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Moralidade E Religião

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Por:   •  8/11/2012  •  442 Palavras (2 Páginas)  •  1.004 Visualizações

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Introdução à Filosofia de Nietzsche

“Você deve tornar-se senhor de si mesmo, senhor também de suas próprias virtudes.” (‘Humano, Demasiado Humano’)

Podemos dizer inicialmente que a filosofia de Nietzsche tem a provocação e ao mesmo tempo a tarefa de trazer para nós a idéia de que devemos tornar-mos realmente quem somos. Podemos analisar isso partindo de uma frase que sintetiza esse pensamento: “Torna-te quem tu és!”.

Nietzsche foi um crítico contundente da cultura ocidental e suas religiões, focando “as duas religiões da decadência” consideradas por ele: o Cristianismo e o budismo. E no livro ‘Ecce Homo’ se auto intitula ateu, com a seguinte sentença:

“Para mim o ateísmo não é nem uma conseqüência, nem mesmo um fato novo: existe comigo por instinto.”.

Nietzsche buscou principalmente rasgar as máscaras que tampam o rosto da sociedade e propõe uma moralidade dogmática que nos deixa correndo o risco de “vivermos apenas como uma função social e não como uma alegre produção de nós mesmos.”, segundo Amauri Ferreira no livro ‘Introdução à filosofia de Nietzsche’.

O filósofo mostra que a capacidade de mutação é uma virtude e faz uma reflexão no livro ‘Além do Bem e do Mal’ a respeito da organização social:

“A exploração não é própria de uma sociedade corrompida , ou imperfeita e primitiva: faz parte da essência do que vive, como função orgânica básica, é uma conseqüência da própria vontade de potência, que é precisamente vontade de vida.”.

A concepção do mundo para Nietzsche diverge totalmente da proposta por Immanuel Kant, pois, aquele afirma que o mundo segue a desordem e a irracionalidade, enquanto este prega o racionalismo. Para Nietzsche o princípio filosófico não era Deus, tampouco a razão, mas sim o devir, a sucessão de fatos ao acaso.

É importante salientar que Nietzsche possuía uma visão política contrária à vigente na Alemanha buscando abalar as bases do radicalismo e do imobilismo reacionário, pois negava se submeter ao regime das massas bem como o dos reis. Isso pode ser observado na teoria do ‘super-homem’ proposta pelo filósofo em que este buscava afastar o socialismo, bem como o dogma das instituições especialmente européias.

Nietzsche foi um “iconoclasta” e sua proposta para a solução desses problemas humanos e mundanos era o resgate de um “super-homem” que ficasse muito ‘Além do bem e do mal’.

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