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Etnocentrismo

Por:   •  22/7/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.088 Palavras (5 Páginas)  •  510 Visualizações

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O QUE É ETNOCENTRISMO

Everardo Rocha

Este texto tem como objetivo informar ao leitor de forma direta e concisa sobre os principais autores citados no livro “O que é Etnocentrismo” de Everardo Rocha, sendo eles Franz Boas, Radcliffe Brown, Durkheim, Malinowski e Lévi-Strauss. Pretende-se analisar suas teorias, conceitos, características, importância e contribuição não somente para a antropologia, mas para a tentativa de compreensão do homem em sua complexidade.

 O livro aborda o surgimento e as características do etnocentrismo e suas transformações ao longo do tempo. O autor escreve e descreve sobre o “eu” e o “outro”, sobre o choque e o espanto que se deu quando as pessoas perceberam que nem todos viviam da mesma maneira; seus hábitos, costumes, linguagem, religião, eram todos diferentes.

Descreve-se então o inicio do etnocentrismo, como algumas sociedades julgavam-se superiores as demais; a sociedade do “eu” era civilizada, culta, sinônimo de progresso. A sociedade do “outro” era selvagem, primitiva, qualquer coisa menos humana.

O livro segue dando exemplos sobre o etnocentrismo até que chega em Franz Boas e como a sociedade começou a passar por uma mudança de mentalidade.

Foi Franz Boas quem pela primeira vez defendeu a tese de que as diferenças culturais entre os povos não resultam de fatores relacionados com inferioridades biológicas, mas sim de fatores de desenvolvimento histórico de diversa ordem.

Franz Boas defende que cada cultura é única e deve ser estudada e compreendida como tal. Cada grupo social produzia, a partir de suas condições históricas, climáticas, linguísticas, etc., uma determinada cultura que se caracterizava então por ser única e específica.

Para Boas não há mais o modelo de uma sociedade ideal, mas vários modelos de sociedades que devem ser estudados, analisados e compreendidos tornando o estudo das sociedades mais difícil, complexo. Elas passam a apresentar aspectos, nuanças, características até então insuspeitáveis.

O interesse do seu pensamento se manifesta mais em levantar hipóteses novas do que em torná-las sistematicamente formuladas. Era um homem de deixar pistas férteis, instigantes. E foi justamente esse pensamento que possibilitou o “outro” a poder contar sua história que, não iria desembocar, necessariamente, na “avançada” sociedade do “eu”.

Com seus conceitos Franz Boas influenciou uma série de pessoas, além de outros antropólogos, que tomaram suas ideias para continuarem e iniciarem novos estudos tendo a sociedade do “outro” como modelo complexo e único.

Após Franz Boas o autor apresenta a seus leitores Radcliffe Brown. Ele estudou o funcionalismo estrutural. Ele focou seu estudo nos elementos e padrões relacionados aos complexos culturais, sociais, políticos e sistemas de parentesco.

Ele não estudou a cultura como um todo por considerar ser algo muito concreto para se determinar a sociedade; Deixou de lado a cultura material e se concentrou nos aspectos da vida social.

Seu método de estudo era sincrônico, deixando de lado a história, que até então era usada para se compreender uma determinada sociedade. Com o estudo da sincronia, formulou um esquema para interpretar a realidade social. Para tanto, analisava três aspectos: processo, estrutura e função.

A estrutura são grupos de pessoas que formam instituições para um determinado fim. O processo é o caminho como o individuo se relaciona com essas estruturas. A função é o funcionamento da estrutura.

Após Radcliffe Brown temos Durkheim. Ele defendia a autonomia antropológica, afirmava que o social não explicava o individual e que a sociedade é um todo e o individuo uma parte desse todo.

Ele define o “fato social” como objeto de estudo. Fato Social é toda maneira de agir fixa ou não capaz de influenciar todo individuo dentro de uma sociedade, mas independe das manifestações individuais. São externos e autônomos, ou seja, eles vêm de fora do individuo e que não depende deste.

O fato social é “coercitivo”, “extenso” e “externo”. Coercitivo porque ele pressiona o individuo, ou seja, a pessoa vive em determinada sociedade, com os mesmos costumes, atitudes, mas age involuntariamente. Extenso porque ele se estende por todo um grupo de pessoas afetando todos daquele grupo. Externo porque ele vem de fora da pessoa, ela é influenciada pelo grupo em que vive.

Durkheim colocou amostra a autonomia social, ou seja, “o fato social tem seu próprio caminho entre os fatos humanos”.

O autor também nos apresenta Malinowski. Ele foi outro percussor da autonomia antropológica. Para ele ao estudar a antropologia, o antropólogo deve ir além de observar, é necessário vivenciar tais costumes para então definir algo perante aquela sociedade e, com isso em mente, foi a campo para definir seus estudos.

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