FACULDADE INTERDISCIPLINAR EM HUMANIDADES – FIH
Por: AlmeidaMN • 9/10/2018 • Ensaio • 558 Palavras (3 Páginas) • 157 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
FACULDADE INTERDISCIPLINAR EM HUMANIDADES – FIH
MYKONIOS, Atanásio. Cultura virtual e riqueza abstrata. 22 p.
Nicole Maravilha de Almeida
O artigo intitulado “Cultura virtual e riqueza abstrata” de autoria do professor Atanásio Mykonios, descreve como se deu o processo da virtualização cultural que hoje está atrelada a nossa sociedade. A partir da leitura do artigo, exponho aqui o meu entendimento.
Vivemos a era da indústria cultural, onde tudo é visto como produto, inclusive o homem. A indústria cultural leva ao indivíduo uma falsa felicidade baseada em satisfação, na maior parte das vezes ligada ao luxo e a padrões de beleza imposta por ela mesma. A indústria cultural nos vende uma máscara usando outra. Usamos a máscara todo tempo, e não sabemos mais com tirá-la. A máscara vem acompanhada de uma viseira, onde só é visto por nós o que eles permitem. E quando não vemos o que eles querem, eles sabem. Pois somos vigiados e controlados por esta indústria que usa a mídia desfarçada de cultura.
A sociedade atual está baseada na tecnologia, um dos produtos da indústria cultura.
Segundo o autor:
A tecnologia é a nova Ideologia que reifica as formas de produção da estrutura vigente. A tecnologia é o novo dogma da sociedade que engloba todas as esferas da produção e suas condições de reprodução. Sincronização, sistematização em massa de imagens e arquivos, administração dos tempos de aquisição e consumo, 24 horas no ar sem interrupção. São alguns aspectos do estado alterado da consciência que é massivamente domesticada, o tempo da produção é o tempo integral dos seres humanos em total obediência ao movimento tecnológico. O mundo das imagens é a realização mais profunda de um anseio da consciência impregnada pela ordem do capital, numa tentativa desesperada de se livrar do peso material da existência, um conteúdo platônico insiste em perseguir a humanidade, ainda mais na atual etapa do sistema social mundial do capital.
Assim, ele descreve a nossa sociedade como uma sociedade virtualizada, ou seja, é virtual em todos os aspectos. Nós nos tornamos parte da rede de tal forma que tudo que está fora dela deixa de existir. É como se não existisse mais nada no mundo real.
Criamos então uma sociedade que vive por abstrações, a sociedade do espetáculo. Onde as pessoas não mais precisam dos meios para subsistência básicos – alimento, estudo, educação, higiene – e passam a ter necessidade de estar dentro de um padrão imposto para expô-lo na rede em busca de curtidas, exibicionismo e competitividade o que no impede em suma, de uma formação do pensamento crítico.
Agora, não nos importa pensar em uma ideologia concreta, pois a indústria cultural oferece ao indivíduo um prazer imediato que lhe faz acreditar em uma felicidade que só é possível através disso. O avanço tecnológico chegou a um ponto em que a vida se torna a cada dia mais complexa de forma que o mundo real possa não mais existir, e nos veremos em uma sociedade completamente individualista. E será um ciclo, pois uma sociedade individualista, necessita de produtos e espaços que atendam requisitos individuais.
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