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O Fichamento Temático

Por:   •  20/6/2019  •  Seminário  •  661 Palavras (3 Páginas)  •  264 Visualizações

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SEMINÁRIO FILOSÓFICO

PROFESSOR: Mário Werneck

ALUNO: Daniel Jubanski

TURMA: Filosofia – 1º período

FICHAMENTO TEMÁTICO

BUBER, Martin. ECLIPSE DE DEUS: considerações sobre a relação entre religião e filosofia. Campinas, SP: Verus Editora, 2007.

 - Epicuro e Buda (p. 27)

 - Epicuro ensina não apenas que existem deuses, isto é, seres imortais perfeitamente puros, mas que não têm poder sobre o mundo nem interesse por ele; ensina também que esses deuses devem ser venerados por meio de pensamentos piedosos e dos costumes tradicionais, sobretudo oferecendo-lhes, devidamente, piedosos sacrifícios: “Ofereci sacrifícios a deuses que não me deram atenção”. (p. 27)

- Buda trata os deuses da crença popular, quando os considera dignos de menção, com uma tranquila e superior benevolência, e não sem ironia – ao contrário dos deuses de Epicuro – estando voltadas também para o mundo dos homens, estão, como eles, acorrentadas à cadeia do desejo e, como eles, envolvidas na “roda dos nascimentos”. (p. 28)

- É a situação do homem que não experimenta o divino, que não ousa ou não consegue experimentá-lo, pouco importa: como se distanciou dele existencialmente, perdeu-o como parceiro. (p. 30)

- Protágoras, que não saberia informar nem se existem nem se não existem deuses, pois disso o impedem a falta de clareza do objeto e a brevidade da vida humana, traduz a situação da consciência filosófica, mas de uma consciência muito condicionada pelo tempo. (p. 30)

- É o desfazer dessa ligação que o sofista proclama; para ele, o mito e o culto que ele encontra na tradição popular não são mais testemunho e sinal de uma presença transcendente, mas talvez apenas alguma coisa assim como imaginação e jogo. (p. 31)

- Mas, com a completa separação entre filosofia e religião – em que esta última, na melhor das hipóteses, só merece atenção, agora, do ponto de vista intelectual -, pela primeira vez se mencionam a possibilidade e a tarefa de uma radical distinção entre as duas esferas. (p. 31)

- A religião, mesmo que o “Incriado” não seja expresso com a boca nem com a alma, fundamenta-se na dualidade Eu-Tu; a filosofia, mesmo quando o ato filosófico desemboca em uma visão de unidade, fundamenta-se na dualidade sujeito-objeto. (p. 32)

- A primeira nasce da situação primordial do indivíduo: ele em presença do ente que aponta para ele e para quem ele aponta; a segunda surge da divisão desse conjunto em duas maneiras de ser inteiramente diferentes: um ser que esgota sua capacidade de observar e refletir, e outro que não consegue outra coisa senão ser observado e refletido. (32)

- A relação religiosa, por mais configurada e organizada que seja, no fundo não é outra coisa senão o desdobramento da existência que nos foi dada; a atitude filosófica é obra da consciência que se faz autônoma, que se apreende e que se quer autônoma. (32)

- Assim é o caminho de Deus do Antigo Testamento: de nenhuma maneira deve ser entendido como um conjunto de prescrições para conduzir a vida do homem, mas, na verdade e em primeiro lugar, deve ser entendido como o caminho de Deus no mundo e através do mundo. (p. 34)

- Filosofia significa realmente o filosofar; a religião, quanto mais real, tanto mais significa sua própria superação: ela quer deixa de ser a especialidade chamada “religião”, deseja tornar-se a vida; o que ela, em última análise, importa não são os atos especificamente religiosos, mas a libertação de tudo quanto é específico: histórica e biograficamente a pureza do dia-a-dia. (p. 34)

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