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O Heroi Descrito Por Homero

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Por:   •  3/6/2014  •  326 Palavras (2 Páginas)  •  331 Visualizações

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O herói descrito por Homero

        O herói descrito por Homero será aquele que  terá a " bela morte". A bela morte é

uma  categoria  que  se  enquadra  somente  aqueles  que  terão  o  seu  nome,  seus  feitos,

cantado pelo poeta. O guerreiro que se destaca pela sua força física, pela sua coragem,

vigor nas decisões, técnica no uso da espada, do arco, do escudo e do carro. O herói

Homérico é jovem, possui força, sabedoria nas articulações da guerra.

        O herói de Homero receberá as honras fúnebres. Cerimônia requerida aqueles que

tiveram "a bela morte". Sob um tripé , uma pira é acesa com lenha e a água é fervida até

quase se secar. O corpo é lavado nas águas para purificação do corpo.

Sobre o corpo do herói será colocado óleos e unguento. Depois o corpo será retirado e

colocado num leito e sobre o corpo um tecido fino. O herói deverá ser chorado toda noite

até que sua psiquê desça ao hades. Seu corpo será queimado até que sejam vistos seus

ossos  que ficarão brancos.

" Logo, porém que ficarmos saciados do choro funéreo, os corredores soltemos, a fim de

cuidarmos da  ceia disse.Inicia o pelida os lamentos; os mais acompanham.Três  vezes

fazem passar os cavalos à volta do morto. Tétis lhes pôe no imo peito vontade incontida

de choro. Molha­se a areia com lágrimas, molham­se as armas as armas dos homens,

tão sem rival é o herói,cuja a perda ali todos choravam. As servas mãos colocando no

peito  do  amigo  defunto  lamentações  principiam  de  fazer  o  divino  pelida."Ainda  que  no

hades escuro te encontres, alegra­te Pátroclo pois vou cumprir tudo quanto te afirmei que

fazer haveria." Cantro XXlll verso 10" A ilíada.

O herói descrito por Homero

     O herói de homero tem o seu corpo preservado na guerra, não poderá ser mutilado, o

que caracterizava ultraje ao guerreiro. O corpo do herói deverá ser preservado na sua

       Há uma disputa pelo corpo de Pátroclo, as armaduras ficam do lado troiano, que

"Tal como o ancião se lamenta , ao queimar o cadáver  do filho recém casado, que aos

pais ao morrer. Desditoso deixara: Queixa­se Aquiles assim, quando os ossos do amigo

queimava, suspirando profundamente em torno da pira".CantoXXlll Verso223 . A ilíada.

O guerreiro­ herói tem o seu nome preservado .Ao ser cantado pelo poeta e através das

honras fúnebres seu nome será perpetuado, ele entrará para imortalidade se seu nome

for  lembrado  para  sempre.  O  herói  Homérico  será  aquele  que  ao  morrer,  ainda  que

jovem, entrará para galeria dos heróis ,tendo seu nome gloriado. A glória, é a marca do

herói Homérico, ele não busca outra  coisa a não  ser glorificado pelo poeta e pelo  seu

povo, ele será modelo de conduta para sua comunidade. Ele possui um nome, são eles :

Aquiles, Pátroclo, Heitor, Ajax. Ele não é um anônimo, o anônimo poderá ter o seu corpo

deixado  no  campo  de  batalha  e  ser  comido  pelas  feras  ou  pelas  aves,  o  herói  jamais

poderá ter seu corpo mutilado, o que caractezaria uma desonra.

                Enquanto  que  na  Ilíada  Homero  descreve  o  herói  como  aquele  que  possui

força,destreza no uso das armas, juventude. Na odisséia,além de destreza e sabedoria

na arte da guerra, o herói possui habilidade na uso da palavra, ele sabe enganar, sabe

armar ciladas aos seus inimigos, por meio do uso da palavra.Sabe omitir seu nome, sua

origem, para se livrar da morte. O grande alvo de Odisseu é o seu retorno para Ítaca, seu

alvo  é  retornar  a  sua  casa  e  encontrar  Penélope  sua  esposa.Há  uma  mudança  na

intervenção  dos  deuses,  ainda  que  os  deuses  falem  a  Odisseu  suas  orientações,  ele

pode segui­las ou não. O herói da Odisséia possui um desejo  ao conduzir suas ações.

 

O herói descrito por hesíodo

 

          " Pelo trabalho os homens são ricos de gado e de bens, e quem  trabalha é muito

mais caros aos deuses também [e o mesmo serás para os homens: odeiam os lerdos].

