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Jacques Derrida

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Por:   •  11/9/2013  •  1.308 Palavras (6 Páginas)  •  853 Visualizações

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1. Jacques Derrida – Biografia

Jacques Derrida, o filósofo francês mais conhecido, comentado e traduzido no mundo, sobretudo nos Estados Unidos. Embora enfermo, o filósofo vinha desde 2003 produzindo enormemente, assinando obras novas, viajando por vários países para participar de diversos congressos internacionais, onde seu trabalho era o centro de interesse.

Nascido em 15 de julho de 1930 em El Biar, Argélia, de uma família judia, Jacques Derrida, em 1950 é admitido na Escola Normal Superior. Em 1959, realiza sua primeira conferência no famoso colóquio de Cerisy.

Em 1960, é nomeado assistente em Harvard, nos Estados Unidos da América do Norte e depois na Sorbonne. Nessa mesma década ele inicia a categoria desconstrução em filosofia.

Em 1965, leciona Filosofia na Escola Normal Superior onde ocupa a função de diretor de estudos. A partir daí, divide-se como professor entre Paris e diversas universidades norte-americanas, entre as mais prestigiosas. Ocupava o lugar de Filosofia e Epistemologia na École des Hautes Études em Sciences Sociales, em Paris, onde dava aulas e orientava pesquisas desde 1983.

Derrida era um dos últimos dos pensadores vivos dos anos 60, conhecidos como os "pensadores de 68" entre Althusser, Lacan, Foucault, Barthes, Deleuze, Lyotard, entre outros, críticos vigorosos da noção de sujeito. O filósofo francês nutria a mesma paixão pelo pensamento grego, pelo pensamento judaico, pela filosofia e pela literatura.

Derrida faleceu em Paris, em 8 de outubro de 2004.

Em 2007, Derrida é considerado pelo The Times Higher Education Guide como o terceiro autor em ciências humanas mais citado do mundo.

2. Principais obras

Derrida escreveu cerca de 80 obras, que constituem um diálogo sem concessões com a metafísica ocidental, entre elas as mais representativas

• Gramatologia - 1967

• A escritura e a diferença – 1967

• La dissémination – 1972

• Posições – 1972

• Margens da Filosofia - 1972

• Espectros de Marx – 1993

3. Conceitos fundamentais

Jacques Derrida foi um dos principais pensadores contemporâneos. Com idéias, ao mesmo tempo, remarcáveis e extremamente criticadas. O seus principais centro de interesse e temas cujo dedicou grande parte de sua obra foram: Ontologia, lingüística, analise literária, estética, psicanálise, feminismo, ética e política.

Fortemente influenciado por Sigmund Freud e Martin Heidegger, Jacques Derrida foi um dos mais importantes filósofos do pós-estruturalismo e pós-modernismo. A psicanálise teve uma importância central em sua obra. Para Derrida, a idéia freudiana do inconsciente revolucionaria a filosofia e costumava citar o conceito freudiano de “posterioridade”. Segundo Freud, há a possibilidade de transformação do passado ao se dar um novo significado às recordações. Ao questionar os conceitos de verdade e de memória, Derrida entendia que Freud propunha um problema filosófico de magnitude inédita.

Entre o conjunto de suas idéias, as mais marcantes giram em torno da desconstrução do logocentrismo, onde seu foco é questionar e 'desconstruir' incansavelmente os opostos, tais como a fala e a escrita na língua, razão e loucura em psicanálise, literal e figurado na literatura, masculino e feminino na teoria dos gêneros; oposições que correspondem ao primeiro casal ontológico; sensível e inteligível, e suas muitas variantes: interno e externo, racionais e irracionais, sentido e sem sentido, fundador e fundado.

O tema desconstrução é principalmente abordado em sua obra A Escrita e a Diferença (1978), onde ele critica o 'logocentrismo' da filosofia tradicional e da ciência literária e defende um processo desconstrucionista na leitura textual.

3.1. Derrida e a Desconstrução

Para Derrida, o conceito de desconstrução não se trata de destruir e sim de “decompor os elementos da escrita para descobrir partes do texto que estão dissimuladas”. Essa metodologia de análise centra-se apenas nos textos.

Historicamente por ser judeu e sofrer com o anti-semitismo, Derrida cria que as formações culturais e intelectuais humanas deveriam sofrer uma reinterpretação como elemento fundante de um novo conhecimento: “Não existem fatos, apenas interpretações”.

Para Derrida, a desconstrução não quer dizer a destruição, mais uma vez, mas sim desmontagem, decomposição dos elementos da escrita. O 'método' da 'desconstrução' suscitou amigos e admiradores nos departamentos das Letras, mas revolta e polêmica no mundo da filosofia canônica, visto como uma ameaça à Metafísica clássica. A aplicação da Desconstrução a um texto filosófico ameaça a leitura verdadeira da verdade da filosofia, tornando-a uma das leituras possíveis, mas não a leitura correta. A famosa frase “A linguagem se cria e cria mundos”, aponta perigosamente para a contingência dogmática do “Ser” e do “Significado”. Isso quer dizer que os textos corrompem seus significados tradicionais, criam novos contextos e permitem novas leituras, em um processo contínuo e vertiginoso.

3.2. Trecho sobre a desconstrução

“Fazer justiça a essa necessidade significa reconhecer que, em uma

oposição filosófica clássica, nós não estamos lidando com uma

coexistência pacífica de um face a face, mas com uma hierarquia violenta. Um dos dois termos comanda (axiologicamente, logicamente etc.), ocupa o lugar mais alto. Desconstruir a oposição significa, primeiramente, em um momento dado, inverter a hierarquia” (DERRIDA, 2001, p.48)

“[...] marcar o

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