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REFLEXÕES DESENCADEADAS SOBRE A APLICAÇÃO DA FILOSOFIA AO SERVIÇO SOCIAL

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Por:   •  25/9/2013  •  2.560 Palavras (11 Páginas)  •  865 Visualizações

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ETAPA 1

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA E AS PRÁTICAS SOCIAIS.

A filosofia veicula conceitos, transporta-os, como prática de linguagem entre indivíduos socializados, que se tornam, uma vez conscientizados, os agentes portadores da capacidade de modificar as estruturas sociais. E desta forma podemos acreditar que a transformação social se dá quando os conceitos são abandonados de sua característica abstrata e materializados em discursos, instituições, movimentos organizados de indivíduos, ações concretas que modificam a face do mundo. Sabemos que o mundo não é somente o que está aí, mas também o que dele se faz a partir de ações concretas. Por isso, a filosofia dentre seus diversos compromissos possui o dever ético com a transformação social, pois a mesma representa consciência desta latência que pressupõe não só linguagem, mas também ação.

O conhecimento é a crença válida e justificada, é quando o que acreditamos ser corresponde como o que realmente é. O conhecimento deve ser confirmado para ser aceito como apropriado, isso demanda um processo complexo de imprecisão, refutação e comprovação. Em fim, ter conhecimento sobre algo demanda um aprofundamento que nem sempre é inexorável. Então, ter confiança, ou ter conhecimento é uma prática muito difícil de assimilação, devemos aceitar modestamente que nada sabemos. Mas para certa ajuda cognitivo, ou seja, não viver na absoluta incerteza, nem se verdadeiramente existimos, podemos assumir algumas verdades momentâneas, mas não podemos assegurar que sempre serão assim.

A filosofia estabelece, nesse sentido, um embargo a toda forma de banalizar a vida, o mundo, a existência, as coisas, na medida em que o seu exercício favorece um movimento de resistência coerente e de reflexão diante de uma tendência à simples aceitação das coisas como elas são, enquanto dados grosseiros que independem da reinvenção e do método criativo do pensamento. A filosofia, nessa linha, é interpretada como força transformadora. Se a filosofia pensa o poder, discute e aponta os limites do poder, se pensa a justiça, trata e aponta as injustiças. É nesse sentido que seu papel e sua função social vêm justamente descritos por essa sua influência na dimensão das questões de relevância política, porque de relevância social, na direção dos interesses comuns.

Uma filosofia que se queira social trabalha na perspectiva de sua constante intervenção no plano da ação histórica, e por isso pensa a práxis como o lugar de especial relevo para o debate sobre as formas de dominação em sociedade. A filosofia social postula e reivindica uma posição claramente normativa em suas pesquisas e reflexões, e, exatamente por isso, distancia-se do foco de produção de perfectíveis sistemas teóricos e de coerentes redes de descrição total da realidade. Diagnósticos e prognósticos são tecidos com base nos mutantes quadros da dinâmica da vida social, e, exatamente por isso, a prática da ética da resistência, como “núcleo impulsionador da resistência”, na afirmação de Adorno em Educação e emancipação, pela ação e pela teoria, revela-se na análise do enquadramento concreto das ações históricas que visam à transformação social.

Afinal, a partir dessas premissas, é possível dizer que as pesquisas de uma filosofia social do direito devem, sobretudo, acenar no sentido deste visceral compromisso com as tarefas fundamentais para a implementação e o aperfeiçoamento da cultura democrática, com a promoção da educação para os direitos humanos e a cautela do debate sobre a dignidade da pessoa humana. O compromisso de reflexão que o direito mantém com esse decoro deve andar no sentido dos incentivos a uma vida isenta dos níveis intoleráveis de violência, quando a dialética conceitual entre não violência e direito parece ser um apelo essencial à ideia de que o direito possui um compromisso com a racionalidade da interação social, do que a filosofia do direito se reserva o papel de ser devotada guardadora.

ETAPA 2

CADA PESSOA, UM UNIVERSO.

Em um mundo cada vez mais globalizado e sem fronteiras, tornam-se cada vez mais reconhecível e complexa as diversidades existentes no planeta. Diferentes culturas, etnias, raças e tantas outras diversidades, e lamentavelmente, cada vez menos harmônico. As diferenças são claras, podem ser percebidas no teatro e no cinema, podem ser interpretadas nas novelas da TV, mostrada nos telejornais, assistidas em uma partida de futebol, observadas nos "big brothers" da vida ou até mesmo em casa ou no trabalho, coladinho com quem se convive tanto tempo da vida.

A natureza humana é um conjunto de características descritas pela filosofia, incluindo formas de agir e pensar, que todos os seres humanos tem em comum. Vários são os ramos da ciência que estudam a natureza humana, incluindo sociologia, sociobiologia, psicologia, dentre outros. Filósofos e teólogos também fazem pesquisas sobre o assunto.

De acordo com o conceito aceito pela ciência moderna, natureza humana é a parte do comportamento humano que se acredita que seja normal e/ou invariável através de longos períodos de tempo e de contextos culturais dos mais variados. Entretanto, esse entendimento é equivocado, dado que a ciência não crê em natureza humana, pois tem essa um carater metafísico.

Tão claras quanto às percepções, são as dificuldades em conviver com tantas diferenças. Mesmo com tantas riquezas de diversidades, o homem trava consigo uma busca incansável pela satisfação pessoal, aflora o seu egoísmo e acaba excluindo tudo aquilo que julga não lhe ser conveniente. Os grupos humanos se formam conforme os tipos de pensamentos ou correspondências. Ser diferente é uma questão de perspectiva: O outro é tão diferente aos meus olhos como eu o sou aos olhos dos outros.

Somos todos diferentes! Com efeito, todos temos personalidades diferentes, (até os gémeos verdadeiros) como maneiras de pensar, falar, ouvir e ver, a cor do cabelo, dos olhos e a pele. E, se não bastasse, vivemos em locais diferentes, com culturas, religiões e hábitos diferentes. Por vezes, estas diferenças geram um tipo de sentimento prejudicial contra aqueles que aparecem como não sendo iguais a nós, que não se enquadram na nossa raça ou que não têm os nossos hábitos. E isto é, talvez, sermos racistas. O Racismo é um modo de pensar que afirma apenas a superioridade de algumas raças e que despreza as outras. Penso que, felizmente nem todas as pessoas acolhem este tipo de sentimentos e pensamentos, porque ainda se encontram pessoas que se dedicam a desmistificar tais

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