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O Resumo de Chalmers

Por:   •  17/8/2021  •  Resenha  •  316 Palavras (2 Páginas)  •  243 Visualizações

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O problema da indução

No capitulo II “O problema da indução”, Chalmers inicia uma discussão envolvendo a indução e até onde ela leva o indutivista ingênuo. O autor faz o questionamento: como pode o princípio de indução ser justificado?

Segundo Chalmers (1993), para responder a essa questão é necessário refletir sobre duas linhas de abordagem abertas ao indutivista. A primeira, de que ele pode tentar justificar o princípio apelando para a lógica (dedução lógica). Já a segunda, acena no sentindo do indutivista recorrer a outro recurso que é a base das abordagens científicas, a experiência.

Ao analisar as abordagens, o autor ressalta que os argumentos indutivos não são logicamente válidos. De acordo com Chalmers (1993), ainda que as premissas de determinada inferência indutiva sejam verdadeiras sua conclusão pode ser falsa, sem que haja contradição envolvida.

O autor expõe uma série de exemplos para demonstrar o fato de que o uso da lógica não seria suficiente para se colocar em prática a indução, bem como “usar a indução para justificar a indução” (CHALMERS, 1993, p. 40). O autor se depara mais uma vez com o mesmo problema. Já percebendo que as generalizações não são a base para uma afirmação segura, o mesmo ressalva a opção da probabilidade: o conhecimento científico representa o conhecimento provavelmente verdadeiro.

Apesar desse recuo à provável resposta ao problema da indução, pode-se enxergar de longe que a probabilidade não se transfigura em conhecimento sólido. O fato de haver várias possíveis respostas para a justificativa da indução poderia prolongar o estudo para outras ramificações. Por exemplo, há a explicação cética – onde se assume que a ciência se baseia na indução e ponto final – ou o enfraquecimento da exigência indutivista de que todo conhecimento não lógico derive da experiência, ou até mesmo a negação de que a ciência se baseie em indução.

Referências

CHALMERS, Allan F. O Que é ciência afinal? ed.2. São Paulo: Editora Brasiliense, 1993.

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