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Estética Para a Educação Musical

Por:   •  11/4/2017  •  Dissertação  •  2.698 Palavras (11 Páginas)  •  1.025 Visualizações

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Estética Para a Educação Musical

(do grego) sensibilidade ...Área da filosofia que estuda os parâmetros de beleza e o efeito da arte na vida dos seres humanos...

 Baseado na concepção estética do filósofo italiano Luigi Pareyson (1918-1991), abordaremos neste material conceitos que proporcionarão reflexões significativas para o posicionamento crítico e reflexivo de um futuro educador, cujo trabalho deverá levar em consideração aspectos envolvendo a produção artística de seus próprios alunos.

O que é Estética?

Um oblema que  ocorre pelo fato de que o ideal estético sempre esteve ligado à ideia do belo, temática presente nessas duas áreas, remetendo-nos a padrões de beleza e perfeição.

Ao longo dos séculos, os ideais que fundamentaram a disciplina de Estética apresentaram formas diferenciadas de compreender o belo e os fenômenos que circundam a Arte como um todo.

De acordo com os estudos e registros históricos da Estética, podemos afirmar que a data do seu batismo na condição de disciplina filosófica ocorreu em 1635, quando o conceito foi apresentado de forma substancial na obra do filósofo alemão Alexander Gottlieb Baumgarten (1714-1762).

consideração nos trazem Matuck, Bertol e Mielzynska..Atualmente, a Estética está consolidada como disciplina. Atua, porém, no sentido não de ‘ditar regras’ do que seria e do que não seria belo ou artístico, mas refletindo sobre as causas e significados culturais, sociais e políticos da arte. Ou seja, mais do que nunca podemos refutar o ditado que diz que ‘gosto não se discute’.

Considerações essenciais do ponto de vista da história da Estética.

o conceito de Estética firmou-se como uma teoria que legislava sobre o caráter do belo na Arte, Ainda neste momento histórico, houve entre os alemães uma tentativa de separar a Estética compreendida como teoria do belo para difundir uma teoria geral da Arte.

No final do século 18, sob a influência dessas atribuições, o termo foi se ampliando e a Estética passou também a legislar na condição de Filosofia da Arte. O filósofo Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831) foi responsável por ampliar esse caminho. É no romantismo alemão que o conceito de Estética ganhará forças, ao conceber a Arte como objeto de reflexão.

A partir da ótica hegeliana, o romantismo conceberá uma via de mão dupla entre filósofos e artistas que discorrerão sobre Arte e Filosofia partindo de seus respectivos campos.

No século 20, a Estética passa a residir, sobretudo, na possibilidade de se consubstanciar como Filosofia da Arte.

Martin Heidegger (1889-1976), filósofo alemão  segundo  ele  a arte possui uma dimensão ontológica Heidegger não conceberá a Estética como doutrina que estuda os fenômenos filosóficos da Arte ou sobre a Arte, pois "a arte e a fenomenologia perseguem a mesma tarefa", afirmando que a obra revela o ser, ou seja, "ela é alétheia, revelação, comparência, terlugar do que tem lugar"Este paradigma heideggeriano exerce grande influência nos estudos da Estética até os dias de hoje.

A estética, tradicionalmente em voga entre os estetas italianos no início do século 20, consistia em uma abordagem estruturada aprioristicamente em parâmetros sensitivos e expressivos do belo na Arte. Será no final do século 20, nesse mesmo cenário, que Luigi Pareyson irá inaugurar uma nova abordagem estética: a Arte como forma... Luigi Pareyson afirma que “era mais que tempo, na arte, de pôr ênfase no fazer mais que simplesmente contemplar”.

 Peryson não deixa de considerá-la também em sua condição expressiva, e, para tanto, discorre sobre três definições substanciais da prod artistica: a Arte como um fazer, um conhecer e um exprimir.

Por que Estética para a Educação Musical?

Nas palavras de Alfredo Bosi considera esses três momentos "como decisivos do processo artístico", podendo ocorrer de forma simultânea

A conscientização desses três aspectos intimamente ligados ao processo artístico consiste na principal porta de entrada para uma reflexão estética no campo da Educação Musical. Como educadores musicais, é importante que saibamos transitar por esses atributos, de modo que nossa conduta como mediadores do processo artístico em diferentes situações do ensino não incorra em uma abordagem unívoca, afinal, ora lidamos com atividades onde o fazer é sobressalente, ora o conhecer, ora o exprimir, porém, sem desqualificar uma ou outra

O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida e precisa das definições conceituais, possibilitando um bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conhecimento dos temas tratados.

1) Alétheia: relativo ao que está oculto, mas que pode ser revelado. Do grego alethes (não escondido) e lathein (estar escondido).

2) Cavalete: consiste em uma peça ornamentada, cuja função é sustentar o peso das cordas e transmitir suas vibrações para o interior do instrumento.

3) Desvelar: descobrir; desvendar o oculto.

4) Detaché: técnica de arco em que são realizados movimentos com ele para cima e para baixo.

5) En passant: de passagem, sem se apegar ao assunto.

6) Especulação: reflexão ou pensamento que não busca fechar ou esgotar um assunto, encerrando-o em uma conclusão absoluta.

7) Execução: ato de realizar algo; um fazer determinado.

8) Fenomenologia: que diz respeito aos fenômenos e à sua observação; tipo de pensamento filosófico que se tornou uma corrente com vários filósofos que passam a refletir sobre como a percepção do mundo se dá.

9) Historicidade: diz respeito à história; característica do que é histórico.

 10) Inventivo: qualidade de quem inventa, criativo.

11) Modus operandi: traduz-se como "modo de operação"; maneira de operar; jeito de fazer.

12) Normativo: referente à norma; que prescreve ou estabelece normas.

 13) Oittocento: o mesmo que século 18.

14) Período clássico: qualquer período da história depois da Idade Média (cerca do século 14), em que se buscam os valores "clássicos", ou seja, que se referem à tradição clássica grega, também conhecida como helênica. Em música, costuma designar a época compreendida entre 1750 e 1827, quando atuaram Haydn, Mozart e Beethoven. 

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