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O ceticismo acadêmico de Carnéades

Por:   •  5/4/2019  •  Projeto de pesquisa  •  575 Palavras (3 Páginas)  •  338 Visualizações

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O ceticismo acadêmico de Carnéades

  • Durante cerca de meio século a Academia move-se acerca de um caminho criado por Acesilau, e eis que um impulso é dado por um homem denominado Carnéades (nascido em Cirene, aproximadamente em 2019 a.C) dotado de capacidade dialética e retórica, também não possui nada escrito, tendo transmitido seus ensinamentos oralmente.
  • Para Carnéades não existe nenhum critério de verdade geral – não existe absolutamente nenhum critério de verdade: nem no pensamento, nem a sensação, nem a representação, nem qualquer coisa que existe, tudo nos engana.
  • Considerando que não existe verdade objetiva no homem tudo é provável. (pithanon)
  • Representação “Persuasiva e não contraída e examinada por todos os ângulos”.
  • Probabilismo Carnediano – intermédio entre o ceticismo e o dogmatismo. Carneades procurou mostrar que o sábio regulava-se segundo o critério provável.
  • Sem representação abrangente, tudo é incompreensível. Por isso se deve assumir a suspensão do assentimento e do juízo.

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A reviravolta eclética da Academia com Fílon de Larissa

  • Começa surgir a partir do século II a.C, um novo movimento filosófico, denominado de Ecletismo, termo este que deriva do grego e significa “escolher e reunir, tomando de várias partes. Este movimento visava reunir o que havia de melhor, ou o que ao menos era considerado como tal, das várias escolas existentes.  Dentra os motivos da expansão desse fenômeno estão:
  • A exaustão da força das escolas singulares
  • A polarização unilateral de sua problemática  
  • O probabilismo da Academia
  • A valorização do senso comum                                         

  • O ecletismo foi introduzido oficialmente na Academia por Fílon de Larissa, que posteriormente se tornou chefe da escola por volta de 110 a.C.
  • Este pensamento de Fílon foi introduzido por volta de 87 a.C e através de dois livros escritos em Roma, que Sexto empírico assinala na seguinte passagem “ Segundo Fílon, quanto ao critério estoico, as coisas são incompreensíveis, mas quanto a natureza das mesmas, compreensíveis”. Segundo Carnéades:
  • Existem representações falsas, excluem qualquer certeza
  • Não existem representações verdadeiras que se distingam das falsas

🡪 Fílon tira a conclusão de que não é necessário suprimir totalmente a verdade, mas admitir a distinção entre verdadeiro e falso. Só possuímos aparências que conduzem a probabilidade.

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A consolidação do ecletismo com Atíoco de Áscalon

  • Dísclipulo de Fílon, Antioco separouce do ceticismo de Carnéades antes mesmo de seu mestre e enquanto Fílon se limitava a afirmar a certeza da verdade objetiva sem ter a coragem de declará-la aceitável pelo homem apresentando uma ideia de probabilidade, Antíoco da o grande passo que enceraria a escola cética não somente admitindo que a verdade existe mas substitui a probabilidade pela certeza.
  • Quando os órgãos sensoriais não estão danificados e as condições externas são adequadas os sentidos não nos enganam.
  • Em suma, Antioco coloca o ceticismo contra a parede dizendo que ele deve pouco a pouco reconhecer as verdades negadas e assim se dissolver.

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