Filosofia pedida para serviço social

Introdução

O presente trabalho tem com tema de pesquisa “A Filosofia Aplicada ao Serviço Social”, que a primeira vista é entendida como algo enigmático, porém é destacada como a forma de quebrar barreiras para o individuo através de seus esforços, procurando significados cada vez mais abrangentes, que indiquem respostas mesmo provisórias, com o intuito de direcionar e compreender a vida humana relacionando e assemelhando-se as práticas dos Assistentes Sociais que se fazem necessárias à incorporação da ação investigação como importantes e fundamentais instrumentos ao exercício profissional.

A Filosofia é entendida como algo enigmático, profundamente abstrato e distante da realidade. Essa visão decorre dos exemplos de trabalho dos pensadores que no decorrer de vários momentos históricos, desde a antiguidade, período medieval e moderno, refletiram e buscaram diferentes respostas sobre a questão que continuamente fazem ao longo da nossa existência indagações sobre valores, natureza, beleza e o homem.

O exercício do Serviço Social tem como um de seus fundamentos, o entendimento e aplicação de elementos e postulados filosóficos, porquanto lida diuturnamente, não só com as condições de vida e bem estar do indivíduo, como serve de instrumento para diligenciar as ações sobre as condições e motivos que influenciam e que levam o indivíduo e os governantes, por um lado a sofrer os efeitos deletérios da insuficiência ou falta de programa de ação social e por outro, os governantes a não encontrarem soluções ou a encontrá-las de maneira insatisfatória ou objetiva.

Democracia, sociedade, ética e cidadania atrelada ao Serviço Social.

O grupo de acadêmicas discutiu e debateu o questionário apresentado, relativo ao envolvimento do (a) Assistente Social em assuntos de interesse do indivíduo e do mundo em que vivemos; apresentou, após calorosa e proveitosa discussão, respostas aos quesitos, fruto do entendimento geral e postadas democraticamente, ficando evidente que há um equilíbrio e uma harmonia no entendimento de cada um, de forma que ao final as respostas soaram condizentes e de forma didática.

Assim, foi com pouca dificuldade, que se houve por bem definir temas como o conhecimento, sua função e importância para os seres; sobre bem comum, preconceitos sociais e outros; Fatores como a cidadania, qual seja, a colocação do ser humano como pessoa, no meio social e a estreita relação entre o cidadão e a qualidade de vida, indispensável para o exercício da cidadania, destaque-se ainda o entendimento sobre o mundo em que vivemos, o ser humano, desde que colocado no meio e das condições que devem ser dadas ao indivíduo e à coletividade, para o pleno exercício da cidadania e para sua satisfação.

Analisando os textos que versam sobre as concepções filosóficas enunciadas, o grupo optou por definir que todas aquelas concepções filosóficas ali elencadas estão plenamente presentes nas práticas humanas atuais, sendo de alta relevância nas ações sociais atual e de destaque sobre as demais, nas práticas humanas sociais, é a concepção dialética, pois as demais dizem respeito à existência natural, estrutural , enquanto que a dialética diz mais respeito à conjuntura, neste caso, social.

A concepção dialética, em termos e no âmbito do conhecimento e da educação nos leva diretamente no sentido do contexto de aplicação e entendimento do fluxo da condição de existir, ser e conviver, conduzindo o homem sujeito, ente ou ser, em primeiro lugar para si mesmo e a partir daí, direciona-se para a coletividade de um ou de outro, com um objeto, equilibrando-se, sem prevalência de um ou de outro.

Isto porque o sujeito e o objeto são interdependentes, daí o sujeito se reconhecer como existente no contexto da contingência de ser (ou existir), natural e socialmente. Esses dois elementos, o natural e o social (o sujeito e objeto) não podem ser dispersos, pois o objeto (objetivo) só tem sentido, se direcionado para o sujeito. Esta é a direção, pois não há fim do objeto se não se direcionar ao sujeito, sendo assim passamos para a etapa seguinte, analisando com atenção a música “Comida” podemos verificar que foi utilizada como forma de protesto na época que o Brasil vivia uma crise financeira, onde a inflação era alta, o poder de compra da população era restrita, entre outros problemas sociais como a falta de cultura, assim por diante.

Ao analisarmos esta música no contexto filosófico compreenderemos várias questões do ser humano, como ele adquire o conhecimento, como ele reage através do conhecimento.

Como ele coloca em prática esse conhecimento para mudar o mundo onde vive e como o ser humano apesar de todo seu conhecimento anseia sempre por mais, nunca se satisfazendo com o que já tem. É a busca do saber, do conhecer. O conhecimento é adquirido quando o individuo consegue se ver como pessoa, compreende o que acontece a sua volta e absorva esses acontecimentos como ele realmente é, e com uma visão critica, a musica comida neste contexto reflete como a população via na sua visão critica nos acontecimentos da época, e com o conhecimento adquirido visava o que seria correto realmente, podendo opinar sobre as atitudes governamentais e o que realmente esperava dele. O conhecimento é adquiro também quando o individuo busca a compreensão.

Oportuna é a citação de Sir Arthur Conan Doyle, em seu livro Sherlock Holmes - Um Estudo em Vermelho: "Todo conhecimento é útil quando nos torna melhores."

Isso nos leva a pensar o que realmente queremos, e qual conhecimento que temos para isso, se não temos como buscar.

A forma de reagir varia de um individuo para outro, pois a forma de compreensão depende do ambiente que ele vive, se tem condições de absorver o conhecimento, para analisar os acontecimentos, pois um individua que tem poucas oportunidades de conhecimento não compreendera as coisas como realmente são, nem terá argumentos para debater, muitas vezes reage na forma de conformismo, já o individuo que vive onde o ambiente que vive é propicio terá uma visão ampla das coisas a sua volta e dos acontecimentos, essa visão ampla o levara a pensar de forma critica, avaliando assim se esta ou não correto, levando a argumentar e a reagir para obter mudanças válidas a sua volta seja onde for.

Na música citada podemos ver a fora critica na sua composição, levando as pessoas a pensarem no que estava acontecendo e pressionando as autoridades da época para obter mudanças, ao compor a musica o autor reagiu aos acontecimentos a sua volta,