O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DENTRO DE UMA PERSPECTIVA DE FUTURO. - LAZER, EDUCAÇÃO E FAMÍLIA -
Monografias: O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DENTRO DE UMA PERSPECTIVA DE FUTURO. - LAZER, EDUCAÇÃO E FAMÍLIA -. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: JamilleBecker • 6/10/2013 • 1.725 Palavras (7 Páginas) • 794 Visualizações
01. A GLOBALIZAÇÃO E A NOVA ORDEM.
O homem está em constante evolução e busca, neste movimento transformar o mundo que o circunda, para torná-lo menos hostil. Esta busca se dirige ao aprimoramento de técnicas produtoras de instrumentos, relacionando-se com o mundo material e com regras de conduta, que se dirigem às relações interindividuais.
Esta evolução ganha, na atualidade, o contexto mundial, passando, a partir de então, a ser designada de globalização, terceira revolução industrial, sociedade pós-moderna, sociedade em rede, sociedade pós-industrial e outras designações equivalentes.
Extrai-se, desta nova ordem, reflexos e conseqüências para toda a sociedade. De forma exemplificativa, em relação ao trabalho, constata-se que este se apresenta com uma concepção diferente daquela até então reinante. Como decorrência dessas mudanças e das necessidades produtivas, requer-se um novo tipo de trabalhador para contemplar estas alterações, independente da sua área de atuação. As modificações proporcionadas requerem um profissional com perfil diferenciado que atenda a estes avanços, o que reclama uma adequada formação para o desempenho de seu mister.
Estas alterações e mutações também foram sentidas pelas crianças e adolescentes, bem como pela educação, família, havendo necessidade de se repensar o papel de cada um frente às estas novas exigências.
02. CRIANÇA E ADOLESCENTE.
Quanto às crianças e os adolescentes verifica-se uma mudança de concepção e tratamento dispensados aos mesmos, tanto no aspecto relacionado às relações de conduta (legal) como no aspecto sócio-psicológico (familiar e social).
Em relação às regras de condutas, a trajetória histórica das Constituições Federais bem como da legislação na área menorista, demonstram esta evolução, cujo ápice, em nível nacional, pode ser traduzido pela Constituição Federal de 1988 e o pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. O ECA. dentro desta perspectiva representa o instrumento legal para o desenvolvimento da criança e do adolescente. Trata-se de uma verdadeira constituição infanto-juvenil, pois regulamenta os direitos fundamentais das crianças e dos adolescentes, como direito à vida, à saúde, à educação, à convivência familiar e comunitária, ao lazer e profissionalização.
Comparando a atual legislação com as passadas que disciplinavam a matéria, verifica-se que se rompeu com um passado marcado pela discriminação e violência, colocando a criança e o adolescente no lugar que merecem, ou seja, como prioridade absoluta, para o governo, para a família e para a sociedade em geral.
Assim, o desenvolvimento da criança e do adolescente, dentro de uma perspectiva legal, implica em ações que venham contemplar o que estabelece a lei, em especial, no que diz respeito à família, educação, esporte e ao lazer.
No aspecto sócio-psicológico, a concepção de criança e de adolescente também sofreu evolução. Na antiguidade, a criança era caracterizada por uma idéia de ser inacabado e que os primeiros anos de existência fazia parte de um período insignificante de sua vida.
Até o século XVIII, a criança foi tida como estranha e era desprezada por seus próprios pais naturais que as tinham como estorvo. A ordem era se livrar das crianças sem qualquer sentimento de culpa. Esta situação somente foi desaparecendo com o surgimento da família burguesa, quando então as crianças são incorporadas no grupo e se desenvolve o amor materno. No entanto, o aparecimento da família burguesa mudou em parte este cenário, pois se antes dela todas as crianças, ricas ou pobres estavam sujeitas ao abandono, com o seu surgimento, passam a ser exposto o diferente, o pobre e o marginalizado.
A mudança em relação à concepção de criança foi gradativa e lenta. Somente nas “últimas duas décadas do século passado é que a infância passou a ser reconhecida como a fase do desenvolvimento pessoal onde se encontram as melhores qualidades humanas”, chegando a contemplar as crianças e os adolescentes como sujeitos de direitos. Esta evolução ocorreu diante das transformações verificadas na organização familiar, que culminou com a família moderna, é na evolução da própria sociedade.
Hoje, diante do mundo globalizado e da atual concepção de criança e adolescente, torna a mesma o centro das atenções para ações que venham a proporcionar-lhes um “desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade” (ECA., art. 3º). Revela-se importante para cumprir tal desiderato à família e a educação.
03. EDUCAÇÃO.
A evolução e mudança, típica da globalização, fez ampliar o reconhecimento da educação como forma de promoção do desenvolvimento sustentável para a superação das desigualdades sociais.
Por conseguinte, a escola passou a desempenhar um novo papel, diferente daquele que realizava, não mais se limitando a ensinar a ler, a escrever e a fazer cálculos aritméticos, reconhecendo, ainda, sua importância na construção da cidadania infanto-juvenil. O professor também teve o seu papel redesenhado para atender a estas novas exigências, com novas atribuições, compatíveis (e em certas situações até incompatível) com este processo evolutivo.
Diante deste movimento global, exige-se uma nova maneira de pensar a respeito do papel da escola e do professor. Em outros termos: o que se espera da escola e do professor no mundo atual. Que iniciativas poderão tomar nesta perspectiva de desenvolvimento da criança e do adolescente para o futuro.
Quanto à escola, diante desta evolução e do mundo globalizado, DI GIORGIO (2002, p. 147) esclarece qual seria a orientação a ser seguida:
“A escola deve avançar no sentido de ser legitimamente, institucionalmente e no imaginário social, uma entidade que cumpra socialmente uma função de dinamizadora cultural e social do seu entorno e é a partir do cumprimento dessa função mais ampla que ela poderá efetivamente atuar eficazmente no sentido de não mais instruir, mas educar crianças, jovens, adolescentes e também adultos”.
Também aponta para esse sentido o Parecer n. CNE/CP 009, aprovado em 08 de maio de 2001, do Conselho Nacional de Educação, que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de Professores de educação básica, em nível superior, que enseja este novo contexto:
Reforça a concepção de escola voltada
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