Fichamento
Por: 84510838620 • 17/6/2015 • Trabalho acadêmico • 1.917 Palavras (8 Páginas) • 555 Visualizações
UEMG – UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS - CAMPUS DE FRUTAL
CURSO: GEOGRAFIA, LICENCIATURA, 1° PERÍODO NOTURNO.
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA
DOCENTE: Prof. RODRIGO FURTADO
DISCENTE: GILMAR DA SILVA PRETO
DATA: 22/06/2015
TRABALHO: FICHAMENTO - “UM TOQUE DE CLÁSSICOS”.
FICHAMENTO – INTRODUÇÃO – OS CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA SOCIOLOGIA WEBERIANA - A DOMINAÇÃO - A S0CIOLOGIA DA RELIGIÃO - A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO CAPITALISTA. Um Toque de Clássicos - Marx, Durkheim e Weber QUINTANEIRO, Tania; BARBOSA, Maria Ligia de Oliveira; OLIVEIRA, Márcia Gardênia Monteiro de. Um Toque de Clássicos; Marx, Durkheim e Weber. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003...
INTRODUÇÃO
Um dos debates que caracteriza pensamento social e filosófico alemão, à época de Weber, é aquele travado entre a corrente até então dominante – o positivismo – e seus críticos em torno às características que separam as ciências da natureza das ciências do espírito e, nestas, ao papel dos valores e a possibilidade da formulação de leis. (p. 105)
Mas foram Marx e Nietzsche, reconhecidos pelo próprio Weber como os pensadores decisivos de seu tempo, aqueles que segundo alguns biógrafos, tiveram maior impacto sobre a obra do sociólogo alemão. A influência de Marx evidencia-se no fato de ambos terem compartilhado o grande tema – o capitalismo ocidental – e dedicado a ele voa parte de suas energias intelectuais, estudando-o da perspectiva histórica, econômica, ideológica e sociologia. (p. 105)
Weber propôs se a verificar a capacidade que teria o materialismo histórico se encontrar explicações adequadas a historia social, especialmente sobre relações entre a infraestrutura e a superestrutura. Em suma, procurou compreender como as ideias, tanto quanto os fatores de ordem material cobravam força na explicação sociológica, sem deixar de criticar o monismo causal que caracteriza o materialismo marxista nas suas formas vulgares. (p. 105,106)
Enfim, cabe lembrar que a originalidade se Weber consiste no refinamento dessas e outras ideias que estavam presentes nos debates da época, no avanço, em termos da precisão metodologia, que foi capaz se imprimir aos conceitos com os quais interpretou o desenvolvimento histórico do Ocidente como a marcha da racionalidade. (p. 106)
OS CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA SOCIOLOGIA WEBERIANA
A sociologia é, para Weber, a ciência “que pretende entender, interpretando a, a ação social, para, de maneira, explica-la causalmente em seu desenvolvimento e efeitos”, observando suas regularidades que se expressam na forma de usos, consumes ou situações de interesse. (p. 106)
O conceito de ação social é, portanto, um dos mais importantes da Sociologia de Weber. Ele o define como uma conduta humana (ato, omissão, permissão) dotada de um significado subjetivo dado por que o executa, o qual orienta seu próprio comportamento, tendo em vista a ação - passada, presente ou futura – de outro ou de outros que, por sua vez, podem ser “individualizados e conhecidos ou uma pluralidade de indivíduos indeterminados e completamente desconhecidos”. (p. 107)
A explicação sociológica busca compreender o sentido, o desenvolvimento e os efeitos da conduta de um ou mais indivíduos referida a do outro – ou seja, o seu caráter social – não se propondo a julgar a validez de tais atos, nem a compreender o agente enquanto pessoa. (p. 107)
Pode se dizer, portanto, que as ações serão tanto mais previsíveis quanto mais racionais. Para compreendê-las, o sociólogo constrói um modelo de desenvolvimento da conduta racional, a partir dele, interpreta outras conexões de sentido, [...]. (p. 107)
Weber trabalha com uma elaboração limite – útil para o estudo sociológico – que chama de tipos puros ou ideais. (p. 107)
Ele constrói quatro tipos “puros” de ação social: a ação racional com relação a fins, a ação racional com relação a valores, a ação tradicional e a ação afetiva. (p. 107)
O sociólogo capta intelectualmente as conexões de sentido racionais, as que alcançam o grau máximo de evidencia. Isso não ocorre com a mesma facilidade quando valores e efeitos interferem nas ações. Nesses casos, a explicação sociológica encontra limites. (p. 107)
Segundo Weber, o comportamento econômico é todo aquele que leva em conta um conjunto de necessidades a entender, quaisquer que sejam, e uma quantidade escassa de meios. A que é como chegarão objetivo pretendido, recorrendo aos meios disponíveis. (p. 108)
A conduta será racional em relação a valores quando o agente orientar-se por fins últimos, agindo de acordo com ou a serviço de suas próprias convicções, levando em conta somente sua fidelidade a certos valores, estes, sim, inspiradores de sua conduta; ou na medida quem que crê na legitimidade intrínseca de um comportamento, valida por si mesmo. (p. 108)
O sentido da ação não se encontra, portanto, em seu resultado, nas suas consequências, mas na própria conduta, como, por exemplo, a daqueles que lutam em prol dos valores que consideram indiscutíveis ou acima de quaisquer outros, como a paz, o exercício da liberdade (politica, religiosa, de uso de drogas, etc.), [...]. (p. 108)
Uma ação afetiva – causada pelo ciúme, pela raiva ou paixão, por exemplo – pode levar uma pessoa a magoar alguém a quem ama, a destruir algo que lhe é precioso ou a produzir uma obra de arte. (p. 109)
Quando hábitos e costumes arraigados levam a que se aja em função deles, ou “como sempre se fez”, reagindo a estímulos habituais, estamos diante da ação tradicional. Tal é o caso do batismo dos filhos realizados por pais pouco comprometidos com a religião. A ação estritamente tradicional e a estritamente afetiva situam-se no limite ou além do que Weber considera ação “orientada de maneira significativamente consciente”. (p. 109)
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