Trabalho  não  é  vergonha.Vergonha  é  não  trabalhar,  se  trabalhares,  logo  te  inveja  o

preguiçoso porque enriqueces. Sucesso e glória acompanham a riqueza".

Os Trabalhos e os dias v.308­313. Hesíodo.

         Qual o modelo de herói em Hesíodo? Se na narrativa Homérica o modelo de Herói

estava diretamente ligada a glória. (Kléos). A glória cantada pelos poetas,  era que assim

o homem era imortalizado. O homem modelo de Homero era o guerreiro da aristrocracia

Grega,  aquele  que  alcançava  a  estima  pública,  que  tinha  o  seu  nome  e  seus  feitos

cantado  pelo  poeta.Em  Hesíodo  há  uma

mudança.  Hesíodo é um pastor

de  ovelhas,  um homem  do campo,  acustumado  com o trabalho.  "Elas  a Hesíodo

ensinaram  belo  canto  quando  pastoreava  ovelhas  ao  pé  do  hélicon  divino"  Teogonia­

v.22                                                                                                            

         Segundo Jean p. Vernan " Não pode haver pessoa­ modelo, exterior ao curso da

história humana, com as suas vicissitudes, as suas variedades segundo os lugares, as

suas  transformações  segundo  o  tempo.  As  origens  do  pensamento  grego.1990.        O

contexto no qual Hesíodo está inserido é diferente do de Homero, enquanto Homero está

na  narrativa  das  guerras  e  das  batalhas,  Hesíodo  está  no  campo  agrícula,  com  os

trabalhadores  rurais.  ...."Este  ideal  de  homem  segundo  o  qual  se  devia  formar  o

indivíduo, não está vazio, independente do espaço e o tempo. È uma forma viva que se

desenvolve no solo de um povo e persite através das mudanças históricas." Jaeger ­ A

formação do homem grego. pag.15.

 

O Herói descrito por Hesíodo

                 O  heroísmo  não  se  manifesta  só  nas  lutas  de  campo  aberto,  entre  cavaleiros

nobres  e  seus  adversários.  Também  a  luta  silenciosa  e  tenaz  do  trabalhador  da  terra

dura com os elementos tem o seu heroismo e erige disciplina, qualidade de valor eterno

na formação do home. ....O processo de formação Grega não se consuma pela simples

imposição do resto do povo, das maneiras e formas espirituais criadas por uma classe

superior.  Todas  as  classes  dão  a  sua  contribuição."  A  formação  do  homem  grego".

         Jean p. Vernan em  " As origens do´pensamento grego ". A Grécia no tempo de

Hesíodo, anterior ao mundo da cidade, a dike (justiça) atuava dividida em dois planos,

como dividida entre o céu e a terra: Para o pequeno trabalhador boécio, a dike é neste

mundo,  uma  decisão  de  fato  dependente  da  arbietrariedade  dos  "reis  comedores  de

presentes". No céu , é uma divindade soberana, mas longíncua e inacessível.

         O conceito de virtude em Hesíodo é diferente da areté dos guerreiros da Ilíada e da

Odisséia. Enquanto Homero descreve a areté como a capacidade na guerra, habilidade

no uso das armas. A força física. Hesíodo ressalta o trabalho e o trabalhador que obtem

o  seu  sustento  através  do  suor  no  campo  agrícula.  ...Tanto  em  Homero  como  nos

séculos  posteriores  o  conceito  de  areté  é  frequentemente  usado  no  seu  sentido  mais

amplo, isto é , não só para designar a excelência humana, como também a superioridade

dos seres não humanos. A força dos deuses ou a coragem e rapidez dos cavalos de raça

­ ao contrário, o homem comum não tem areté, e se o escravo descende por acaso de

uma família de alta estirpe, zeus tira­lhe metade  da areté e ele deixa de ser o que era

antes.  Jaeger.  A  formação  do  homem  grego

Pag.26                                                                                                               " E há ainda

justiça,  virgem  engendrada  por  zeus,  honrada  e  cantada  pelos  deuses  de  Olímpia

morada. Quando alguém a ultraja, desdenha ou debocha, corre para junto do pai zeus

cronida, toma assento e denuncia a mente dos homens injustos, para que pague o povo

a loucura dos reis que tramam vilezas e deturpam transações com palavras esquivas. Os

trabalhos e os dias v.256­266.      

Da Natureza ­ Parmênides

Palestra Humanidades­ Drª Rachel Gazolla

A Ilíada­ Tradução Carlos alberto nunes

A origem dos deuses ­ Jaa. Torrano

A formação do homem grego­ Wenner Jaeger

Teogonia­ A origem dos deuses­ Jaa. Torrano

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