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GRONDIN, J: “Hermenêutica”. Trad. Marcos Marcos Macionilo. SP. Edt: Parábola, 2012

Por:   •  5/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.401 Palavras (6 Páginas)  •  211 Visualizações

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FICHAMENTO

GRONDIN, J: “Hermenêutica”. Trad. Marcos Marcos Macionilo. SP. Edt: Parábola, 2012.

O autor começa esse primeiro capítulo explicando o surgimento do termo hermenêutica, que teve sua origem no século XVII, sendo utilizada como método de interpretação dos textos sagrados, e apresenta a diferença entre interpretação (exponere, interpretari) e entendimento (intelligere). ( Pág.17)

Schleiermacher, a exemplo dos grandes teóricos, também inspira-se na tradição retorica. Segundo ele deve-se buscar a intenção do autor no próprio texto.

Pra ele o sentido do discurso é entendido por meio da língua, e a hermenêutica divide-se em duas partes aquela que estuda e se preocupa com a gramática e a que está voltada para o estudo da interpretação psicológica ou técnica. ( Pág. 24-25)

O autor apresenta dois tipos distintos de interpretação em Friedrich, uma que era adquirida pelo entendimento simples e puro do texto sem haver desentendimento, essa seria à prática distensa. A segunda seria o contrário dessa, ou seja já existiria no texto o desentendimento, e o que ele busca aqui é o entendimento. ( Pág. 25-26)

A hermenêutica é vista, num sentido mais metodológico, uma espécie de ciência do entendimento. Dilthey inspira-se no historiador Droy, em sua distinção entre entender e explicar. ( Pág. 32)

Na busca de entender uma individualidade histórica. Por meio de suas moções exteriores ficará conhecida como metodologia do conhecimento. Para ele o objetivo interpretativo se dá quando, com base nos sinais exteriores entende-se a individualidade. (Pág. 34)

A partir do século XX, a hermenêutica passa a ser, não somente, uma arte de interpretar textos, e uma metodologia das ciências humanas, mas uma filosofia. Pois ela passará a estar no campo fenomênico, sem limitar-se a ser apenas uma reflexão, mas será a realização de um processo interpretativo, que se confundirá com a própria filosofia. ( Pág. 37-38)

A hermenêutica da facticidade vai colocar a existência humana, como foco da filosofia. Sendo a facticidade algo existencial concreto e individual. ( Pág. 39)

Heidegger, dirá que o objetivo da fenomenologia é fazer com que aquilo que não se mostra a primeira vista, mas que tem a necessidade de ser posto em evidência, seja visto. Portanto o acesso ao ser, seria permitido por esse caminho. ( Pág. 43)

Segundo Heidegger “objetivamente” não há entendimento, a não ser que, toda perícia do interprete e sua época sejam descartados. É nessa dinâmica que o projeto do ser e tempo elevam-se em busca de compreender o ser e a existência. ( Pág. 45)

Heidegger, submete o ser ao aspecto racional, ou seja, vai dizer que “nada é sem razão”, colocando a responsabilidade pelo o esquecimento do ser na metafisica. E também afirma que a relação hermenêutica, tinha como elemento a linguagem. ( Pág. 52)

Bultmann, Teólogo e hermeneuta, foi o primeiro quem iniciou com as ideias de Heidegger o problema da hermenêutica, pois para ele o entendimento não está voltado para a psicologia do autor, mas sim, para aquilo que chama de coisa do texto, para aposta. Ele afirma que só entenderemos o que é dito se tivermos participação, ou seja um “entendimento participativo”. ( Pág. 55-57)

É com Gadamer que o termo hermenêutica começa a impor-se a consciência geral. Apesar de Heidegger ter sido a inspiração dele o filósofo não retorna exatamente a “hermenêutica da existência “. Ele entende que a verdade não se limita a uma questão de métodos. ( Pág. 62).

No primeiro momento na verdade e método, Gadamer inspira-se na arte, e afirma, que ela não fornece à estética apenas um uso, mas, um encontro de verdade. (Pág. 65).

Gadamer faz um reconhecimento intencional de que a consciência deva ter uma finitude, ao fazer tal reconhecimento, a consciência se abriria a novas experiências e alteridades. ( Pág. 72)

Quando se entra na dinâmica de entender o interprete, algo seu é inserido nele, seja da época, da linguagem ou de questionamentos, ele vai chamar isso de “fusão de horizontes”, fazer uma na linguagem do presente uma tradução do passado. (Pág.73).

Em Gadamer o objeto e o processo de entendimento são linguísticos, afirmando que dessa forma a tradução e o diálogo são possíveis. O próprio ser seria iluminado pela linguagem, e o entendimento não seria somente linguagem, mas seu próprio objeto seria linguístico. (Pág. 75)

Betti, apresenta a hermenêutica como metodologia para as ciências humanas. Para ele o papel da hermenêutica seria buscar descobrir do autor a sua verdadeira intensão, e não aplica-la a sentido de presente, pois isso a subjetivaria. (Pág. 81)

Habermas, mais ligado em uma lógica das ciências sociais sua principal intenção era de apresentar que o interesse “emancipador” do conhecimento é buscado pelas ciências, permitindo fazer uma crítica a sociedade. ( Pág. 84)

Afirma Habermas, que se o acordo da preexistência de uma comunidade fosse coloca em questão, deixaríamos a hermenêutica e entraríamos na área das críticas de ideologias. Portanto Habermas faz essa crítica a Gadamer, por ele colocar como absolutas as tradições culturais. ( Pág. 89)

Ricoeur, vinculou a hermenêutica e a crítica das ideologias em um conflito, pois para ele a hermenêutica da confiança e a hermenêutica da suspeita poderiam pesar em conjunto sem fugir dos problemas metodológicos, hermenêuticos e epistemológicos. (

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