O que faz o Brasil, Brasil?
Por: Nayara Gomes • 29/9/2018 • Bibliografia • 610 Palavras (3 Páginas) • 143 Visualizações
QUESTIONÁRIO
- Por quê a cidade é o território por excelência onde o homem encontra as possibilidades de sua emancipação?
Resposta;
A cidade, nas palavras do sociólogo e urbanista Robert Park, é a tentativa mais bem-sucedida do homem de refazer o mundo em que vive mais de acordo com os desejos do seu coração. Mas, se a cidade é o mundo que o homem criou, é também o mundo onde ele está condenado a viver daqui por diante. Assim, indiretamente, e sem ter nenhuma noção clara da natureza da sua tarefa, ao fazer a cidade o homem refez a si mesmo.
- Explique: “sob o capitalismo, emergiu uma conexão íntima entre o desenvolvimento do sistema e a urbanização. ” (§4)
Resposta;
Desde seus primórdios, as cidades surgiram nos lugares onde existe produção excedente, aquela que vai além das necessidades de subsistência de uma população. A urbanização, portanto, sempre foi um fenômeno de classe, uma vez que o controle sobre o uso dessa sobre produção sempre ficou tipicamente na mão de poucos [pense, por exemplo, num senhor feudal]. Sob o capitalismo, emergiu uma conexão íntima entre o desenvolvimento do sistema e a urbanização.
- A tese defendida pelo autor apresenta a análise de três casos: qual é a tese e quais são estes casos apresentados?
Resposta;
Defendo aqui que a urbanização
desempenhou um papel especialmente ativo, ao lado de fenômenos como os gastos militares, na absorção da produção excedente que os capitalistas produzem perpetuamente em sua
busca por lucros.
Primeiro, o caso de Paris no Segundo Império, segundo a suburbanização dos Estados Unidos e terceiro caso a urbanização da China.
- Qual o elemento comum aos casos que o autor apresenta, quanto às crises e quanto às conseqüências das soluções adotadas?
Resposta;
Todas as crises geram em torno da acumulação de capital pela desapropriação dos menos favorecidos e do tipo de desenvolvimento que procura colonizar espaços para os ricos.
Um passo para a unificação dessas lutas é adotar o direito à cidade, como slogan e como ideal político, precisamente porque ele levanta a questão de quem comanda a relação entre a urbanização e a produção do lucro.
- Quais os motivos que o texto apresenta para a interpretação de que vivemos cada vez mais em áreas urbanas divididas e propensas a conflitos?
Resposta;
de modo geral, os conceitos em circulação não desafiam de maneira fundamental a lógica de mercado hegemônica nem os modelos dominantes de legalidade e de ação do Estado. Bairros ricos dotados de todo tipo de serviços, como escolas exclusivas, campos de golfe, quadras de tênis e segurança particular patrulhando a área 24 horas, convivem com favelas sem saneamento, onde a energia elétrica é pirateada por uns poucos privilegiados, as ruas viram torrentes de lama quando chove, e a norma é a moradia compartilhada.
- Por que os ideais de identidade urbana, cidadania e pertencimento se tornam muito mais difíceis de sustentar?
Resposta;
Vivemos, cada vez mais, em áreas urbanas divididas e propensas a conflitos. Nos últimos trinta anos, a virada neoliberal restaurou o poder de elites ricas. Os resultados estão indelevelmente gravados no espaço das nossas cidades, que cada vez mais consistem de fragmentos fortificados, condomínios fechados e espaços públicos privatizados, mantidos sob vigilância constante. Em especial no mundo em desenvolvimento, a cidade, como escreveu o urbanista italiano Marcello Balbo, está se partindo em fragmentos diferentes, com a aparente formação de “microestados”.
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