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O PRÍNCIPE – MAQUIAVEL

Por:   •  16/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.707 Palavras (15 Páginas)  •  264 Visualizações

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O PRINCIPE – MAQUIAVEL

Introdução

Nicolau Maquiavel nasceu em Florença, na península itálica, em 1469 no seio de uma rica e poderosa família. Durante sua vida, a política na Itália passava por grandes reviravoltas do dia para a noite e os governos eram tremendamente instáveis. As cidades-estados lutavam entre si por dinheiro e poder. Em Florença não era nada diferente e os sistemas políticos enfrentavam muitas mudanças. As grandes potências da época, como França e Espanha, mostravam-se também muito interessadas nas riquezas italianas.

Maquiavel não era um filósofo e sim um consultor político da sua época, mais especificamente Maquiavel era um burocrata, ele trabalhava no Estado sendo funcionário público de alto escalão, quando Maquiavel escreveu “O príncipe”, Maquiavel não tinha intenção de escrever um tratado de filosofia.

Maquiavel era um funcionário do alto escalão do governo, e em dado momento pessoas acharam que ele fazia parte de uma conspiração para derrubar os poderosos da época, Maquiavel é retirado de seu cargo, e se isola em um sitio, e neste momento estando só, Maquiavel escreve “O príncipe”.

Ele vivia no contesto histórico, mas especificamente em Florença, na Itália, a onde se encontrava na época do renascimento, a onde havia intensas lutas pelo poder e uma profusão de ideias, como por exemplo; a ideia de separação do Estado da Igreja.

Quando Maquiavel escreve O príncipe, sua principal intenção era retornar ao poder, começando livro com uma dedicatória ao Príncipe de Médici, o livro O Príncipe não tinha um objetivo filosófico, mas sim politico de ensinamentos para ser um governante, sendo uma espécie de autoajuda para um governante, sendo um manual do bom governo.

Segundo a dedicatória do livro:

“Ao Magnificente Lorenze Di Pierro De Medici:

Aqueles que lutam para obter as boas graças de um príncipe estão acostumados a vir até ele com coisas que consideram mais preciosas, ou nas quais eles o veem com mais prazer; por isso, frequentemente se vê cavalos, exércitos, roupas de ouro, pedras preciosas e ornamentos similares presenteados aos príncipes, válidos de suas grandezas.

Desejando, portanto, me apresentar para sua Magnificência com algum testimônio de minha devoção, eu encontrei em minhas posses nada que goste mais, ou valorize tanto quanto, o conhecimento das ações dos grandes homens, obtido por longa experiência nos afazeres contemporâneos e um contínuo estudo da antiguidade; que, tendo sido refletido com grande e prolongada diligência, eu agora envio, digerido em um pequeno volume, para sua Magnificência.

O príncipe nos ensina como é a realidade da politica e o Estado, quais as funções reais das quais o Estado possui, ao contrário do que nos é mostrado nas escolas e universidades.

1- A natureza humana

O príncipe se trata também sobre um livro de natureza humana, sobre o comportamento do homem mediante o poder, sobre tudo quando se tem ou almeja o poder.

Para os Cristãos os homens é bom por natureza, pois Deus fez o homem, mas se o homem na atualidade é bom e mau ao mesmo tempo, e por conta de seus pecados´, e acima de tudo há uma referencia de bondade que seria Deus. Mas há quem diga que a essência do homem é ser um ser racional, e o dá ao homem critérios lógicos, no qual suas atitudes são baseadas na sua racionabilidade, controlando seus impulsos primitivos. Quando o homem age por impulsos ele rouba o outro, mata, o agride, mas se partir de sua racionalidade e não de seus impulsos, ele verá que não lhe é conveniente agir desta maneira.

A concepção Aristóteles é que o homem é um ser que nasceu para viver em sociedade, sendo assim um ser social.

Mas para Maquiavel o homem é um ser essencialmente ambicioso, o que significa que o homem sempre quererá mais do aquilo que possui, o homem nunca irá se contentar com o que tem, e não é um ser satisfeito com aquilo que possui, e se por algum motivo o homem dizer que não é satisfeito, isto significa que ele é covarde, ou seja, o homem possui suas ambições porém não tem a coragem necessária para alcançar suas ambições.

Ele também irá dizer que o homem é um ser egoísta, é interesseiro, isto significa, o homem antes de qualquer coisa pensa somente em si mesmo, o homem somente e antes de tudo pensa no seu lado, pensa nas suas paixões, interesses, preservação, vitória, pessoa. Sendo assim todos nós temos interesses, e o que mais almejamos é contemplar os interesses, e por ventura poderemos contemplar a ajuda de pessoas que facilite o alcance dos interesses do homem, e ai ocorre uma aliança que ocorre por ventura, mas a regra é somente o egoísmo, mas a regra é a luta pelo próprio orgulho.

Por essência o homem somente almeja glória e riqueza, e se por ventura alguém disser que não almeja estas duas opções, é por que no consciente o homem sabe que não é o único que quer, isto ou que sabe que terá que lutar por isto, então para esconder a fraqueza o homem se esconde sob uma face boa.

Mas as formas buscadas pelo homem são de diversas maneiras, seja sendo um bom médico, jogador de futebol, advogado, ou um concursado. A frase de Maquiavel trará da seguinte forma “os homens sempre serão maus, si por uma necessidade não forem tornados bons”, significa que a principio todos são maus, egoístas, interesseiros, e se não agirmos assim, isto significa que fomos forçados a não ser maus.

         O exemplo, quando alguém diz que não é necessário ter dinheiro, se dá por dois motivos, ou o homem é rico e não necessita do dinheiro, ou ele sabe que não consegue alcançar.

2 – A POLÍTICA

Levando em consideração o que foi exposto acima, leva a contestar politica, derrubando o argumento de Aristóteles, de que o homem é um ser social, em verdade o homem só vive em sociedade, pois a sociedade atende os seus interesses, os homens nunca farão o que é bom para a coletividade, a não ser que ele possua uma vantagem.

A politica é definida pelos fatos e não por ideias abstratas, tendo como discussão principal as ideias de fatos sociais históricos, e não se encontra inserida no campo abstrato, e sim em uma situação concreta.

Por exemplo a legalização da maconha, em um campo abstrato a liberação é tida como forma de organizada de atendimento médico de forma digna para o povo e também todo ser humano tem a liberdade de como quer viver a sua vida, esta ideia é alheia a realidade, mas a realidade é que a legalização da maconha na sociedade atual, a onde o caos é praticamente instaurado, causará maiores danos do que os que já existem.

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