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Exercício Sobre Livre Arbítrio

Trabalho Universitário: Exercício Sobre Livre Arbítrio. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  4/6/2013  •  512 Palavras (3 Páginas)  •  2.518 Visualizações

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Nos textos a seguir, você poderá compreender melhor a abordagem de Agostinho sobre os conceitos de vontade e livre-arbítrio, bem como a relação destes com a possibilidade do mal moral:

A vontade em guerra

Donde vem este prodígio? Qual o motivo? Fazei que brilhe a vossa misericórdia, e eu pergunte, pois talvez me possam responder os castigos sombrios dos homens e as tenebrosíssimas desolações dos filhos de Adão. Donde provem esse prodígio? Qual a causa? A alma manda ao corpo, e este imediatamente lhe obedece; a alma ordena que a alma queira; e, sendo a mesma alma, não obedece.

Donde nasce este prodígio? Qual razão? Repito: a alma ordena que queira – porque se não quisesse não mandaria – e, no entanto, não executa o que lhe manda!

Mas não quer totalmente, portanto, também não ordena terminantemente. Manda na proposição do querer. Não se executa o que ela ordena enquanto ela não quiser, porque a vontade é que manda que seja vontade. Não é outra alma, mas é ela própria. Se não ordena plenamente, logo não é o que manda, pois se a vontade fosse plena, não ordenaria que fosse vontade, porque já o era. Portanto, não é prodígio nenhum em parte querer e em parte não querer, mas doença da alma. Com efeito, está sobrecarregada pelo hábito, não se levanta totalmente, apesar de socorrida pela verdade. São, pois, duas vontades. Porque uma delas não é completa, encerra o que falta à outra.

SANTO AGOSTINHO. Confissões. São Paulo: Nova Cultural, 2004. Livros VII e VIII. p. 217. (Os pensadores).

Livre-arbítrio

[...] Se é verdade que o homem em si é bom, mas não poderia agir bem exceto por querer, seria preciso que tivesse vontade livre para que pudesse agir desse modo. De fato, não é porque o homem pode usar a vontade livre para pecar que se deve supor que Deus a concedeu para isso. Há, portanto, uma razão pela qual Deus deu ao homem esta característica, pois, sem ela, não poderia viver e agir corretamente. Pode-se compreender, então, que ela foi concedida ao homem para esse fim, considerando-se que, se um homem a usar para pecar, recairão sobre ele as punições divinas. [...]

Quando Deus pune o pecador não te parece que lhe diz o seguinte: “Estou te punindo porque não usaste de teu livre-arbítrio para fazer aquilo para o que eu concedi a ti”? Ou seja, para agires corretamente.

MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Ética: de Platão a Foucault. 3. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. p. 53.

ATIVIDADE1

Debata as seguintes questões:

a) A possibilidade de escolha humana entre o bem e o mal é absoluta? Por quê?

b) Todos os seres humanos experimentaram a luta interna entre a vontade de agir bem e a vontade de não fazê-lo? Cite exemplos.

c) Vocês concordam que a máxima expressão da liberdade seja considerar-se incapaz de desejar o mal? Por quê?

d) Agostinho entendia o mal como carência e desvio em relação ao bem. E vocês? Como definiriam o mal?

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