Juan Luiz Vivés
Ensaios: Juan Luiz Vivés. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Graca00 • 27/8/2014 • 909 Palavras (4 Páginas) • 432 Visualizações
Humanista e filósofo, Juan Luiz Vivés nasceu em Espanha, nacidade de Valência, no dia 6 de Março do ano de 1492, no seio de uma família nobre. Frequentou a escola de Valência e mais tarde a Universidade. No ano de 1509 rumou a Paris, no intuito de continuar os estudos na Universidade, nomeadamente nas áreas da língua, filosofia, ciências naturais e direito. As suas preferências tendiam para os estudos da Antiguidade, circunstância que veio a culminar no emprego de um latim puro, elegante e requintado, de que era possuidor. Mais tarde mudou-se para Bruges,nos Países Baixos, então uma província espanhola, e leccionou na Universidade de Louvain.
Da sua vasta produção literária destacam-se as obras “Cidade de Deus de Santo Agostinho” (1522), “Da Educação da Mulher Cristã” (1523), e, “Da Assistência aos Pobres” (1525), pela controvérsia que geraram. Vivés foi, sem dúvida, um precursor de uma nova cultura que estava prestes a florescer. Apesar da sua formação profundamente cristã, não secoibiu de criticar os excessos praticados por determinados membros da igreja. Através das suas obras, escritas no latim irrepreensível que tão bem o caracterizava, criticava e condenava duramente os métodos de ensino utilizados por numerosos religiosos e ordensmonásticas. Em consonância, defendia a necessidade de se empreenderem reformas no domínio da Igreja, atitude que lhe valeu alguns dissabores, tais como críticas e reprovaçõesoriundas de membros da Igreja. Algumas das suas mais inovadoras ideias constam na obra “Da Educação da Mulher Cristã”, que reunia um conjunto de preceitos no domínio da educação em geral, mas também no que respeitava à educação da mulher, ideias essas consideradas muito avançadas para o tempo que então se vivia.
A obra foi bem aceite e teve reflexos bastante importantes na vida de Vivés, já que a rainha de Inglaterra o contratou para preceptor da sua filha, a Princesa Mary, mais tarde a rainha Mary Tudor, implicando assim a sua ida para Inglaterra, onde permaneceu durante cinco anos. As suas lições à princesa fizeram história, agradaram de tal forma ao rei, à Rainha eaos nobres, que Vivés acabou por se instalar em Oxford, dando aulas na Universidade Christ College, onde foi considerado como um grande filósofo atraindo assim um grande número de alunos e renovando a vida desta Universidade. Os seus princípios e preceitos continuam actuais e muitas daquelas que foram as suas ideias no que consta a métodos, atitudes e comportamento dos professores, ainda vigoram nos sistemas mais modernos de educação,como por exemplo, que uma boa educação deve ser iniciada cedo, que o professor deve ser um amigo dos seus alunos e estes devem de ser em número reduzido, para que assim tivessem a atenção e o acompanhamento necessário. Vivés sempre foi muito sensível ao mal que atormentava a sociedade – a fome, a taxa elevada de mortalidade, as intempéries que destruíam os já parcos bens do povo, temas estes que defendeu no livro “Da Assistência aos Pobres” e no qual desenvolveu a primeira teoria leiga sobre assistência pública. Na sua primeira parte analisa a assistência dada por particulares, portanto, sobre a responsabilidade das pessoas em relação às desigualdades sociais, de cujos infortúnios só o Homem é responsável, pois a sua missão deveria ser ajudar-se mutuamente. Defendia, pois, que quem tinha muito devia de dar a quem
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