalização, a dedução ao contrário, procede de uma generalização para os casos particulares para uma generalização de outra ordem. Aceita-se que existe, embutida em cada indução uma dedução que não se deixa ver claramente, nunca haveria uma indução pura, integralmente destituída de dedução. Os indutivistas integrais, no entanto, não aceitam essa ligação indissolúvel da indução com a dedução.
Quando se diz que a indução está sujeita a erros por estender a expectativa além do que parecem permitir os dados básicos, enquanto a dedução, por não ser ampliativa, estaria livre de erros, esquece-se que a dedução pode estar baseada numa indução.
- Procedimentos indutivos de Stuart-Mill
John Stuart-Mil foi um grande filosofo da indução, defini-la como propriedade e indicar as condições que a tornam legitima significavam para ele a principal questão da “ciência da lógica”.
Stuart-Mil elaborou uma lista referente a cinco tipos de procedimentos indutivos para a “pesquisa experimental”.
- Método da concordância; se dois ou mais casos do fenômeno objeto da investigação tem apenas uma circunstância em comum, essa circunstância única em que todos os casos concordam é a causa (ou efeito) do fenômeno.
- Método da diferença; se um caso em que o fenômeno sob investigação, ocorre e em caso em que não ocorre tem todas as circunstâncias em comum menos uma ocorrendo esta somente no primeiro, a circunstância única em que os dois casos diferem é o efeito, ou a causa, ou uma parte indispensável da causa, do fenômeno.
- Método conjunto da concordância e da diferença; se dois ou mais casos em que ocorre o fenômeno tem apenas uma circunstância em comum, enquanto dois ou mais casos em que ele não ocorre não tem nada em comum além da ausência dessa circustância, essa única circunstância pela qual os dois grupos de casos diferentes é o efeito, ou a causa, ou a causa, ou uma parte necessária da causa do fenômeno.
- Método dos resíduos; subtraindo de um fenômeno a parte que sabemos, por induções anteriores, ser o efeito de alguns antecedentes, o efeito dos antecedentes restantes é o resíduo do fenômeno.
- Método das variações concomitantes; um fenômeno que varia de certa maneira todas as vezes que um outro fenômeno varia da mesma maneira, é ou uma causa, ou um efeito desse fenômeno, ou a ele está ligado por algum fato de causação.
Para Stuart-Mill, toda indução se transforma numa dedução quando se introduz a premissa maior que está faltando. Toda indução é, portanto, uma dedução cuja premissa maior não se acha expressa.
Stuart-Mill chama a atenção para o fato de que a experiência deve ser o critério capaz de determinar o grau de validade do argumento. Algumas uniformidades podem ter caráter absoluto, enquanto outras falham de vez em quanto ou menos muitas vezes.
Uma indução usada com sabedoria é uma indução cientifica baseada na lógica, uma indução capenga é uma tolice. Para evitar as induções errôneas e realizar apenas as induções legitimas, a lógica indutiva deve fornecer regras e modelos para os argumentos indutivos, que só são concludentes quando a elas se conformam.
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