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Friedrich Schiller Carta XXVI (26)

Por:   •  17/6/2016  •  Resenha  •  351 Palavras (2 Páginas)  •  299 Visualizações

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Friedrich Schiller

Carta XXVI

Equilíbrio: Imaginação x Realidade

Em um ambiente urbano, em que as pessoas estão pouco preocupadas com o mundo a sua volta, a sensibilidade estética acaba por se reprimir no interior de cada pessoa. Sem inspirações estéticas, e sem a educação adequada, o ser, perde o desejo de buscar novas fontes. Movidos por impulsos, retrocedemos ao estado selvagem, em que buscamos dar fins exclusivamente objetivos.

Somos frutos da natureza, vindos do acaso, e que com o passar do tempo, depois de longos anos de evolução, fomos beneficiados com a capacidade cognitiva, que nos permite além de caçarmos para nos alimentar, também nos proporciona a capacidade de admirarmos a beleza de nossas presas. Tudo tem origem na natureza, mas o homem com a capacidade de pensar e refletir se libertou do controle desta, e passou a controla-la. Esse domínio só foi possível por meio da aparência. No entanto isto ocorre apenas no mundo das ideias, em sua imaginação, que ele aplica na pratica.

Como em uma balança, o homem, para ter uma apreciação sincera da estética, primeiro deve balancear o mundo das aparências com o mundo real, nunca elevando um acima do outro. Quando este balanceamento não e feito à aparência deixa de ser subjetiva, torando-se um mero objeto de prazer, que foge a realidade.

A sensibilidade estética não ira nascer do individuo que se isola em seu próprio mundo de imaginações, que nunca enxerga a realidade a sua volta, e também não surgira daquele que e totalmente dependente de outros, e nunca olha o mundo e busca respostas em sua própria consciência. Surgira daquele que procura reflexões pessoais, que tenha ousadia de se expor ao publico, sem medo das criticas, buscando o aperfeiçoamento de suas ideias. E necessário que além de ser portador de um grande conhecimento. Além da busca do conhecimento pela razão, também recorra a imaginação. A imaginação e a capacidade do individuo de ser livre, pois enquanto ele e regido por impulsos instintivos, ele não consegue se libertar do seu estado selvagem, regido não só por impulsos exteriores, mas também interiores, capaz de resistir a esses instintos, passando a ser humano.

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