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O Pensamento Fraco na Pós-Modernidade

Por:   •  4/5/2021  •  Projeto de pesquisa  •  1.295 Palavras (6 Páginas)  •  264 Visualizações

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PROJETO DE MONOGRAFIA

Título: O pensamento fraco na pós modernidade, conforme o livro O mal-estar da

pós-modernidade de Zygmunt Bauman.

Aluno: Jean Marcos do Couto

Orientador: Prof. Marco Aurélio Pinheiro Maida

Área de concentração: Antropologia filosófica.

Objetivo: Mostrar a visão de Zygmunt Bauman acerca da condição humana na pósmodernidade e como o pensamento constitui a estrutura social: não é o que a

sociedade fez com o ser humano, mas o que o ser humano fez de si.

Problema: Como foi o processo de mudança da forma de pensamento: do

pensamento forte ao fraco.

Hipótese: De acordo com os pensamentos de Bauman, no tempo de pensamento

forte a modernidade era caracterizada pela rigidez e solidificação das relações

humanas e as relações sociais e familiares eram rígidas e duradouras, diferente do

que se vê hoje, como o próprio caracteriza a modernidade como líquida, ou seja,

uma sociedade de pensamento fraco totalmente oposta à modernidade sólida. Este

conceito de pensamento fraco seria o momento histórico que vivemos atualmente,

as ideias e as relações estabelecidas entre as pessoas se transformam de maneira

muita rápida e imprevisível. O sujeito de certa forma se torna objeto do capitalismo e

assim passa a ser o que ele consome e não mais o que ele é. Para superar essa

fluidez e voltar para o que ele chama de pensamento forte é preciso que as relações

humanas deixem de ser individuais, nas quais buscam somente viver uma vida de

ganhos próprios, que não pensam na qualidade de vida de toda a sociedade e que a

busca pelo prazer individual o faz pensar que o ter é mais importante do que o ser.

Para reverter essa situação é necessário que o pensar em termos de comunidade

seja prioridade e voltarmos para a ideia de progresso de melhoria partilhada e não

mais para então somente a sobrevivência do indivíduo.

Justificativa: A crise do pensamento forte, típico da modernidade produziu uma

cultura fluida, caracterizada pela precariedade, incerteza, rapidez de movimento,

característicos do pensamento fraco. Vivemos com uma sensação de que algo está

errado com a humanidade. O mal-estar social é resultado de algo instalado na

consciência do homem pós-moderno como uma angustia, vive como um peregrino

sem rumo histórico. A sociedade contemporânea vive um sentimento de fracasso

por não alcançar a tão almejada felicidade. As utopias se desmancharam no ar, as

ideologias coletivas se fragmentaram em aspirações individuais.

[...] a tarefa de construir uma ordem nova e melhor para substituir a velha

ordem defeituosa não está hoje na agenda — pelo menos não na agenda

daquele domínio em que se supõe que a ação política resida. O “derretimento

dos sólidos”, traço permanente da modernidade, adquiriu, portanto, um novo

sentido, e, mais que tudo, foi redirecionado a um novo alvo [...]. Os sólidos

que estão para ser lançados no cadinho e os que estão derretendo neste

momento, o momento da modernidade fluida, são os elos que entrelaçam as

escolhas individuais em projetos e ações coletivas — os padrões de comunicação e coordenação entre as políticas de vida conduzidas

individualmente, de um lado, e as ações políticas de coletividades humanas,

de outro. (BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Tradução: Plínio

Dentzien. Rio de Janeiro: Zahar, 2003. 258p.)

Toda a estrutura sólida de uma sociedade ancorada nos preceitos positivistas de

“ordem e progresso” ruíram. Daí resulta um mundo vivido como incerto,

incontrolável e assustador, bem diverso da segurança projetada em torno de uma

vida social estável, ou em torno da ordem, como pensava Freud em o Mal-estar na

civilização. A tese freudiana é de que na idade moderna os seres humanos

trocaram liberdade por segurança. O excesso de ordem, repressão e a regulação do

prazer gerou um mal-estar, um sentimento de culpa.

"A civilização se constrói sobre uma renúncia ao instinto." Espe-cialmente —

assim Freud nos diz — a civilização (leia-se: a moder-nidade) "impõe

grandes sacrifícios" à sexualidade e agressividade do homem. "O anseio de

liberdade, portanto, é dirigido contra formas e exigências particulares da

civilização ou contra a civilização como um todo." E não pode ser de outra

maneira. Os prazeres da vida civilizada, e Freud insiste nisso, vêm num

pacote fechado com os sofrimentos, a satisfação com o mal-estar, a

submissão com a rebelião. A civilização — a ordem imposta a uma

humanidade naturalmente desordenada — é um compromisso, uma troca

continuamente recla-mada e para sempre instigada a se renegociar. O

princípio de prazer está aí

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