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Etica Na Conduta Humana

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Por:   •  7/11/2014  •  2.844 Palavras (12 Páginas)  •  590 Visualizações

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A ÉTICA NA CONDUTA HUMANA

Olívio Zanetti Junior [1]

RESUMO

Neste presente artigo proponho a tratar em breve síntese a polemica da ética, seu significado grego e latim, na qual converge com a moral. Procurando diferenciar a ética da moral, fazendo referências a pensamentos de grandes estudiosos e traçando a ética ao mundo jurídico, atribuindo os valores e costumes de uma sociedade. Deixando evidente o nascimento da ética na vida de cada indivíduo.

Palavra Chave: Ética, Moral, Conduta humana e Normas.

INTRODUÇÃO

Conheceremos em rápida passagem a evolução da ética, seus princípios, valores. Os pensamentos nas quais foram atribuídos para a ética, em diferentes épocas, desde o período pré-socrático até a modernidade. Buscaremos um conceito de ética, na qual há muitas divergências, que ainda mesmo deixam lacunas. Cabe imprescindivelmente a distinção da ética e da moral, tendo base a mesma tradução, porém a primeira ciência e outra a normatização em face da coletividade. Empregar as normas éticas nem sempre é uma tarefa fácil, saber quando e onde aplicar, como em um ordenamento jurídico, haverá sempre a ética na norma? E sua aplicação? É o que veremos, diga que de passagem, porém procurando dirimir as dúvidas, e não ocorrer trocas de conceitos. Portanto ética é uma ciência, que é uma moral compostas de princípios: costume, modo de agir, entre outros que veremos.

História

No período pré-socrático a ética obteve um grande valor, com o surgimento da polis, a praça era ponto de discussão política, onde predominava a razão, a palavra. Para Sócrates a ética representa a humildade, reconhecer que somos menores que os outros.

Platão também buscava a felicidade, conceituava a moral como a arte de preparar o indivíduo para uma felicidade que não está na vida terrena. Para isso era necessário purificar e desvincular-se do mundo material.

A ética para Aristóteles era finalista, no sentido de visar a um fim, no caso que ser humano pudesse alcançar a felicidade. Entendia a moral como um conjunto de qualidades que definia a forma de viver e de conviver das pessoas, uma espécie de segunda natureza que guiaria o ser humano para a felicidade, considerada a aspiração da vida humana.

Na Idade Média ocorreram grandes mudanças, o cristianismo tornou-se a religião predominante e oficial que influenciou grandemente na prática moral. A ética cristã estabelecia relação entre Deus e o homem. A ética cristã tinha o poder regulador sobre as pessoas, tendo em vista um mundo futuro, baseado nas regras de Deus.

Na Idade Moderna a burguesia se expandiu fazendo com que a igreja católica perdesse a hegemonia. Nessa época o homem era considerado o centro de tudo, tratando de um período antropocêntrico, o homem detinha o poder do conhecimento.

Kant valorizava a vontade do indivíduo: “a vontade é independente de condições empíricas, por conseguinte, como vontade pura determinada pela simples forma da lei, e este princípio de determinação é visto como condição suprema de todas as máximas [2].

Na Idade Contemporânea ocorreu o grande progresso cientifico e valoração do ser humano concreto. A ética versava valores absolutos. O fator econômico interfere na superestrutura ideológica e, consequentemente, nos valores morais. “Assim, a moral deixa de ser, como queriam os idealistas, um conjunto de valores externos e imutáveis aos quais os seres humanos deviam submeter-se, e transformando-se em um conjunto de normas construídas por eles a partir do próprio processo de desenvolvimento das sociedades, tornando-se temporais e espaciais.” [3]

Para Friedrich Nietzche “o bom homem é o que não injuria ninguém, nem ofende, nem ataca, nem usa de represálias, senão que deixa a Deus o cuidado da vingança e vive oculto como nós e evita tentação e espera pouco da vida, como nós os pacientes, os humildes e os justos.” (Elisete Passos, 2004, p. 44).

Charles Sanders Peirce afirmava que a verdade é o útil, ou seja, o que melhor ajudar os seres humanos a viverem e conviverem. No que diz respeito a moral, algo é bom quando conduz a obtenção de um fim exitoso. Não existe, portanto, valores absolutos. O que é bom ou mau é relativo, variando de caso a caso. Depende da sua utilidade para a atividade prática.

Portanto, a ética baseia-se na liberdade como fim, em que os seres humanos que atribuem valores ao mundo, pois o valor não nasce consigo, ele é adquirido. O valor do ato moral não se dá pela submissão a princípios estabelecidos e sim pelo uso que o sujeito fizer de sua liberdade, não nenhum outro parâmetro, a liberdade é que impera, impõe e decide.

Em busca de um conceito

A palavra “ética” provem do grego “ethos” tendo como significado modo de ser, caráter. Na tradução do latim “ethos” quer dizer “mos” que significa costume, palavra esta que surgiu a moral. Independente da tradução que atribuímos para “ethos”, nada mudará, pois sempre trará consigo a indicação de um comportamento humano, algo que o ser humano adquire por habitualidade, ou seja, não nasce com isso, somente adquire com seu desenvolvimento em conjunto com a sociedade.

A denominação ética apresenta em seu corpo uma valoração, valores subjetivos e intersubjetivos, em que pese cada indivíduo contém um valor, um costume, ou até mesmo um hábito, em base que a ética é uma ciência humana, há uma perspectiva ampla, em “lato sensu” ao que diz respeito a seu conceito, não sendo portanto uma tarefa fácil, além do que primeiro desenvolvemos a teoria e em segundo plano a prática.

A “priori” encaramos a ética como algo de bom, justo, correto, virtude, boa conduta enfim adjetivos de bons tratos, porém não podemos definir ética com uma visão superficial, temos que ir além, no profundo de cada bloco social, pois aí é habita um costume, ou seja, há uma diferenciação de sociedade para outra,

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