O “Leviatã” e o Estado Burguês
Por: emily18. • 20/9/2022 • Trabalho acadêmico • 313 Palavras (2 Páginas) • 140 Visualizações
3.0 O “Leviatã” e o Estado Burguês
Lebrun começa o capítulo abordando que o conceito de soberania é o indício de uma profunda mutação no pensar a coisa política e, logo mais à frente, aborda que politizar o homem não consiste mais em educá-lo moralmente, mas em introduzi-lo num maquinário que o vergará a fins que, apenas por suas disposições naturais, ele não poderia alcançar. O modelo político é assim, mecânico.
Locke, utiliza do maquinário político, inventado por Hobbes, mas o faz para orientá-lo no sentido de uma restrição da dominação política, ou seja, se Locke conserva o esquema da Soberania, ele limita ao máximo o modo do seu funcionamento.
No entanto, a primeira questão para Lebrun é que o Estado Moderno deve garantir a paz.
Ademais, para Hobbes o poder é Soberano, apenas que pode dar sentido à noção de “propriedade”. Onde a propriedade, em sua origem, só pode haver resultado de uma repartição discricionária efetuada pelo Soberano.
E já, no que diz respeito a doutrina de Locke.... Ao ingressar na sociedade civil, o homem abandona totalmente os dois poderes de que dispunha no estado de natureza-
a) Fazer tudo o que julgar conveniente para garantir sua conservação; e
b) Punir as infrações cometidas contra a lei natural.
Sendo assim, ele consente essas duas renuncias para que se possa realizar a conservação das propriedades que para Locke, constitui um absoluto.
Assim, é possível ver o debate sobre direito de propriedade entre Thomas Hobbes e John Locke; Para Hobbes, ao transferir para o Estado os direitos naturais, este poderá intervir na propriedade. Locke entende a propriedade com direito natural. Em consequência, para Hobbes é necessário ingressar no Estado absolutista, enquanto Locke defende que é melhor permanecer no estado natural, sob risco de intervenção absolutista na propriedade.
Concluindo, Lebrun entende que a tese de Thomas Hobbes venceu, onde as pessoas de alguma forma obedecem a lei, pois, afinal que venceu foi o absolutismo.
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