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Filosofia Razão e Modernidade

Por:   •  21/6/2024  •  Exam  •  822 Palavras (4 Páginas)  •  58 Visualizações

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Considere o conceito de menoridade empregado por Kant para julgar a validade das proposições seguintes.

  1. A menoridade designa um estado de ignorância e de dependência frente a outras pessoas supostamente mais autorizadas. A maioria das pessoas permanecerá nessa posição por toda a vida, motivada apenas por preguiça e covardia. Havendo condições objetivas de liberdade, não há razão para que a pessoa escolha permanecer em submissão.
  2. O uso submisso da razão é consequência da subordinação a preceitos sociais. Essa conformação se dá pela repetição de condutas não precedidas pela reflexão consciente e é consequência da ausência de liberdade. Havendo condições objetivas de liberdade, haverá também pensamento crítico.

   Apenas a proposição 1 é verdadeira.

   Ambas as proposições são verdadeiras.  

 Apenas a proposição 2 é verdadeira.

   Ambas as proposições são falsas.

Considere a palavra “revolução” em seu sentido político, como um conjunto de mudanças abruptas e radicais em termos sociais ou econômicos em um país. Leia o texto abaixo para avaliar as proposições seguintes.

“Por meio de uma revolução talvez se possa levar a cabo a queda do despotismo pessoal e da opressão gananciosa ou dominadora, mas nunca uma verdadeira reforma do modo de pensar. Novos preconceitos, justamente como os antigos, servirão de rédeas à grande massa destituída de pensamento.” (Kant)

  1. Para Kant, uma revolução tem escassa utilidade, já que serve, no máximo, para remover do poder um autocrata, mas é incapaz de produzir mudanças efetivas em uma sociedade. Falando de sua própria época, Kant considera estar vivendo em um tempo de obscurantismo porque as mudanças objetivas havidas foram apenas superficiais.
  2. À luz do texto de Kant é possível dizer que as transformações hoje em andamento não podem ser consideradas revolucionárias, embora representem alterações objetivas no mundo. Em sentido kantiano, uma revolução só é completa e produz esclarecimento quando as mudanças objetivas se retroalimentam com mudanças atitudinais dos sujeitos.

   Ambas as proposições são verdadeiras.    

Apenas a proposição 2 é verdadeira.

   Apenas a proposição 1 é verdadeira.  

 Ambas as proposições são falsas.

Foucault descreve o êthos filosófico como uma “antologia crítica de nós mesmos”. Avalie as proposições seguintes que pretendem interpretar corretamente essa noção.

  1. A “antologia” proposta por Foucault é uma maneira alternativa de descrever o caráter experimental da atitude filosófica. A “experiência” consiste na observação rigorosa e tão

exaustiva quanto possível do fenômeno que está sendo analisado pelo sujeito em dada situação. Todo conhecimento é, antes de mais nada, uma descrição do mundo dos fenômenos.

  1. A “antologia crítica de nós mesmos” é uma maneira de expressar o caráter metafísico do conhecimento. Apenas por meio da criação e do emprego de conceitos é possível a um sujeito compreender a realidade. Daí afirmar-se que a antologia consiste, em sentido foucaultiano, numa coletânea de conceitos que, depois, são aplicados para interpretar o mundo.

   Apenas a proposição 1 é verdadeira.  

  Ambas as proposições são falsas.

   Apenas a proposição 2 é verdadeira.

   Ambas as proposições são verdadeiras.

Michel Foucault propõe um método a ser observado por quem deseja pensar criticamente na sociedade contemporânea. Partindo dos passos que, segundo ele, deveriam ser seguidos, julgue as proposições abaixo.

  1. Para entender as ideias e valores dados como resolvidos e definitivos na sociedade, deve-se considerar o momento em que tais conceitos foram estabelecidos, buscando compreendê-los como cristalização de forças políticas do dado momento em que foram gerados. Em seguida, deve-se observar o processo pelo qual, ao longo do tempo, tais conceitos foram se constituindo como supostamente inquestionáveis. Daí se infere que o método sugerido por Foucault não é metafísico.
  2. Deve-se partir das ideias que, já tendo se demonstrado válidas ao longo da história, são universalizáveis. Isso significa que tais ideias não se aplicam apenas a casos particulares e isolados, mas podem ser generalizadas para explicar fenômenos semelhantes,

independentemente de suas especificidades históricas e locais. Daí se infere que o método sugerido por Foucault é transcendental.

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