O Hobbes e o Contrato Social
Por: AnaCarlaOSantos • 27/2/2024 • Ensaio • 941 Palavras (4 Páginas) • 53 Visualizações
Hobbes
Física, psicologia e política
Primeiro ele acredita que existe uma relação entre a física e a natureza humana, por isso tudo nasce da física, da sua análise cosmologia. Em um segundo momento ele estudo homem, a natureza humana, qual é sua estrutura.....
Para se entender a política faz-se necessário que nós entendemos o ser humano. O ser humano é movido por paixões. Por isso, podemos dizer que há uma física do poder em Hobbes.
Hobbes, possui uma forte influência da física do sec. XVII. Ele exporta da física a lei dos corpos inerciais. Para ele, todos os seres no universo estão sujeitos as mesmas regras...
Paixões são movimentos da mente. Nós vamos atrás do que nos causa prazer e nos afastamos da dor...
As paixões naão podem ser qualificadas do ponto de vista moral.
A física.... o movimento tende ao infinito se não tiver uma foça que o reprima, por isso para Hobbes as paixões estão descontraladas. O Estado que coloque limite a essas paixões.. Segunda a sua natureza o homem não tem limite....quer satisfazer suas paixões... no estado de natureza não podemos qualificar moralmente as ações humanas...
A moral Hobbesiana é de autopreservação, a que diz preserve a sua existência.
Discorra sobre a tese hobbesiana que estabelece um vínculo entre as paixões no estado de natureza e a física do século XVII
Segundo Hobbes, o homem no estado de natureza encontra-se livre e em igualdade com os demais seres humanos. Este é um estado pré-social e pré-político, ou seja, não há uma organização política e social entre os homens que determine as regras de convívio. Dessa forma, não há padrões morais a seguir e, por isso, os homens buscam satisfazer suas vontades – ou como Hobbes determina “paixões” – livremente.
“Estes pequenos inícios do movimento, no interior do corpo do homem, antes de se manifestarem no andar, na fala, na luta e outras ações visíveis, chamam-se geralmente esforço.
Este esforço, quando vai em direção de algo que o causa, chama-se apetite ou desejo, sendo o segundo o nome mais geral, e o primeiro frequentemente limitado a significar o desejo de alimento, nomeadamente fome e sede. [...] Do que os homens desejam se diz também que o amam, e que odeiam aquelas coisas pelas quais sentem aversão. (HOBBES, Thomas. Os pensadores: Hobbes. São Paulo: Abril Cultural. 198, p. 32)
É importante ressaltar que as paixões, para o autor, são movimentos da mente, são os desejos que os homens sentem.
Na física, os corpos em movimento tendem ao infinito se não houver algum empecilho em sua trajetória. Assim como na física, se não houver barreiras que façam os homens frear essas suas paixões, elas tendem a movimentar os indivíduos livremente, no sentido que as pessoas se movimentarão em direção a satisfazer suas vontades. No Estado de Natureza, não há bloqueios que façam os seres humanos reprimir suas paixões e, sendo assim, como na física, o homem está em constante movimento satisfazendo seus desejos. Outras características elencadas por Hobbes sobre o estado de natureza são: a igualdade de necessidades, todos precisam das mesmas coisas para sobreviver; a escassez de recursos; igualdade essencial de poder humano; e, o altruísmo limitado. Sendo assim, entendemos que diante dessas constatações, os homens, no estado de natureza, sempre buscam satisfazer suas próprias necessidades e sem se importar com os demais, em um mundo onde não há recursos para todos; a implicação é o que o autor denomina de uma “constante guerra de um contra todos”. Dessa forma, entendemos que mesmo com a liberdade para satisfazer suas paixões, no estado de natureza a vida seria intolerável e para fugir dessa constante guerra foi necessário encontrar alguma maneira de as pessoas cooperarem entre si para que haja paz. Essa maneira foi o que chamamos de contrato social.
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