O Socialismo Entre a Reforma e a Revolução
Por: Maria2505 • 9/12/2019 • Trabalho acadêmico • 1.515 Palavras (7 Páginas) • 197 Visualizações
O Socialismo entre a Reforma e a Revolução
Introdução: O socialismo pode ser descrito como a busca pela definição de como libertar os seres humanos de explorações e opressões sofridas através dos séculos. A Europa foi considerado o espaço geográfico mais privilegiado para se tratar do assunto, assim como o movimento operário sendo o movimento socialista central. Karl Marx é a pessoa que transformou a história do socialismo por completo através de suas obras e de suas reinvidicações.
A crítica de Marx à filosofia política hegeliana: Marx foi o pensador mais importante do século XIX, possuía caráter democrata-radical e envolveu-se aos poucos com o socialismo. Em 1840 teve-se um novo rei na Prússia. Filósofos seguidores de Hegel, acreditavam que ele avançaria reformas liberais que instaurariam uma transição do absolutismo para uma monarquia constitucional, já filósofos críticos a este governo eram perseguidos e até mesmo expulsos das universidades alemãs ou e exilar-se em outro país.
Em 1842, teve a criação do jornal “A GAZETA RENANA”,que foi fundado pelos jovens hegelianismo e pela burguesia liberal da Renânia. União entre intelectuais e industriais (bancavam o jornal) buscava pressionar por reformas democráticas e absolutistas, o regime não cede a isto e censura a imprensa opositora. As industriais abandonam a ideia inicial com a tensão política e aborda uma linha editorial moderada deixando até mesmo de ser uma crítica ao absolutismo. Marx se torna o editor do jornal mas pede demissão por conta das altas divergências ali. Nesse período, cada filósofo reage de uma forma: Bauer e seguidores isolam-se em discussões teóricas. Ruge e seguidores defendem os valores republicanos e democráticos; Esses dois grupos acreditavam que a Alemanha precisava de uma reforma ou revolução política. Hegel desenvolve os Princípios de filosofia do direito. A sociedade civil, ali, era representada como um reino de necessidades, de interesses materiais e egoístas próprios. Hegel achava que a sociedade civil era um âmbito social que só encontra a sua verdade na instância superior do Estado moderno.
Ludwig Feuerbach, se afasta das visões de Hegel e aponta que não foi Deus quem criou o homem e sim que o homem criou Deus. Para Marx, o absolutismo alemão só seria superado por meio de uma revolução social e não por uma revolução política. Devido seu posicionamento político contra a monarquia prussiana, Marx é forçado a se exilar na França onde é levado a descobertas teóricas fundamentais em Paris.
Revolução Social, tinha como fim libertar o operário. Há uso da mão de obra infantil e feminina, jornadas longas, salários baixos e condições inseguras no local de trabalho na primeira revolução industrial. Condições que levavam o funcionário a desnutrição, problemas físicos e mentais, já na segunda Revolução teve-se movimentos dos operários em busca de defender os seus direitos. Marx não vai de acordo com a defesa hegeliana de uma reforma política que instaure o Estado racional como o caminho da liberdade social. Ele se aproxima da classe operária e com isso tem de se desligar com a sociedade hegeliana por adotar o socialismo
Dois conceitos de socialismo: Conflito entre proprietário e despossuído, a burguesia e o proletariado. Práxis revolucionária, uso de violência pelos explorados e oprimidos para abolir a propriedade privada e a sociedade de classes.
O Socialismo utópico e as Revoluções de 1848: O socialismo utópico é uma corrente do socialismo muitas vezes descrita como a apresentação de visões e contornos para as sociedades ideais imaginárias ou futuristas, com ideais positivos sendo a principal razão para mover a sociedade em tal direção. Mais tarde socialistas e críticos do socialismo utópico viram o este tipo de socialismo como não fundamentado em condições materiais e reais da sociedade existente e em alguns casos, como reacionário.
Um dos primeiros socialistas utópicos foi Conde de Saint-Simon (1760 - 1825), que teorizou a divisão da sociedade entre produtores e ociosos. Nesse aspecto, ele acreditava que a sociedade deveria ser composta por uma maioria de produtores que seriam capazes de gerar riquezas e que as empresas capitalistas poderiam existir, desde que assumissem várias responsabilidades sociais para com a classe trabalhadora. Um pouco mais tarde, o francês Charles Fourier (1772 - 1837) apontou que as relações econômicas deveriam se organizar em instituições fundadas por princípios de associação e cooperativismo. Dessa forma, idealizou a concepção de comunidades produtivas, compostas por aproximadamente 1.800 trabalhadores, chamadas de falanstérios. Porém, ao longo de sua vida ele nunca conseguiu o apoio de empresários e investidores simpáticos ao seu modelo econômico.
Robert Owen (1771 – 1858) pode ser visto como um dos mais atuantes pensadores do socialismo utópico. Na condição de administrador, teve a oportunidade de observar claramente as penosas condições às quais os trabalhadores eram submetidos. A partir dessa experiência, resolveu dedicar-se à criação de cooperativas que negassem o individualismo e a lógica egoísta das empresas capitalistas. Os diversos teóricos do socialismo utópico têm ideias diferentes e propõem soluções diversas, mas é possível reconhecer traços comuns como: o reformismo através da boa vontade e participação de todos. Todas as tentativas não vão além de uma tendência fortemente filantrópica e paternalista: melhoria de alojamentos e higiene, construção de escolas, aumento de salários, redução de horas de trabalho. Por fim Saint-Simon pensava em uma sociedade industrial dirigida por produtores: classe operária, empresários, sábios, artistas e banqueiros. Fourier tentava organizar os falanstérios que eram várias unidades sociais que abrangiam entre
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