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A Modernidade Liquida na Filosofia

Por:   •  31/3/2017  •  Resenha  •  999 Palavras (4 Páginas)  •  422 Visualizações

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Modernidade Líquida: uma abordagem fluida das relações humanas e sociais Resenha do livro Modernidade Líquida de Zygmunt Bauman. Por Alan Q Costa O sociólogo Zygmunt Bauman é um dos pensadores contemporâneos que têm produzido diversas obras preocupadas com os tempos recentes. Polonês (1925) vivenciou a Segunda Guerra Mundial e a ocupação nazista que o obrigou a se exilar na União Soviética. Aposentado desde 1990 é professor emérito de sociologia da Universidade de Leeds, e cunhou o conceito de “modernidade líquida” como uma nova forma de analisar as mudanças sociais e humanas de maneira fluida e contínua. A liquidez que o autor se refere advém a propriedade dos líquidos de se moldarem conforme o ambiente e não manter-se rígido como sólidos que precisam de muita força para mudarem suas formas. Em seu livro Modernidade Líquida, o autor aborda cinco itens que nos guiam na leitura: emancipação, individualidade, tempo e espaço, trabalho e comunidade. Emancipação Nesse item, Bauman traz em discussão a temática da liberdade e seu conceito não simplesmente enquanto direito do indivíduo, mas como a possibilidade de poder agir de acordo com seus pensamentos e desejos porém, dentro de certos padrões ou realiadades existentes, marcando-a como uma realidade mista. Na chamada Modernidade Líquida ao menos a sensação de liberdade individual foi atingida e todos, homens e mulheres podem considerar-se mais livres, mas responsáveis por seus atos. Enquanto na modernidade sólida havia uma rigidez e dureza frente às possibilidade de adequação ou adaptação a novas formas e situações, na modernidade líquida o indivíduo passa do estado de agente passivo para o de agente ativo. Bauman defende a autonomia, a liberdade de escolha e da autoafirmação humanas, do direito de ser e permanecer diferente”, há uma hospitalidade à crítica. Duas características principais são dadas pelo autor para essa nova modernidade. Como muitas particularidades da modernidade continuam a existir, para Bauman não há um fim determinado no caminho, mas sim oportunidades, desejos, realizações a serem perseguidas continuamente. Nesse percurso, há uma “desregulamentação e a privatização das tarefas”, aquilo que antes era atributo do coletivo passa ao individual, se antes a busca era para uma sociedade justa agora valem os direitos humanos, os direitos dos indivíduos escolherem como encontrarão a felicidade. Individualidade O exemplo citado por Bauman para iniciar essa parte do texto é o poder de controle do “Grande Irmão”, que tudo vê, tudo ouve e tudo sabe, personagem simbólico da obra “1984” de George Orwell. Outro exemplo dado pelo autor desse domínio e uniformidade foi o capitalismo pesado exercido pelo fordismo. Tal modelo de industrialização conseguiu impor funções definidas em todo seu processo limitando potenciais e habilidades individuais e, em consequência, capacidades de desenvolvimento. Apesar de significar repetição, regularidade e monotonia, esse modelo de ordem, gerou uma engenharia social. A visão negativa de Bauman sobre o capitalismo traz a tema no consumo, porém um tipo leve e fluido, onde as autoridades não ordenam, mas sim como conselheiros que tentam seduzir e tornam-se agradáveis às pessoas que escolhem, seus modelos, com o uso da imagem para passar credibilidade aos produtos e serviços que estão à disposição para o consumo. Valores acabam sendo estratégias para venda, a beleza do corpo e da alma, o comportamento tido como modelo e o consumo torna-se uma forma de firmar sua identidade, mas o consumo do mesmo objeto que todo mundo compra. Tempo e Espaço Bauman inicia a discussão desse tema analisando a comunidade no sentido da convivência harmônica entre as pessoas porém como uma realidade que quase nunca se concretiza. Para o autor, os espaços seriam lugares com significados (de consumo, de vivência, ou outro lugar que se atribua algum

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