FILOSOFIA MEDIEVAL - SANTO AGOSTINHO E SÃO TOMÁS DE AQUINO
Por: guilhermeftl • 20/3/2017 • Trabalho acadêmico • 925 Palavras (4 Páginas) • 1.812 Visualizações
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
FILOSOFIA: RAZÃO E MODERNIDADE
FILOSOFIA MEDIEVAL - SANTO AGOSTINHO E SÃO TOMÁS DE AQUINO
QUESTÕES
Por que os RENASCENTISTAS designaram o PERÍODO MEDIEVAL como “ÉPOCA DAS TREVAS”?
R: Os renascentistas buscavam uma nova forma de observar e vivenciar o mundo. Para isto, precisavam quebrar com os padrões vigentes do período medieval. É natural que a cada período da “evolução do pensamento” haja uma recusa ao modus operandi vigente. Os renascentistas buscaram nos pensadores gregos (Idade Antiga) uma nova forma de conduzir o pensamento então contemporâneo. Para eles, a Idade Média foi um período de pouco desenvolvimento cultural, por conta da forte influência da Igreja Católica onde houve pouca liberdade e restrita circulação de ideias. Também alegavam que não havia ocorrido desenvolvimento científico e técnico, uma vez que a Igreja impedia estes avanços ao colocar a fé como único caminho a ser seguido. Entretanto, nos dias de hoje, podemos perceber que a Idade Média não foi uma época vazia e atrasada, mas sim houve desenvolvimentos e avanços segundo a ideologia vigente.
Que tipo de FILOSOFIA os PENSADORES MEDIEVAIS produziram?
R: O período medieval é uma era muito extensa dentro da história da humanidade, perfazendo mais de mil anos de existência. Houve muitos pensadores neste período entre os quais se destacam filósofos de orientação católica já que a Idade Média foi fortemente influenciada pelo catolicismo e suas correntes filosóficas. Percebemos que o conhecimento na Idade Média deixa de ter um caráter mitológico, observado na cultura greco-romana, e passa a ser balizado pela religiosidade cristã onde a hierarquia das coisas é mais bem delimitada, tendo em Deus a entidade máxima, única e perfeita. A Escolástica torna-se o “padrão” do pensamento medieval em seu ápice e dentre todos os pensadores do período medieval podemos citar Santo Agostinho (no início da Idade Média) e São Tomás de Aquino (nos séculos finais). Santo Agostinho trouxe a inquietação dos gregos no que se refere à busca por um método científico (por mais que este conceito só fosse ser estabelecido séculos mais tarde) aliada à fé cristã, fazendo a difícil tarefa de unir fé e razão dentro de um pensamento que buscava incessantemente o conhecimento e a verdade. São Tomás de Aquino buscou através da razão provar a existência de Deus, tentando unir Filosofia e Teologia, mas de maneira a separá-las didaticamente na hora de explicar as funções de cada uma na sociedade.
O que é a DOUTRINA DA ILUMINAÇÃO DIVINA de SANTO AGOSTINHO?
R: Após transitar por várias experiências filosóficas, sempre objetivando a busca pela verdade e pelo conhecimento espiritual profundo, Santo Agostinho reinterpreta a filosofia de Platão e refuta a ideia maniqueísta de Bem e Mal dando espaço somente ao Bem como forma única de se obter a felicidade. Tudo, então, deriva-se do Bem uma vez que Deus é perfeito em sua obra. Desse modo, Agostinho estabelece uma ordem de perfeição, uma graduação ou distinção dos seres para alcançar esse conhecimento que nos levaria a uma vida beata. O corpo é mortal e a alma é seu princípio de vida. Esta distinção vai dos seres inanimados e passa pelos vegetais, animais até o homem. Acima da razão humana ainda há verdades que não dependem da subjetividade, pois suas leis são universais e necessárias. Só acima destas está Deus, que as cria, ordena e possibilita o seu conhecimento, que deve, agora, ser buscado na interioridade do homem. Nessa ordem e por um processo de interiorização e busca, pode-se encontrar essas verdades porque Agostinho admite que Deus as ilumina, estando elas já anteriormente em nosso espírito. A doutrina da Iluminação divina caracteriza-se por uma luz que não é material e que se atinge quando do encontro com o conhecimento da verdade para que o homem possa ter uma vida feliz e beata. O lembrar-se disto, isto é, o recordar-se de um conhecimento prévio é o que o pensador denomina de rememoração de Deus (herança da teoria da reminiscência platônica). A teoria agostiniana estabelece, assim, que todo conhecimento verdadeiro é o resultado de uma iluminação divina, que possibilita ao homem contemplar as ideias, arquétipos eternos de toda realidade.
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